** evento acontece de 2 a 9/10, no Cine Brasília, com entrada franca
** estão presentes os vencedores da mais recente edição da Mostra Ecofalante de Cinema
* as mudanças climáticas estão entre os temas abordados, ao lado questões ligadas à mineração, trabalho, saúde, tecnologia e comunidades indígenas, quilombolas e periféricas
** na programação estão títulos premiados nos festivais de Sundance, Tribeca, Guadalajara, Doclisboa e IDFA-Amsterdã, além de filmes exibidos nos festivais de Cannes, Berlim, Roterdã, Locarno, SXSW e Visions du Réel (Suíça)
** diretores consagrados: Werner Herzog, com “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft”, e Luc Jacquet, com “Antártica: Continente Magnético”
* sessões infanto-juvenis abertas ao público e a escolas, sempre pela manhã e início de tarde, completam a seleção
** festival é uma realização da Ecofalante e conta com patrocínio do Mercado Livre
** a partir do dia 10/10, evento continua por um mês, no Sesc Gama, em escolas e em universidades do DF, incluindo UnB
A Mostra Ecofalante de Cinema, o mais importante evento sul-americano para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais, chega à Brasília exibindo 40 filmes, cujas temáticas incluem as mudanças climáticas e questões ligadas à mineração, trabalho, saúde, tecnologia e comunidades indígenas, quilombolas e periféricas. As exibições acontecem de 2 a 9 de outubro no Cine Brasília, com entrada franca. A partir do dia 10 de outubro, as sessões seguem no Sesc Gama.
A grade de programação reúne destaques de diferentes seções da Mostra Ecofalante de Cinema: Panorama Internacional Contemporâneo, Competição Latino-americana, Panorama Histórico, Competição Territórios e Memória, Sessão Infantil e Sessões para Estudantes.
Estão presentes filmes recentes de diretores consagrados, como o cultuado alemão Werner Herzog e o vencedor do Oscar, Luc Jacquet, e filmes premiados na 13ª edição do evento, ocorrida em São Paulo no mês de agosto, como o longa-metragem peruano “Céu Aberto”, vencedor da competição latino-americana, e “Rejeito”, eleito melhor longa da competição Territórios e Memória.
Na sessão de abertura, na quarta-feira, 2 de outubro, às 19h, a atração é “Mapear Mundos”. O filme da diretora Mariana Lacerda articula preciosas imagens de arquivos indigenistas com testemunhos atuais para rememorar a importância de organizações da sociedade civil na luta indígena. Em um contexto de ditadura militar, atuando ao lado desses povos, elas foram cruciais para a garantia dos direitos dos povos originários no “Capítulo dos Índios”, da Constituição Brasileira de 1988. Trata-se de uma produção do Instituto Socioambiental (ISA), organização não governamental que comemora 30 anos de existência dedicada a defender bens e direitos sociais, coletivos e difusos, relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural e aos direitos dos povos indígenas do Brasil. André Baniwa, liderança do Rio Negro, e o presidente do ISA, Márcio Santilli, têm presenças confirmadas na sessão.
Em “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft”, o diretor Werner Herzog focaliza um casal pioneiro de vulcanólogos que se tornou notório por dedicar sua vida a documentar de perto a magnitude das erupções vulcânicas. Com impressionantes imagens desses fenômenos naturais, o longa foi o grande vencedor do importante festival DOC LA (EUA).
De Luc Jacquet, o diretor de “A Marcha dos Pinguins” (2005), vencedor do Oscar de melhor documentário, a Mostra Ecofalante de Cinema em Brasília apresenta “Antártica: Continente Magnético”. Esta é uma aventura visualmente deslumbrante que percorre os poucos milhares de quilômetros que separam a Patagônia do Polo Sul e fez parte da seleção do Festival de Locarno, o mais importante evento de cinema da Suíça.
Grandes personalidades emprestam seu prestígio à produção norte-americana “Solo Comum”, de Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell, premiado no Festival de Tribeca. Participam dessa abordagem sobre agricultura regenerativa e seus benefícios para o solo os atores Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson.
Exibido em versão restaurada na seção Cannes Classics do Festival de Cannes, “Amor, Mulheres e Flores” é assinado por Marta Rodríguez e por seu parceiro e companheiro de vida Jorge Silva (1941-1987). Representante da seção Panorama Histórico da Mostra Ecofalante de Cinema, o filme foi realizado entre 1984 e 1988 e denuncia as precárias condições a que estão submetidas as trabalhadoras da agroindústria das flores, uma das maiores da Colômbia. Suas reivindicações passam por melhores condições de vida e saúde, para si e para seus filhos. Com carreira iniciada em 1971, Marta Rodríguez é considerada uma das primeiras mulheres documentaristas da Colômbia a alcançar repercussão internacional.
Premiados da 13ª Mostra Ecofalante de Cinema na seleção de Brasília
Este ano, a Competição Latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema teve como vencedor do Prêmio de Melhor Longa-metragem a coprodução Peru/França “Céu Aberto”. Na obra, que foi selecionada para o prestigioso Festival de Roterdã, um pai peruano trabalha numa mina de extração artesanal de pedras vulcânicas, enquanto o filho, parte de uma outra geração, usa câmeras e drones para criar no computador a maquete digital de uma igreja. Seus caminhos se cruzam de maneira fantasmagórica. A pergunta que o diretor Felipe Esparza Pérez coloca é: poderá o reino da arte digital recriar e reviver o velho mundo?
Mereceram ainda menção honrosa do júri dois longas: “A Transformação de Canuto”, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, e “Ramona”, uma produção da República Dominicana, dirigida por Victoria Linares Villegas. Ambos estão na programação desta itinerância.
