8 de setembro de 2020

Programação da semana (09 a 16/09)

*semana conta com debate sobre influenciadores digitais, entrevistas com diretores e masterclass sobre curadoria de cinema

*estreia de filmes das temáticas Tecnologia, Consumo e Povos&Lugares

*novas chances de assistir aos filmes da Competição Latino-Americana e do Panorama Internacional Contemporâneo

*universidades realizam debates sobre os filmes exibidos na Mostra

*vencedores da Competição Latino-Americana e do Concurso Curta são anunciados na Cerimônia de Premiação

A 9ª Mostra Ecofalante de Cinema, que acontece entre os dias 12 de agosto e 20 de setembro de forma totalmente online e gratuita, traz 98 filmes de 24 países, além de 8 debates com convidados especiais e entrevistas exclusivas com diretores. 

A programação da próxima semana conta com um debate sobre a temática Tecnologia, uma masterclass sobre curadoria com Francisco Cesar Filho, estreias de filmes, a Cerimônia de Premiação e muitas outras atrações. Confira abaixo os destaques.

“Jawline: Ascensão e Queda de Austyn Tester”, de Liza Mandelup

Na quarta-feira (09/09), às 19h, realizaremos o debate Tecnologia: Qual é a Real Influência dos Influencers?, que contará com a presença de Rita von Hunty (do canal Tempero Drag), Larissa Santiago (do Blogueiras Negras), do professor Fabio Malini e mediação do jornalista Denis Russo Burgierman. A transmissão terá interpretação em Libras e acontecerá nas páginas da Mostra Ecofalante no Facebook e no Youtube.

Às 15h, estreia no Panorama Internacional Contemporâneo o filme “Jawline: Ascensão e Queda de Austyn Tester”, de Liza Mandelup, que ficará disponível por dois dias e será o ponto de partida para o debate das 19h. O documentário segue uma estrela de 16 anos em ascensão no ecossistema de transmissão ao vivo via internet que construiu sua base de seguidores com otimismo e desejo de meninas adolescentes, enquanto ele próprio tenta escapar de uma vida sem saída na zona rural do Tennessee. Inédito no Brasil, o longa foi selecionado no IDFA-Amsterdã e foi premiado no Festival de Sundance. 

Os filmes “Botando pra Quebrar”, de Lech Kowalski, e “Ladrões do Tempo”, de Cosima Dannoritzer, voltam para mais dois dias de exibição. Exibido no Festival de Cannes, o francês “Botando pra Quebrar” acompanha os fatos que se sucederam quando uma fábrica de autopeças estava prestes a fechar, sem oferecer qualquer solução aos seus 277 funcionários, e estes ameaçaram explodir as instalações da empresa. Já “Ladrões do Tempo” é uma coprodução Espanha/França que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte cobiçada. A obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida cotidiana. No mesmo dia, serão publicadas nas redes da Mostra entrevistas exclusivas com os diretores dos dois filmes: Lech Kowalski, às 13h, e Cosima Dannoritzer, às 14h.

Na Competição Latino-Americana, também voltam por mais dois dias os curtas “O Fogo que Vimos”, de Pilar Condomí e Candelaria Gutierrez, uma abordagem poética sobre o trabalho de brigadistas que enfrentam incêndios florestais; e “Por Trás da Cortina Verde”, de Caio Silva Ferraz e Paulo Plá, sobre a realidade enfrentada pelas comunidades camponesas da região do Alto Vale do Jequitinhonha (MG).

Neste dia, ficam disponíveis até às 15h os filmes “Indústria Russa”, de Petr Horky; “O Mês Mais Quente”, de Brett Story; “A Baleia de Lorino”, de Maciej Cuske; “Superalimentos”, de Ann Shin; “C.I.T.A. (Cooperativa Industrial Têxtil Argentina)”, de Lucas Molina, Tadeo Suarez, Marcos Pretti; e “O Delegado”, de Samuel Moreno Alvarez.

