* semana conta com 2 debates, entrevistas com diretores e masterclass sobre cinema
* estreia de filmes das temáticas Povos&Lugares, Tecnologia, Consumo e Economia
* programa Clássicos e Premiados traz 18 destaques da cinematografia brasileira voltada à temática socioambiental, assinados por Jorge Bodanzky, Silvio Tendler, Vincent Carelli, Hermano Penna, Aurélio Michiles, Marcelo Pedroso e Ricardo Dias
* universidades realizam debates sobre os filmes exibidos na Mostra
* filmes da Competição Latino-Americana voltam para uma segunda exibição
A 9ª Mostra Ecofalante de Cinema, que acontece entre os dias 12 de agosto e 20 de setembro de forma totalmente online e gratuita, traz 98 filmes de 24 países, além de 8 debates com convidados especiais e entrevistas exclusivas com diretores.
A programação da próxima semana conta com debates sobre as temáticas Povos&Lugares e Consumo, uma Masterclass com Cristina Amaral, diversas estreias de filmes e atividades em parceria com universidades. Confira abaixo os destaques.
Na quarta-feira (02/09), às 19h, realizaremos um debate sobre o tema Povos&Lugares: Migrações no Século 21, que contará com a presença do professor Paulo Daniel Farah, da socióloga Patrícia Villen, da ativista Prudence Kalambay e mediação de Karina Quintanilha (do Fórum Internacional Fontié ki Kwaze – Fronteiras Cruzadas). A transmissão terá interpretação em Libras e acontecerá nas páginas da Mostra Ecofalante no Facebook e no Youtube. O ponto de partida para o debate será o filme “Exodus”, de Bahman Kiarostami, que estreia no dia anterior.
Às 15h, estreia no Panorama Internacional Contemporâneo “O Futuro do Trabalho e da Morte”. Produção do Reino Unido exibida no prestigioso Festival de Roterdã, tem direção de Sean Blacknell e Wayne Walsh e explora os impactos que a tecnologia do futuro pode vir a ter sobre duas características intrínsecas à experiência humana: o trabalho e a morte. O filme ficará disponível por três dias nas plataformas. Na Competição Latino-Americana, volta para mais dois dias de exibição “A Jangada de Welles”, de Firmino Holanda e Petrus Cariry. O filme é centrado na atribulada passagem do diretor Orson Welles no Brasil para as filmagens do longa “It´s All True”, quando, em um acidente, morreu o líder de pescadores cearenses. Exibida no Festival de Havana, a obra evoca ainda memórias do Estado Novo e a luta dos jangadeiros por direitos trabalhistas.
Os filmes “A Baleia de Lorino”, de Maciej Cuske, e “Suspensão”, de Simón Uribe, ficam em cartaz até às 15h da quarta-feira.
A quinta-feira (03/09) conta com a estreia do alemão “Olá, IA”, de Isa Willinger, a partir das 15h no Panorama Internacional Contemporâneo. Inédito no Brasil e com passagem nos festivais IDFA-Amsterdã, Visions du Réel e Hot Docs, o longa focaliza a evolução da robótica e como os humanos estão se tornando cada vez mais expostos à inteligência artificial em suas vidas diárias. Na Competição Latino-Americana, voltam para a programação os curtas “Caranguejo Rei”, de Enock Carvalho e Matheus Farias, exibido em eventos na França, Reino Unido, Colômbia, México e China; e “Guaxuma”, de Nara Normande, vencedor do Festival de Gramado e premiado nos EUA, Reino Unido, Portugal e na Suíça. Os três filmes ficarão disponíveis por dois dias.
Neste dia, os filmes “Ma’Ohi Nui”, de Annick Ghijzelings, “Tuã Ingugu (Olhos d’Água)”, de Daniela Thomas, e “O Fim da Eternidade, de Pablo Radice, ficam disponíveis até às 15h.
Na sexta-feira (04/09), às 15h, três filmes entram no Panorama Internacional Contemporâneo. O alemão “O Fim da Carne”, de Marc Pierschel, ficará disponível por três dias. O filme embarca em uma jornada para descobrir que efeito um mundo pós-carne teria no meio ambiente, nos animais e em nós mesmos. Já “Os Senhores da Água” e “Patrimônio” voltam para mais dois dias de exibição. Apresentado no Festival de Berlim, “Patrimônio” (México/EUA) conta com direção da duplamente laureada com os Emmy Awards Lisa F. Jackson, aqui em parceria com Sarah Teale, e retrata a luta de uma pequena comunidade na costa pacífica mexicana contra um mega-empreendimento norte-americano. O francês “Os Senhores da Água”, dirigido por Jérôme Fritel, discute a cada vez mais explosiva demanda por água e o novo mercado em torno desse bem, com bancos, fundos de investimento e fundos de hedge investindo bilhões de euros.