“A Transformação de Canuto” se passa numa pequena comunidade Mbyá-Guarani entre o Brasil e a Argentina, onde um homem sofreu, há alguns anos, a temida transformação em onça, tendo em seguida morrido tragicamente. O longa já havia sido premiado como melhor filme da Competição Envision no IDFA, de Amsterdã, considerado o mais importante festival de documentários da atualidade. Já “Ramona” é uma produção da República Dominicana que embaralha as fronteiras entre ficção e não-ficção e esteve na programação do Festival de Berlim. Nele, a diretora Victoria Linares Villegas acompanha uma jovem atriz que se prepara para assumir o papel de uma adolescente grávida que mora na periferia da capital Santo Domingo. Insegura no papel, ela começa a entrevistar jovens mães sobre gravidez e maternidade. Ao longo desse processo, elas mesmas passam a influenciar a produção do filme, alterando seu rumo.
Já o Melhor Prêmio do Júri da Mostra competitiva Território e Memória, exclusiva para produções brasileiras, foi para o longa-metragem “Rejeito”, de Pedro de Filippis. A produção faz um alerta: após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. No filme, uma conselheira ambiental confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas. Na mesma sessão, é exibido o curta-metragem de Dani Drummond, Água Rasa, filme que acompanha o curso do rio Paraopeba, contaminado pela lama tóxica de rejeito de mineração devido ao rompimento da barragem de Brumadinho.
Uma menção honrosa da Mostra Competitiva Território e Memória foi outorgada a “À Margem do Ouro”, de Sandro Kakabadze, um retrato do cotidiano de garimpeiros, comerciantes, professoras ou garotas de programa em busca de dinheiro na região do rio Tapajós.
O Prêmio de Público da Mostra Competitiva Território e Memória foi para o longa “O Bixiga é Nosso!”, de Rubens Crispim, sobre a luta pelo reconhecimento histórico e tombamento de um bairro da região central de São Paulo, o Bixiga. Em meados de 2022, as obras de uma linha de metrô revelaram que ali existia o quilombo urbano mais antigo do Estado. O documentário aborda como a comunidade afrodescendente e aliados se unem na tentativa de evitar mais um apagamento de sua história e expulsão da população negra da região.
O Melhor Prêmio de Público da 13ª Mostra Ecofalante de Cinema ficou com “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel. O documentário acompanha três mulheres que lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em Sol Nascente, considerada atualmente como a maior favela do Brasil. Para a posse do terceiro mandato do presidente Lula, elas foram encarregadas de cozinhar para as centenas de pessoas que viriam à Brasília para assistir à cerimônia.
Panorama Internacional Contemporâneo
A Mostra Ecofalante em Brasília traz alguns dos destaques do Panorama Internacional Contemporâneo, apresentados na 13ª edição do festival em São Paulo.
Os padrões globais de cleptocracia e extrativismo são examinados no sueco “Breaking Social: O Fim do Contrato Social”, de Fredrik Gertten. O filme focaliza aqueles que quebram o chamado contrato social e recorrem aos paraísos fiscais, apenas colhendo lucros sem que uma retribuição seja feita à sociedade. A obra circulou nos principais festivais de documentários, como o IDFA, de Amsterdã, Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e o Festival de Documentários de Munique.
“Union”, dos diretores Brett Story e Stephen Maing, registra uma das mais importantes vitórias trabalhistas da história: a conquista do primeiro local de trabalho sindicalizado da Amazon nos EUA, ocorrida em 2022. O filme foi vencedor do Prêmio Especial do Júri no badalado Festival de Sundance.
Já a produção belga “Humano Não-Humano”, de Natan Castay, fomenta uma reflexão sobre o trabalho precário e desumanizante desempenhado por seres humanos a partir de plataformas como a Mechanical Turk, da Amazon. O filme mostra o cotidiano dessas pessoas que passam seus dias a desfocar rostos humanos no Google Street View, entre outros. O filme conquistou o Prêmio de Melhor Curta Documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica) e recebeu Menção Honrosa no Doclisboa.
Por sua vez, o suíço “Os Motivados”, de Piet Baumgartner, acompanhou durante sete anos a elite empresarial do amanhã, desde os seus estudos na Universidade de São Galo, no mais prestigiado programa de mestrado desse setor no mundo, até os primeiros estágios das suas carreiras. Exibida no IDFA, de Amsterdã, a obra questiona: quem chega ao topo? Que valores essas pessoas representam? Elas estão conscientes de sua responsabilidade social?
“TikTok, Boom”, lançado pelo Festival de Sundance e exibido no SXSW, traz histórias pessoais do aplicativo mais baixado do mundo contadas por um elenco de nativos da Geração Z, jornalistas e especialistas. Sua diretora, Shalini Kantayya, é uma ativista ambiental norte-americana cujos filmes exploram os direitos humanos na interseção de ciência e tecnologia.
“Plastic Fantastic”, da alemã Isa Willinger, constata que plásticos estão por toda parte – existem 500 vezes mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas em nossa galáxia. Encontra-se plástico não só nos mares, como também em rios, no ar, no solo e dentro de nós. Embora a crise se aprofunde e a reciclagem não dê conta do problema, a indústria do plástico continua a aumentar sua produção. O longa participou de importantes festivais internacionais de documentários, como o CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e Festival de Documentários de Munique.
O perturbador longa francês “Knit’s Island” mergulha em um espaço da internet, uma ilha com 250 quilômetros quadrados, onde indivíduos se reúnem em comunidade para simular uma ficção em que o objetivo é sobreviver. Sob o disfarce de avatares, uma equipe de filmagem entra nesse local e faz contato com os jogadores. Quem são esses habitantes digitais? Eles estão realmente jogando? Dirigida por Ekiem Barbier, Guilhem Causse e Quentin L’Helgoualc’h, esta animação venceu o prêmio de melhor filme no Festival de Documentários de Montreal e foi eleito como melhor filme da competição Burning Lights do Visions du Réel (Suíça).