“O Custo do Vício Digital”, de Sue Williams

Na quinta-feira (10/09), às 15h, estreia no Panorama Internacional Contemporâneo O Custo do Vício Digital (EUA, de Sue Williams), que ficará disponível por três dias. O documentário aponta para o lado sombrio da indústria de smartphones, tablets e laptops, desde as funestas condições de trabalho na China às famílias infectadas nos Estados Unidos. Os filmes “Ma’Ohi Nui” e “Vulcão de Lama: A Luta Contra a Injustiça” voltam para mais dois dias de exibição. Tendo merecido première internacional no Festival de Berlim, a produção belga “Ma’Ohi Nui”, de Annick Ghijzelings, oferece um vislumbre poético do Taiti contemporâneo e das lutas coloniais que seu povo ainda enfrenta, enquanto resistem para sustentar seu modo de vida. “Vulcão de Lama” (EUA), co-dirigido pela vencedora do Oscar de documentário curto em 2008 Cynthia Wade em parceria com Sasha Friedlander, tem seu foco em uma jovem ativista em busca de justiça, que era criança quando atividades de extração de gás de xisto provocaram um tsunami de lama em ebulição que soterrou vilarejos de uma área industrial e residencial na Indonésia, desalojando mais de 60 mil pessoas. 

Já os filmes “Dolores”, de Peter Bratt; “Golpe Corporativo”, de Fred Peabody; e “Deus”, de Christopher Murray, Josefina Buschmann e Israel Pimentel, ficam em cartaz até às 15h neste dia.

“Memórias do Oriente”, de Niklas Kullström

Na sexta-feira (11/09) às 15h, estreia no Panorama Internacional Contemporâneo “Memórias do Oriente” (Finlândia), de Niklas Kullström e Marti Kaartinen, um surpreendente filme de viagem no Extremo Oriente, na Mongólia e no Japão atuais. Eleito como melhor documentário no Festival de Monterrey, ele recupera a história das viagens do linguista e diplomata finlandês G. J. Ramstedt ao velho mundo das crenças e tradições do final do século 19, um mundo hoje substituído por ideologias e pela economia de mercado. O filme ficará disponível por três dias na plataforma. Já “Exodus” e “Sufocado” voltam para mais dois dias de exibição. O iraniano “Exodus” é dirigido por Bahman Kiarostami (filho do cineasta Abbas Kiarostami) e tem a canção homônima de Bob Marley na trilha sonora. O filme observa um centro de migração em Teerã, onde passam milhares de imigrantes ilegais que saem do país. O emocionante “Sufocado” (Bélgica) acompanha a busca de seu diretor, Daniel Lambo, para descobrir a verdade sobre a perigosa indústria do amianto, que vitimou seu pai e muitos outros em sua aldeia na região de Flandres.

Neste dia, o filme “Bebês do Futuro”, de Maria Arlamovsky, fica disponível até às 15h.

“Triste Oceano”, de Karina Holden

No sábado (12/09), às 15h, os filmes “Ouro da Morte” e “Triste Oceano” voltam para mais dois dias de exibição. Selecionado para o festival Hot Docs e premiado em eventos internacionais, o longa sul-africano “Ouro da Morte”, de Catherine Meyburgh e Richard Pakleppa, retrata como comunidades de mineração da África do Sul enfrentam grave pobreza e a maior epidemia mundial de silicose e tuberculose causada pela exposição ao pó de sílica. O verdadeiro custo da riqueza daquele país é revelado pela justaposição das histórias atuais dos garimpeiros com material de arquivo como documentários industriais e filmes de propaganda. Já a produção australiana “Triste Oceano”, de Karina Holden, foi destaque no reputado festival socioambiental Planet in Focus, do Canadá, ao alertar que metade de toda a vida marinha foi perdida nos últimos 40 anos e que em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos mares. O documentário também estará disponível em Libras.

“A Nova Era do Petróleo”, de Zach Toombs

O domingo (13/09) conta com dois filmes da temática Emergência Climática que voltam para mais dois dias de exibição a partir das 15h. Obra do diretor indicado aos Emmy Awards Zach Toombs, “A Nova Era do Petróleo” (EUA) traz jornalistas investigativos, cientistas e cidadãos analisando as conseqüências de um novo boom norte-americano de combustíveis fósseis. “A Era das Consequências” (EUA) investiga, pelas lentes da Segurança Nacional norte-americana, os impactos das mudanças climáticas em conflitos ao redor do mundo, revelando como a escassez de água e alimentos, a seca, as condições climáticas extremas e a elevação do nível do mar funcionam como “catalisadores de conflitos”. O filme é assinado por Jared P. Scott, mesmo diretor de “A Grande Muralha Verde”, documentário produzido por Fernando Meirelles.