Na Competição Latino-Americana, também voltam por mais dois dias “Ruivaldo, o Homem Que Salvou a Terra”, de Jorge Bodanzky e João Farkas, que leva para a tela, por meio do personagem central que dá nome à obra, sua luta diária para sobreviver diante das consequências do assoreamento do Rio Taquari, no Mato Grosso do Sul; e o argentino “Suquía”, de Ezequiel Salinas, curta exibido no festival IDFA-Amsterdã que faz uma jornada pela memória do rio Suquía, na Argentina.
No sábado (05/09), às 19h, acontece o debate “É Possível Mudar o Paradigma do Consumo?”, com os convidados Eduardo dos Santos (midiativista da página Vegano Periférico), Sérgio Besserman (Presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro), Fátima Cabral (agricultora familiar agroecológica) e mediação de Gabriela Yamaguchi (diretora de Sociedade Engajada da organização socioambiental WWF-Brasil). “O Fim da Carne”, que estreia no dia anterior, será o ponto de partida do debate, que terá interpretação em Libras e será transmitido ao vivo pelo Facebook e Youtube.
Às 15h, estreia no Panorama Internacional Contemporâneo “Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis, que ficará disponível por três dias. Inédito no Brasil, o longa canadense alerta que o crescimento acelerado da indústria multi-bilionária de cosméticos tem um custo elevado e generalizada corrupção. Já “Os Despossuídos” e “Tomates, Molho e Wagner”, também do Panorama Internacional Contemporâneo, voltam para mais dois dias de exibição. Dirigido por Mathieu Roy como um misto de cinéma vérité e ensaio audiovisual, “Os Despossuídos” (Canadá/Suíça) promove uma jornada impressionista que nos revela, em uma era de agricultura industrializada, a luta diária da classe camponesa faminta. Indicado oficial da Grécia ao Oscar de melhor filme internacional, “Tomates, Molho e Wagner”, segundo a diretora Marianna Economou, mostra o que acontece quando tomates orgânicos encontram a música de Wagner e uma energia incrível invade os arredores de uma pequena vila, até então condenada ao desaparecimento. Na Competição Latino-Americana, também voltam por mais dois dias “Mitos Indígenas em Travessia”, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues, que reúne histórias indígenas dos tempos antigos de diferentes etnias, e “Mamapara” (Peru/Argentina), de Alberto Flores Vilca, selecionado para Clermont-Ferrand, o mais renomado festival internacional de curtas.
No domingo (06/09), às 15h, teremos a estreia de “Superalimentos”, de Ann Shin, no Panorama Internacional Contemporâneo. A produção canadense, que ficará disponível por três dias, explora os fatos e mitos por trás dos superalimentos, propagandeados por suas propriedades nutricionais extraordinárias. Voltam para mais dois dias de exibição três filmes do Panorama: “Push: Ordem de Despejo”, “Breakpoint: Uma Outra História do Progresso” e “O Custo do Transporte Global”. Realização sueca, “Push: Ordem de Despejo”, de Fredrik Gertten, discute como os preços das casas estão subindo rapidamente nas cidades ao redor do mundo, enquanto os rendimentos não acompanham esse aumento. O filme acompanha Leilani Farha, relatora especial da ONU sobre habitações adequadas, enquanto viaja pelo mundo, tentando entender quem está sendo expulso da cidade e por quê. Produção francesa que rodou inúmeros festivais pelo mundo, com direção de Jean-Robert Viallet, “Breakpoint: Uma Outra História do Progresso” analisa 200 anos de desenvolvimento para fornecer uma visão alternativa de nossa história do progresso. Coprodução entre a Espanha e a França, “O Custo do Transporte Global”, dirigido pelo vencedor de mais de 30 prêmios internacionais Denis Delestrac, é uma audaciosa investigação sobre o funcionamento e a regulamentação da indústria de transporte oceânico – que movimenta 90% dos bens que consumimos -, assim como os impactos socioambientais ocultos.
Na Competição Latino-Americana, também às 15h, o filme “Soldados da Borracha”, de Wolney Oliveira, volta para a programação por mais 24 horas. O longa resgata a saga de cerca de 60 mil brasileiros, enviados para a região amazônica durante a Segunda Guerra Mundial, em mirabolante plano para extrair látex, material estratégico imprescindível para a vitória dos Aliados.