Em 2022, um grupo de trabalhadores fez história ao vencer a eleição e conquistar o primeiro local de trabalho sindicalizado da Amazon nos EUA. O longa “Union” registra essa que é tida como a mais importante vitória trabalhista desde a década de 1930. Enfrentando uma superpotência corporativa e com poucas proteções legais para os trabalhadores, todas as probabilidades estão contra o Sindicato. No entanto, eles permanecem inabaláveis em suas crenças na ação coletiva, na dignidade e no poder da classe trabalhadora. A obra, dos diretores Brett Story e Stephen Maing, foi a vencedora do prêmio especial do júri no Festival de Sundance.
Territórios e Memórias
Criada este ano, a mostra competitiva Territórios e Memória é dedicada exclusivamente a produções brasileiras. São exibidas no Cine Brasília obras premiadas na seção e outras que nela estiveram presentes.
O longa paranaense “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” revela como, no coração da Floresta Amazônica, um povo originário está experimentando o renascimento de sua identidade depois de décadas de escravidão e opressão. Foi apenas a partir do ano 2000 que os Huni Kuin da Terra Indígena Humaitá começaram a se lembrar de quem eram ao se unirem para recordar de sua cultura e seu modo de vida ancestral e espiritual. Dirigido por Lara Jacoski e Patrick Belem, o filme foi vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas.
Graciela Guarani e Alice Gouveia assinam a produção pernambucana “Sekhdese”, estruturada em depoimentos gravados durante expedições por aldeias indígenas e registros de manifestações na cidade de Brasília. Na obra, relatos de mulheres revelam um precioso empoderamento feminino e expõem as lutas pela terra, a cultura, o meio ambiente, e o etnocídio provocado pelas investidas das igrejas neopentecostais.
Coprodução entre o Brasil e a França, “Samuel e a Luz” mostra o impacto da chegada da eletricidade e do turismo no cotidiano idílico em um vilarejo de pescadores na costa de Paraty (RJ). Dirigido por Vinícius Girnys, o longa foi vencedor do prêmio de melhor documentário e Prêmio Feisal no Festival de Guadalajara (México), tendo sido eleito como melhor documentário na Mostra Internacional de São Paulo.
O diretor Alan Schvarsberg, no curta “A Chuva do Caju”, promove um mergulho no coração de um vale escondido nas profundezas do Brasil central, mostrando os impactos das mudanças climáticas nesse cotidiano. No local, Seu Alvino e Dona Neuza plantam e colhem o que a terra dá, como o cajuzinho do cerrado e o baru. Após mais de dois séculos, o tempo continua passando lento no quilombo Vão de Almas, mas a seca é cada vez mais severa.
Já no curta mineiro “Água Rasa”, o diretor Dani Drumond navega o rio Paraopeba, contaminado pela lama tóxica de rejeito de mineração devido ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), percorrendo do local do rompimento até a sua foz. Através da sabedoria de Seu Pedro, o filme descobre, em seu varejão de bambu, o poder de ouvir e se conectar com o rio, com a natureza ao redor e com espíritos ribeirinhos.
Exibido no Le Festival International du Film sur l’Art (Canadá), “Interior da Terra” promove uma investigação desde o céu até às profundezas da floresta. Com direção de Bianca Dacosta, o curta revela camadas de história enterradas e apagadas através do relato histórico e atual da destruição da Floresta Amazônica e do seu povo de origem, os Mura.
Em “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu”, de Clarice Cardell. os gêmeos Sol e Lua vivem uma jornada em busca de sua mãe que foi engolida por uma sucuri. Todos estes elementos são ilustrados por animações 2D misturados com as imagens em live-action captadas e interpretadas pela comunidade do Hiulaya do Alto Xingu.
Após a morte brutal do jornalista britânico Dom Phillips em 2022, durante uma expedição no Vale do Javari (segunda maior terra indígena do país, localizada no interior do Amazonas), o cineasta Otavio Cury reflete, em “Onde a Floresta Acaba”, sobre a perda do amigo, revisitando a primeira viagem que fizeram à Amazônia e os filmes que fizeram juntos.
Competição Latino-americana
A Mostra Ecofalante de Cinema em Brasília apresenta ainda dois títulos brasileiros que participaram da Competição Latino-americana deste ano. “Cama Vazia”, vencedor de menção honrosa no Festival de Gramado, é um olhar crítico sobre o sistema hospitalar e farmacêutico a partir da experiência subjetiva de Jean-Claude Bernardet, um dos mais importantes pensadores do cinema brasileiro. O curta é assinado por Bernardet e Fábio Rogério, tendo recebido menção honrosa no Festival de Gramado.
Já “O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio” é definido por seu realizador, Carlos Adriano, como um cinepoema. Baseado no texto “Sobre o Conceito de História”, de Walter Benjamin, aproxima realidades distantes: imagens de povos indígenas brasileiros em 1917 e 1922 e em manifestações antifascistas de 2022; imagens da causa palestina em 1948 e em 2022; tiros contra o relógio disparados por revolucionários franceses em 1830 e flechas contra o relógio disparadas por indígenas brasileiros em 2000.
Sessão Especial
Em Sessão Especial é exibido “Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva”, de Mari Corrêa. O filme contrapõe o olhar indígena ao da ciência ocidental e expõe como a colonização persevera no discurso ultrapassado sobre povos indígenas e natureza, escancarando as origens da implacável destruição da Amazônia. Tem depoimentos de lideranças como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Sonia Guajajara e o do arqueólogo Eduardo Góes Neves.
Sessões infanto-juvenis
Para o público infanto-juvenil, a Mostra Ecofalante de Cinema em Brasília exibe longas e curtas-metragens em sessões matutinas e vespertinas abertas a todos, principalmente a estudantes de todos os níveis de ensino.