Ao meio-dia, será lançada uma entrevista exclusiva com Marc Pierschel, diretor do filme “O Fim da Carne”, que volta para a programação da Mostra no dia seguinte.

“O Fim da Carne”, de Marc Pierschel

Na segunda-feira (14/09), às 15h, voltam por mais dois dias “Golpe Corporativo” e “O Fim da Carne”. A coprodução EUA/Canadá “Golpe Corporativo”, que esteve nos principais festivais de documentários (como IDFA-Amsterdã e Hot Docs), narra a história por trás do “golpe corporativo” que se deu muito antes das últimas eleições que levaram Donald Trump à presidência norte-americana. Seu diretor, Fred Peabody, venceu em 1989 o Emmy Awards. Já o alemão “O Fim da Carne”, de Marc Pierschel, embarca em uma jornada para descobrir que efeito um mundo pós-carne teria no meio ambiente, nos animais e em nós mesmos.

Às 18h, publicaremos uma entrevista exclusiva com Fred Peabody, diretor de “Golpe Corporativo”. 

“O Futuro do Trabalho e da Morte”, de Sean Blacknell e Wayne Walsh

Na terça-feira (15/09), às 18h30, será realizada a masterclass Curadoria em Festivais de Cinema e Eventos Audiovisuais, com Francisco Cesar Filho, profissional que desde 1983 atua neste segmento da indústria audiovisual. A atividade será online e gratuita, com vagas limitadas; para participar, é necessário inscrever-se pelo site.

A programação do dia conta ainda com dois filmes do Panorama Internacional Contemporâneo que voltam por mais dois dias a partir das 15h: “O Custo do Vício Digital” (de Sue Williams, que estreia no dia 10) e “O Futuro do Trabalho e da Morte”, produção do Reino Unido exibida no prestigioso Festival de Roterdã, que tem direção de Sean Blacknell e Wayne Walsh e explora os impactos que a tecnologia do futuro pode vir a ter sobre duas características intrínsecas à experiência humana: o trabalho e a morte.

“Bebês do Futuro”, de Maria Arlamovsky

Na quarta-feira (16/09), às 19h, será realizada a Cerimônia de Premiação da 9ª Mostra Ecofalante, onde serão anunciados os vencedores dos Prêmios do Júri e Público da Competição Latino-Americana e do Concurso Curta. A cerimônia será transmitida ao vivo pelo Facebook e Youtube.

No mesmo dia, às 15h, dois filmes do Panorama Internacional Contemporâneo voltam para mais dois dias de exibição. “Bebês do Futuro” (Áustria), de Maria Arlamovsky, mostra como o que começou como uma tentativa de ajudar casais inférteis a terem filhos é hoje um lucrativo negócio de ‘bebês industrializados’. O filme, exibido nos festivais Hot Docs (Canadá) e Dok Leipzig (Alemanha), nos leva a pacientes, pesquisadores, doadores de óvulos, mães de aluguel, clínicas e laboratórios, e nos faz perguntar: quão longe queremos ir? Já o canadense “Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis, alerta que o crescimento acelerado da indústria multi-bilionária de cosméticos tem um custo elevado e generalizada corrupção.

Continuam em cartaz até o fim do evento os filmes dos programas Concurso Curta Ecofalante, com curtas-metragens feitos por estudantes ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e Clássicos e Premiados, que traz destaques da cinematografia brasileira voltada à temática socioambiental, com obras de  Jorge Bodanzky, Silvio Tendler, Vincent Carelli, Hermano Penna, Aurélio Michiles, Marcelo Pedroso e Ricardo Dias.

Além dos debates ligados às temáticas do Panorama Internacional Contemporâneo, a 9ª Mostra conta ainda com mais de 50 debates realizados em parceria com universidades, incluindo USP, UNESP, UFSCar, UFABC, UNB, UFGD, UFU e FECAP. 

A programação completa da 9ª Mostra Ecofalante de Cinema pode ser acessada em nosso folder interativo

Uma apresentação do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo – por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa – e da Ecofalante, a Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura e do Programa de Apoio à Cultura (ProAC). Tem patrocínio do Mercado Livre, da Spcine e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e apoio da White Martins, Kimberly Clark e Pepsico. É uma produção da Doc & Outras Coisas e co-produção da Química Cultural. A realização é da Ecofalante, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Ministério do Turismo e do Governo Federal.

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