Na segunda-feira (07/09), estreia às 15h no Panorama Internacional Contemporâneo o filme “Golpe Corporativo”, que ficará disponível por três dias. A coprodução EUA/Canadá esteve nos principais festivais de documentários (como IDFA-Amsterdã e Hot Docs) narra a história por trás do “golpe corporativo” que se deu muito antes das últimas eleições que levaram Donald Trump à presidência norte-americana. Seu diretor, Fred Peabody, venceu em 1989 o Emmy Awards. Voltam para a programação por mais dois dias “O Mês Mais Quente” e “A Baleia de Lorino”, também do Panorama Internacional Contemporâneo. Em “O Mês Mais Quente” (EUA/Canadá), a diretora Brett Story aponta sua lente observacional para a cidade de Nova York e seus arredores durante o mês de agosto de 2017, permitindo que moradores reflitam sobre o futuro à luz do governo Trump e de demonstrações de supremacistas brancos enquanto incêndios e furacões se abatem nas duas costas do país. Já “A Baleia de Lorino” é média-metragem polonês inédito no Brasil com direção de Maciej Cuske que se passa numa região remota do extremo nordeste da Sibéria onde as baleias ameaçadas de extinção ainda são caçadas, não apenas por uma questão de tradição, mas também por necessidade.
Na Competição Latino-Americana, também ficam por mais dois dias o argentino “C.I.T.A. (Cooperativa Industrial Têxtil Argentina)”, de Lucas Molina, Tadeo Suarez e Marcos Pretti, um relato da resistência de um grupo de trabalhadores industriais diante das políticas neoliberais que foi destaque em diversos festivais internacionais, e o colombiano “O Delegado”, exibido no festival Visions du Réel, na Suíça.
Na terça-feira (08/09), às 15h, estreia “Bebês do Futuro”, de Maria Arlamovsky, que ficará disponível por três dias no Panorama Internacional Contemporâneo. A produção austríaca mostra como o que começou como uma tentativa de ajudar casais inférteis a terem filhos é hoje um lucrativo negócio de ‘bebês industrializados’. O filme, exibido nos festivais Hot Docs (Canadá) e Dok Leipzig (Alemanha), nos leva a pacientes, pesquisadores, doadores de óvulos, mães de aluguel, clínicas e laboratórios, e nos faz perguntar: quão longe queremos ir?
No mesmo horário, voltam para mais dois dias de exibição os filmes “Dolores” (EUA), de Peter Bratt, que ganhou repercussão no Festival de Sundance e premiações em São Francisco e Seattle ao focalizar Dolores Huerta, líder trabalhista e uma das mais importantes ativistas dos direitos civis da história dos Estados Unidos; e “Indústria Russa” (República Tcheca), de Petr Horky, uma sátira espirituosa que vê uma fábrica de automóveis e uma das maiores empresas estatais russa como um microcosmo da sociedade daquele país. Na Competição Latino-Americana, também volta por mais dois dias o chileno “Deus”, que esteve em vitrines internacionais prestigiosas, como os festivais Dok Leipzig, Toulouse, DocMontevideo e Visions du Réel, onde conquistou o prêmio de melhor filme pelo júri jovem do evento. Dirigido por Christopher Murray, Josefina Buschmann e Israel Pimentel, aborda a visita do Papa ao Chile, em 2018, onde o país vivia a maior crise religiosa de sua história.
Às 18h30, acontece a Masterclass Cinema – A montagem visual de um mundo, ministrada por Cristina Amaral, responsável pela montagem de filmes de diretores como Andrea Tonacci, Carlos Reichenbach, Edgard Navarro Filho, Carlos Adriano, Guilherme de Almeida Prado, Lina Chamie, Denoy de Oliveira, Joel Yamaji e Raquel Gerber, entre outros. O link para as inscrições será divulgado em breve.
Continuam em cartaz até o fim do evento os filmes dos programas Concurso Curta Ecofalante, com curtas-metragens feitos por estudantes ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e Clássicos e Premiados, que traz destaques da cinematografia brasileira voltada à temática socioambiental, com obras de Jorge Bodanzky, Silvio Tendler, Vincent Carelli, Hermano Penna, Aurélio Michiles, Marcelo Pedroso e Ricardo Dias.
Além dos debates ligados às temáticas do Panorama Internacional Contemporâneo, a 9ª Mostra conta ainda com mais de 50 debates realizados em parceria com universidades, incluindo USP, UNESP, UFSCar, UFABC, UNB, UFGD, UFU e FECAP.
A programação completa da 9ª Mostra Ecofalante de Cinema pode ser acessada em nosso folder interativo.
Uma apresentação do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo – por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa – e da Ecofalante, a Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura e do Programa de Apoio à Cultura (ProAC). Tem patrocínio do Mercado Livre, da Spcine e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e apoio da White Martins, Kimberly Clark e Pepsico. É uma produção da Doc & Outras Coisas e co-produção da Química Cultural. A realização é da Ecofalante, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Ministério do Turismo e do Governo Federal.
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