Durante a semana, serão exibidos curtas-metragens tratando de temas como mudanças climáticas, preservação do cerrado, direitos e mitologia indígena, cidades. Estão na programação os seguintes filmes:
* “Vellozia”, de Pedro de Castro Guimarães
* “O Menino Terra”, de Hygor Beltrão Amorim
* “Téo, o Menino Azul”, de Hygor Amorim
* “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu”, de Clarice Cardell
* “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões”, de Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi e Joana Moncau
* “Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade”, de Marcelo Melchior
* “Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio”, de Radhi Meron
No fim de semana, serão exibidos os dois longas programados: a animação “Yakari, Uma Jornada Fantástica” e o longa “Animal”.
Yakari é um filme baseado no personagem dos quadrinhos, uma criança Sioux feliz, corajosa e generosa, dotada do fabuloso poder de falar e compreender a linguagem dos animais. O longa conta a história de como Yakari adquiriu esse talento. Trata-se de uma coprodução Bélgica/França/Alemanha com direção assinada por Xavier Giacometti e Toby Genkel.
“Animal” é um documentário francês dirigido por Cyril Dion, que traz os ativistas Bella e Vipulan. Ambos são adolescentes e fazem parte de uma geração convencida de que seu futuro está em perigo e de que é preciso agir. Os personagens viajam o mundo para mostrar o quão profundamente nós, os humanos, estamos ligados a todas as outras espécies vivas. A versão exibida é dublada em português.
Sessões educacionais ao longo do mês de outubro e novembro
A partir do dia 10 de outubro, a Mostra Ecofalante promoverá exibições de filmes em diversas instituições culturais e de ensino, democratizando sua programação.
No SESC Gama, haverá sessões de 10 a 13 de agosto, para estudantes e para o público geral. Na UnB, as sessões acontecerão no Campus Darcy Ribeiro, de 04 a 08 de novembro, com o apoio e o suporte do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) e do Centro Acadêmico de Ciências Ambientais da Universidade de Brasília.
As demais sessões educacionais acontecerão no Centro Universitário IESB, na UnDF (Universidade do Distrito Federal) e no Instituto Federal de Brasília (IFB).
O Acordo de Cooperação entre a Ecofalante e a Gerência de Educação Ambiental, Patrimonial, Língua Estrangeira e Arte-Educação (GEAPLA) da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), assinado no segundo semestre deste ano, deve permitir ainda estender a programação às escolas do Distrito Federal.
A Ecofalante possui também um Acordo de Cooperação com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com vigência de 5 anos e tendo como objetivo desenvolver projetos, programas e ações de educação ambiental em território nacional.
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Todas as informações sobre exibições e demais atividades do evento podem ser encontradas na plataforma Ecofalante: www.ecofalante.org.br.
A Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Dirigido por Chico Guariba, o evento tem patrocínio do Mercado Livre, contando com o apoio da White Martins e da Synergia Socioambiental, além do apoio institucional do Instituto Francês, WWF, Programa Ecofalante Universidades e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A produção é da Doc & Outras Coisas, com coprodução da Química Cultural e parcerias do Instituto Akatu, Autossustentável, eCycle, Green Me, Greenpeace, Iniciativa Verde, Instituto Socioambiental, Observatório do Clima e The Climate Reality Project Brasil. É uma realização da Ecofalante, Ministério da Cultura e Governo Federal.
A Ecofalante é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade, atua na formação de professores, exibições e debates em escolas, universidades e aparelhos culturais, além de produzir seminários e workshops sobre cinema, educação e sustentabilidade. A Ecofalante é responsável também pela plataforma de streaming gratuita Ecofalante Play, voltada a educadores, e o Ecofalante Universidades, programa de extensão educacional.
Serviço:
Mostra Ecofalante de Cinema em Brasília
de 2 a 9 de outubro de 2024
gratuito
Local:
Cine Brasília – Asa Sul EQS 106/107 – Brasília
Evento viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
patrocínio: Mercado Livre
apoio: White Martins e Synergia Socioambiental
apoio institucional: Instituto Francês, WWF, Programa Ecofalante Universidades e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
produção: Doc & Outras Coisas
coprodução: Química Cultural
parcerias: Instituto Akatu, Autossustentável, eCycle, Green Me, Greenpeace, Iniciativa Verde, Instituto Socioambiental, Observatório do Clima e The Climate Reality Project Brasil
realização: Ecofalante, Ministério da Cultura e Governo Federal
Redes sociais
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Atendimento à Imprensa
ATTi Comunicação e Ideias
Eliz Ferreira e Valéria Blanco (11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441
PROGRAMAÇÃO
entrada franca
2 de outubro (quarta-feira)
9h30 – Sessão Infantil:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
“O Menino Terra” (Brasil, 2010, 6′) – Hygor Beltrão Amorim
“Téo, o Menino Azul” (Brasil, 2022, 10′) – Hygor Beltrão Amorim
“Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (Brasil, 2023, 20 min) – Clarice Cardell
14h30 – Sessão Infantil:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às
