Debate sobre "Escute: A Terra Foi Rasgada"
*Antes da exibição do filme e do debate teremos o lançamento do relatório “Yamakɨ nɨ ohotaɨ xoa! (Nós ainda estamos sofrendo): um balanço dos primeiros meses da emergência Yanomami”, em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), por Estevão Senra, às 18h30, no Anfiteatro 9 da UnB.
O documentário Escute: A Terra Foi Rasgada, realizado pela Aliança em Defesa dos Territórios e parceiros, propõe um mergulho na luta e no pensamento dos povos Kayapó, Yanomami e Munduruku contra o garimpo ilegal em seus territórios. A invasão garimpeira nessas regiões provoca danos socioambientais devastadores, como o desmatamento, a poluição dos rios, a contaminação por mercúrio, a disseminação de doenças, além de ataques violentos de garimpeiros.
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A exibição do debate aberto sobre "Escute: A Terra Foi Rasgada", vai acontecer no Anfiteatro 9 da Universidade de Brasília na terça-feira, 12 de setembro às 20h30, contaremos com uma dupla mediação e com a participação dos seguintes convidados:
Jornalista, Mestranda no Programa de Pós Graduação em Direitos Humanos e Cidadania, Diretora de Comunicação da Associação de Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós e do Instituto Território das Artes.
Beka Munduruku é comunicadora e jovem liderança indígena. Beka é uma das fundadoras do do médio Tapajós, composto por jovens mulheres e criado em 2014, durante a primeira etapa da autodemarcação da TI Sawré Muybu,que ainda não foi homologado pelo governo federal. Beka Saw é uma jovem liderança Munduruku, da aldeia Sawre Muybu, no médio rio Tapajós. Localizado no município paraense de Itaituba (principal polo do ouro ilegal no Brasil), o território onde vive é alvo de invasões de garimpeiros, madeireiros e grileiros há muitos anos. A região está ameaçada, também, por diversos projetos de infraestrutura: hidrelétricas, hidrovias, portos, estradas e ferrovias. Com o Coletivo Audiovisual Daje Kapap Eipi, que leva o nome do seu território, Beka tem mostrado para o mundo a luta dos Munduruku para garantir a proteção das suas terras. Da produção desse coletivo, destaca-se o curta Mensageiras da Amazônia, que estreou na Mostra Ecofalante em 2022.
Nascido no território indígena de Parabubure, no Mato Grosso, o comunicador Cristian Wari’u é ativista indígena do povo Xavante e estudante de Comunicação Organizacional na UnB. De 2018 pra cá, @cristianwariu cria conteúdos para seus canais no Youtube, Instagram e Tiktok sobre povos indígenas, clima, meio ambiente e também um pouco de cinema e games com uma linguagem moderna e acessível.
Geógrafo com doutorado em desenvolvimento sustentável pela UnB. Tem mais de 10 anos de experiência de trabalho de campo com povos indígenas na Amazônia, em especial nos Estados de Amazonas e Roraima. Colabora desde 2013 com o Povo Yanomami em projetos de Gestão Territorial, Pesquisa Intercultural e Monitoramento Territorial.