Invasões” (Brasil, 2022, 17′) – Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi e Joana Moncau
“Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade” (Brasil, 2023, 16′) – Marcelo Melchior
“Aurora, a Rua Que Queria Ser Rio” (Brasil, 2021, 10′) – Radhi Meron
19h00 – Abertura: “Mapear Mundos” (2024, 72 min) – Mariana Lacerda – Sessão aberta ao público
3 de outubro (quinta-feira)
9h30 – Sessão Infantil:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
“O Menino Terra” (Brasil, 2010, 6′) – Hygor Beltrão Amorim
“Téo, o Menino Azul” (Brasil, 2022, 10′) – Hygor Beltrão Amorim
“Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (Brasil, 2023, 20 min) – Clarice Cardell
14h30 – Sessão Infantil:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às
Invasões” (Brasil, 2022, 17′) – Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi e Joana Moncau
“Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade” (Brasil, 2023, 16′) – Marcelo Melchior
“Aurora, a Rua Que Queria Ser Rio” (Brasil, 2021, 10′) – Radhi Meron
17h00 – “Ramona” (República Dominicana, 2023, 82 min) – Victoria Linares Villegas
19h00 – “Água Rasa” (Brasil, 2023, 19 min) – Dani Drumond
“Rejeito” (Brasil, 2023, 75 min) – Pedro de Filippis
20h45 – “Union” (EUA, 2024, 104 min) – Brett Story e Stephen Maing
4 de outubro (sexta-feira)
9h30 – Sessão Infantil:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
“O Menino Terra” (Brasil, 2010, 6′) – Hygor Beltrão Amorim
“Téo, o Menino Azul” (Brasil, 2022, 10′) – Hygor Beltrão Amorim
“Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (Brasil, 2023, 20 min) – Clarice Cardell
14h30 – Sessão Infantil:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às
Invasões” (Brasil, 2022, 17′) – Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi e Joana Moncau
“Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade” (Brasil, 2023, 16′) – Marcelo Melchior
“Aurora, a Rua Que Queria Ser Rio” (Brasil, 2021, 10′) – Radhi Meron
17h00 – “Onde a Floresta Acaba” (Brasil, 2023, 15′) – Otavio Cury
“Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (Brasil, 2023, 70 min) – Lara Jacoski e
Patrick Belem
19h00 – “TikTok, Boom” (EUA, 2021, 97 min) – Shalini Kantayya
20h45 – “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft” (França, RU, Suíça, EUA, 2022, 84
min) – Werner Herzog
5 de outubro (sábado)
11h00 – “Yakari, Uma Jornada Fantástica” (França, 2020, 82 min) – Xavier Giacometti e Toby Genkel
14h00 – “Humano Não-Humano” (Bélgica, 2023, 38 min) – Natan Castay
“Os Motivados” (Suíça, 2023, 92 min) – Piet Baumgartner
16h30 – “Amor, Mulheres e Flores” (Colômbia, 1984-1988, 52 min) – Marta Rodríguez e Jorge Silva
17h45 – “Não Existe Almoço Grátis” (Brasil, 2024, 74 min) – Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
19h30 – “Arrasando Liberty Square” (EUA, 2023, 86 min) – Katja Esson
21h00 – “Antártica: Continente Magnético” (França, 2023, 83 min) – Luc Jacquet
6 de outubro (domingo)
11h00 – “Animal” (França, 2021, 100 min, versão dublada em pt) – Cyril Dion
14h30 – “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (Brasil, 2023, 20 min) – Clarice Cardell
“Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva” (Brasil, 2023, 43 min) – Mari Corrêa
16h00 – “A Transformação de Canuto” (Brasil, 2023, 130 min) – Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de
Carvalho
18h30 – “Breaking Social: O Fim do Contrato Social” (Suíça, 2023, 92 min) – Fredrik Gertten
20h30 – “Céu Aberto” (Peru/França, 2023, 65 min) – Felipe Esparza Pérez
7 de outubro (segunda-feira)
15h00 – “A Chuva do Caju” (Brasil, 2023, 21 min) – Alan Schvarsberg
“Interior da Terra” (Brasil, 2022, 18 min) – Bianca Dacosta
“Você Vai Me Esquecer?” (12 min) – Sofía Landgrave Barbosa
“O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio” (Brasil, 2023, 26 min) – Carlos Adriano
“Cama Vazia” (Brasil, 2023, 6 min) – Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet
17h00 – “Knit’s Island” (França, 2023, 96 min) – Ekiem Barbier, Guilhem Causse e Quentin L’Helgoualc’h
8 de outubro (terça-feira)
09h30 – Sessão Infantil:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às
Invasões” (Brasil, 2022, 17′) – Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi e Joana Moncau
“Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade” (Brasil, 2023, 16′) – Marcelo Melchior
“Aurora, a Rua Que Queria Ser Rio” (Brasil, 2021, 10′) – Radhi Meron
14h30 – Sessão Infantil:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
“O Menino Terra” (Brasil, 2010, 6′) – Hygor Beltrão Amorim
“Téo, o Menino Azul” (Brasil, 2022, 10′) – Hygor Beltrão Amorim
“Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (Brasil, 2023, 20 min) – Clarice Cardell
16h30 – “Sekhdese” (Brasil, 2023, 86 min) – Graciela Guarani e Alice Gouveia
18h30 – “Solo Comum” (EUA, 2023, 95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell
20h30 – “Samuel e a Luz” (Brasil/França, 2023,70 min) – Vinícius Girnys
9 de outubro (quarta-feira)
14h30 – Sessão Infantil:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
“O Menino Terra” (Brasil, 2010, 6′) – Hygor Beltrão Amorim
“Téo, o Menino Azul” (Brasil, 2022, 10′) – Hygor Beltrão Amorim
“Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (Brasil, 2023, 20 min) – Clarice Cardell
16h30 – “O Bixiga é Nosso!” (Brasil, 2023, 73 min) – Rubens Crispim
18h30 – “Plastic Fantastic” (Alemanha, 2023, 102 min) – Isa Willinger
20h30 – “À Margem do Ouro” (Brasil, 2023, 95 min) – Sandro Kakabadze
10 de outubro (quinta-feira) – SESC Gama
8h30 – Filmes para Fund l:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13’) – Pedro de Castro Guimarães
“Aurora, a Rua Que Queria Ser Rio” (Brasil, 2021, 10′) – Radhi Meron
“Caminho dos Gigantes” (Brasil, 2016, 12’) – Alois Di Leo
“Maré Braba” (Brasil, 2023, 7’) – Pâmela Peregrino
10h30 – Filmes para Infantil
“O Menino Terra” (Brasil, 2010, 6′) – Hygor Beltrão Amorim
“Téo, o Menino Azul” (Brasil, 2022, 10′) – Hygor Beltrão Amorim
“Meu Nome é Maalum” (Brasil, 2021, 8′) – Luísa Meirelles Holanda Copetti
“Sobre Amizades e Bicicletas” (Brasil, 2022, 12’) – Julia Vidal
14h00 – Filmes para Fund II – 6ª a 7ª série:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13’) – Pedro de Castro Guimarães
“Aurora, a Rua Que Queria Ser Rio” (Brasil, 2021, 10′) – Radhi Meron
“Auto-Fitness” (Alemanha, 2015, 21’) – Alberto Couceiro & Alejandra Tomei
16h00 – Filmes para Fund II – 8ª a 9ª série:
“Kigalinha” (Brasil, 2022, 20’) – Felipe Santana
“Auto-Fitness” (Alemanha, 2015, 21’) – Alberto Couceiro & Alejandra Tomei
“Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade” (Brasil, 2023, 16′) – Marcelo Melchior
11 de outubro (sexta-feira) – SESC Gama
8h30 – Filmes para Fund l:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13’) – Pedro de Castro Guimarães
“Aurora, a Rua Que Queria Ser Rio” (Brasil, 2021, 10′) – Radhi Meron
“Caminho dos Gigantes” (Brasil, 2016, 12’) – Alois Di Leo
“Maré Braba” (Brasil, 2023, 7’) – Pâmela Peregrino
10h30 – Filmes para Infantil
“O Menino Terra” (Brasil, 2010, 6′) – Hygor Beltrão Amorim
“Téo, o Menino Azul” (Brasil, 2022, 10′) – Hygor Beltrão Amorim
“Meu Nome é Maalum” (Brasil, 2021, 8′) – Luísa Meirelles Holanda Copetti
“Sobre Amizades e Bicicletas” (Brasil, 2022, 12’) – Julia Vidal
14h00 – Filmes para Fund II – 6ª a 7ª série:
“Vellozia” (Brasil, 2023, 13’) – Pedro de Castro Guimarães
“Aurora, a Rua Que Queria Ser Rio” (Brasil, 2021, 10′) – Radhi Meron
“Auto-Fitness” (Alemanha, 2015, 21’) – Alberto Couceiro & Alejandra Tomei
16h00 – Filmes para Fund II – 8ª a 9ª série:
“Kigalinha” (Brasil, 2022, 20’) – Felipe Santana
“Auto-Fitness” (Alemanha, 2015, 21’) – Alberto Couceiro & Alejandra Tomei
“Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade” (Brasil, 2023, 16′) – Marcelo Melchior
12 de outubro (sábado) – SESC Gama
11h00 – “Yakari, Uma Jornada Fantástica” (França, 2020, 82’) – Xavier Giacometti e Toby Genkel
16h00 – “A Viagem do Príncipe” (França, 2019, 77’) – Jean-François Laguionie
Xavier Picard
18h00 – “Não Existe Almoço Grátis” (Brasil, 2024, 74 min) – Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
13 de outubro (domingo) – SESC Gama
16h00 – “Animal” (França, 2021, 100 min, versão dublada em pt-br) – Cyril Dion
18h00 – “Rejeito” (Brasil, 2023, 75 min) – Pedro de Filippis
DADOS SOBRE OS FILMES
* “A Chuva do Caju” (Brasil-DF, 2023, 21 min) – Alan Schvarsberg
No coração de um vale escondido nas profundezas do Brasil central, Seu Alvino e Dona Neuza plantam e colhem o que a terra dá, como o cajuzinho do cerrado e o baru. Após mais de dois séculos, o tempo continua passando lento no quilombo Vão de Almas, apesar da seca cada vez mais severa.
Vencedor de menção honrosa do Prêmio Zózimo Bulbul no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
* “À Margem do Ouro” (Brasil-SP, 2022, 95 min) – Sandro Kakabadze
A região do rio Tapajós, no Pará, abriga histórias de homens e mulheres que têm suas vidas entrelaçadas pela exploração ilegal do ouro.
Vencedor de menção honrosa para longa-metragem da competição Territórios e Memória da Mostra Ecofalante de Cinema e do prêmio da crítica na Mostra Internacional de São Paulo.
* “A Transformação de Canuto” (Brasil-SP/PE, 2023, 130 min) – Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho
Em uma pequena comunidade Mbyá-Guarani entre o Brasil e a Argentina, todos conhecem o nome Canuto: um homem que, muitos anos atrás, sofreu a temida transformação em onça e, depois, morreu tragicamente. Agora, um filme está sendo feito para contar a sua história. Por que isso aconteceu com ele? Mas, mais importante, quem na aldeia deveria interpretar o seu papel?
Vencedor do prêmio de menção honrosa do júri para longa-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema; melhor filme da Competição Envision no IDFA-Amstardã; melhor filme (Grand Prix Nanook-Jean Rouch) no Festival Jean Rouch; melhor direção, melhor fotografia e melhor roteiro (temática afirmativa) no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
* “Água Rasa” (Brasil-MG, 2023, 19 min) – Dani Drumond
O filme navega o rio Paraopeba, contaminado pela lama tóxica de rejeito de mineração devido ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), percorrendo do local do rompimento até a sua foz, na Represa de Três Marias. Através da sabedoria de Seu Pedro, o filme descobre, em seu varejão de bambu, o poder de ouvir e se conectar com o rio, com a natureza ao redor e com espíritos ribeirinhos.
Vencedor do prêmio de melhor fotografia no Festival UrbanoCine (RN); menção honrosa no Festival Hollywood Guerrilla (EUA); exibido no Festival Pescadores do Mundo (França).
* “Amor, Mulheres e Flores” (“Amor, Mujeres y Flores”, Colômbia, 1984, 52 min) – Marta Rodríguez e Jorge Silva
O filme traça as características sociais dos trabalhadores da plantação de flores em Bogotá (Colômbia) e sua reivindicação por melhores condições de vida e saúde entre as histórias de vida e amor femininas.
Exibido no Festival de Cannes (seção Cannes Classics).
* “Animal” (“Animal”, França, 2021, 100 min) – Cyril Dion
Os jovens ativistas Bella e Vipulan, ambos de 16 anos, fazem parte de uma geração convencida de que seu futuro está em perigo. Entre a emergência climática e a 6ª extinção em massa, seu mundo pode ser inabitável daqui a 50 anos. Cyril Dion, diretor de Amanhã, documentário que levou mais de um milhão de franceses ao cinema, os leva em uma jornada extraordinária para conversar com algumas das pessoas mais dedicadas ao mundo animal e entender em outro nível o quão profundamente nós, os humanos, estamos ligados a todas as outras espécies vivas. E que ao salvá-los… também estamos nos salvando.
* “Antártica: Continente Magnético” (“Voyage au Pôle Sud”, França, 2023, 83 min) – Luc Jacquet
Uma aventura visualmente deslumbrante a partir dos poucos milhares de quilômetros que separam a Patagônia do Polo Sul, uma homenagem definitiva a um continente em extinção.
Exibido no Festival de Locarno, CPH:DOX (Dinamarca) e no Festival de Shanguai.
* “Arrasando Liberty Square” (“Razing Liberty Square”, EUA, 2023, 86 min) – Katja Esson
À medida que o aumento do nível do mar ameaça a luxuosa orla marítima de Miami, os proprietários ricos se dirigem aos terrenos mais elevados. Os moradores de Liberty Square, bairro historicamente negro e o primeiro projeto de habitação popular segregada no Sul, são o novo alvo de um projeto de “revitalização”, devido à sua localização, a 3,6 metros acima do nível do mar. Nesse panorama, o documentário discute a crise da habitação acessível, o impacto do racismo sistêmico e a gentrificação climática.
* “A Viagem do Príncipe” (França, 2019, 77 min) – Jean-François Laguionie Xavier Picard
Um príncipe estrangeiro é encontrado desacordado na costa de um país longínquo e de hábitos culturais diferentes. Considerando-o estranho e primitivo, dois cientistas resolvem estudá-lo. Para isso, prendem o príncipe no museu onde trabalham, lugar onde toda sorte de animais e plantas são objetificados para fins de pesquisa. Nesse local, o príncipe fará amizade com o jovem Tom, que irá apresentá-lo a esse novo país, um mundo construído em detrimento da floresta e da natureza, cujos habitantes se creem únicos e são dominados por diversos tipos de medos
* “Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio” (Brasil-SP/Islândia, 2021, 15 min) – Radhi Meron
Se as ruas pudessem falar, o que diriam? Aurora é uma triste e solitária rua de uma grande cidade. Em um dia de chuva forte, ela relembra sua trajetória, sonha com o futuro e se pergunta: é possível uma rua morrer?
Vencedor do prêmio de melhor direção de arte e Prêmio Canal Brasil de Curtas no Cine PE | Festival Audiovisual; melhor curta animação no Urban Films Festival (França); melhor animação no International Animated Film Festival “Animaevka-2021” (Bielorrusia); melhor filme pelo júri infantil na Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis; melhor direção de arte no Curta Taquary.
* “Auto-Fitness” (Alemanha, 2015, 21 min) – Alberto Couceiro, Alejandra Tomei
Ser ou não… ter tempo de ser? O filme é uma poesia labiríntica sobre o automatismo humano. Uma reflexão sobre nossa relação diária com o dinheiro e com o tempo, uma animação tragicômica que brinca com o conceito da constante e penetrante aceleração. Um filme sobre a opressiva loucura cotidiana e o automatismo em que somos forçados a viver, trabalhar, respirar, pensar e: existir. Uma paródia da já antiga “vida moderna”.
* “Breaking Social: O Fim do Contrato Social” (“Breaking Social”, Suécia, 2023, 92 min) – Fredrik Gertten
Todas as sociedades se baseiam na ideia de um contrato social. Nos é dito que se trabalharmos arduamente, se tratarmos os outros com respeito, se cumprirmos as regras, seremos recompensados. Mas há também aqueles que quebram as regras, que recorrem aos paraísos fiscais e colhem lucros sem retribuir à sociedade. O filme examina os padrões globais de cleptocracia e extrativismo.
Exibido no IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo), Festival de Documentários de Munique e Bergan (EUA).
* “Cama Vazia” (Brasil-SP, 2023, 6 min) – Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet
A máquina de morte precisa manter sua longevidade para expandir e lucrar.
Vencedor de menção honrosa no Festival de Gramado; Prêmio ABD/APECI no Festival de Triunfo; exibido no É Tudo Verdade.
* “Caminho dos Gigantes” (Brasil, 2016, 12 min) – Alois Di Leo
Uma busca poética pela razão e o propósito da vida. Em uma floresta de árvores gigantes, Oquirá, uma menina indígena de seis anos, vai desafiar seu destino e entender o ciclo da vida. O filme explora as forças da natureza e a nossa conexão com a terra e seus elementos.
* “Céu Aberto” (“Cielo Abierto”, Peru/França, 2023, 65 min) – Felipe Esparza Pérez
Um pai peruano trabalha pacientemente quebrando a pedra branca vulcânica que forma uma paisagem extraordinária. Seu filho faz parte do mundo moderno: usa câmeras e drones para criar no computador a maquete digital de uma igreja. Separados pela misteriosa morte da esposa/mãe, esses homens não se conectam. E, ainda assim, seus caminhos se cruzam de maneira fantasmagórica: cada um a seu modo trabalha com texturas e volumes, sensações e percepções. Poderá o reino da arte digital recriar e reviver o velho mundo?
Vencedor do prêmio de melhor longa-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema; exibido no Festival de Roterdã; vencedor de menção especial no Festival du Nouveau Cinéma de Montreal; melhor filme peruano no Festival de Lima; melhor filme no Festival de Huánuco (Peru); exibido nos festivais de Moscou e Turim.
* “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (Brasil-PR, 2023, 70 min) – Lara Jacoski e Patrick Belem
No coração da Floresta Amazônica brasileira, o povo originário Huni Kuin está experenciando o renascimento de sua identidade depois de décadas de escravidão e opressão, desde quando capturados nas florestas e proibidos de viver sua cultura. Foi apenas a partir do ano 2000 que os Huni Kuin da Terra Indígena Humaitá, começaram a se lembrar de quem eram ao se unirem a recordar de sua cultura e modo de vida ancestral e espiritual. Após mais de 20 anos de fortalecimento através da guiança do líder espiritual Ninawá Pai da Mata, as comunidades da Terra Indígena do Humaitá vivem hoje um ápice cultural.
Vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (ambos nos EUA).
* “Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva” (Brasil-SP, 2023, 43min) – Mari Corrêa
O que a vida das cidades tem a ver com a vida dos indígenas? A luta por territórios é uma luta superada? É uma luta que não é nossa? É uma luta para voltar ao passado? O documentário contrapõe o olhar indígena ao da ciência ocidental e expõe como a colonização persevera no discurso ultrapassado sobre povos indígenas e natureza, escancarando as origens da implacável destruição da Amazônia.
* “Humano Não-Humano” (“En Attendant Les Robots”, Bélgica, 2023, 38 min) – Natan Castay
O Turco Mecânico foi um autômato construído no século 18 que venceu as cortes europeias no xadrez. Indignado com a sua derrota, Napoleão exigiu que se desmontasse a máquina e assim revelou a fraude: nas entranhas mecânicas estava um ser humano. Hoje, essa anedota deu nome à plataforma de micro tarefas da Amazon, a Amazon Mechanical Turk. Otto passa noite e dia desfocando rostos no Google Street View por um centavo cada. Ao lado de seus colegas, Otto mergulha em um mundo robótico que questiona a noção de humanidade.
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem documental nos Prêmios Magritte du Cinéma (Bélgica); menção honrosa no Doclisboa; exibido nos festivais de Gotemburgo, Helsinque, Visions du Réel (Suíça), Festival de Documentários de Montreal e Festival de Curtas de Pequim.
* “Interior da Terra” (Brasil-RO/França, 2022, 18 min) – Bianca Dacosta
Como uma investigação desde o céu até às profundezas da floresta, o filme é uma viagem que conduz através dos estratos até o interior do solo, revelando camadas de história enterradas e apagadas. O curta demonstra questões políticas profundas através de um relato histórico e atual da destruição da Floresta Amazônica e dos seus povos originários, contado através da história do povo Mura.
Exibido no Le Festival du Film sur l’Art (Canadá).
* “Kigalinha” (Brasil, 2022, 20 min) – Felipe Santana
Uma galinha ciborgue vem do futuro com a missão de buscar ajuda para evitar as consequências do aquecimento global no planeta. No Rio de Janeiro, em 2019, Kigalinha encontra Chico, um jovem cheio de energia e com muito potencial.
* “Knit’s Island” (França, 2023, 96 min) – Ekiem Barbier, Guilhem Causse e Quentin L’Helgoualc’h
Em algum lugar da internet existe um espaço de 250 quilômetros quadrados onde indivíduos se reúnem em comunidade para simular uma ficção sobrevivencialista. Sob o disfarce de avatares, uma equipe de filmagem entra nesse local e faz contato com os jogadores. Quem são esses habitantes digitais? Eles estão realmente jogando?
Vencedor do prêmio de melhor filme no Festival de Documentários de Montreal; melhor filme da competição Burning Lightas do Visions du Réel (Suíça); prêmio especial do júri no Festival de Yamagata (Japão); prêmio Emerging Cinematic Vision no Festival de Camden (EUA); exibido no DOK Leipizig (Alemanha), DocumentaMadrid, Dokufest (Kosovo), DMZ Docs (Coréia do Sul) e Festival de Animação de Ottawa (Canadá).
* “Kwat e Jaí – Os Bebês Herois do Xingu” (Brasil-DF, 2023, 20 min) – Clarice Cardell
Kwat e Jaí, os gêmeos Sol e Lua, vivem uma jornada em busca de sua mãe que foi engolida por uma sucuri. O impulso heróico dos personagens e a presença constante da mãe com suas canções de ninar levam os dois bebês a uma série de aventuras até o aconchego da comunidade. O roteiro é uma livre leitura que passeia pela cosmogonia do povo Kamayurá, a partir de estórias relatadas pela Pajé Mapulu. A força da mitologia está presente nos objetos mágicos da flauta Kuluta e o Banco do Urubu Rei e no encontro com os antepassados no Kwarup. Todos estes elementos são ilustrados por animações 2D misturados com as imagens em live-action captadas e interpretadas pela comunidade do Hiulaya do Alto Xingu que levarão as crianças de 0 a 5 anos a um universo particular e ancestral sendo embaladas pelas canções de ninar indígenas.
Vencedor da Mostra Pequenos Fantásticos no Cinefantasy – Festival de Cinema Fantástico (SP).
* “Mapear Mundos” (Brasil-SP, 2024, 72 min) – Mariana Lacerda
O documentário articula imagens de arquivos indigenistas com testemunhos atuais para rememorar os passos dados por organizações da sociedade civil, em um contexto de ditadura militar, pela garantia de direitos dos povos originários no Brasil, fornecendo as condições para a articulação do “capítulo dos índios” na Constituição Brasileira e as demarcações das Terras Indígenas.
* “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” (Brasil, 2022, 17′) – Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi e Joana Moncau
Na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, três mulheres munduruku integram o Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que divulga as denúncias dos indígenas para além das margens do rio Tapajós. Acompanhe essas jovens durante a produção de um documentário sobre as ações de seu povo para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros.
* “Maré Braba” (Brasil, 2023, 7 min) – Pâmela Peregrino
Ela, que conecta a todos pelas suas águas, observa e opera as mudanças decorrentes do aquecimento global. O povo à beira-mar é o primeiro a sentir suas agitações e mudanças de humor. Ela sabe que os humanos estão se movendo para frear essas mudanças. Assim como ela sabe, que repetem uma antiga saga: alguns poucos prevalecendo sobre o grande restante, aprofundam os problemas criados por eles mesmos.
* “Meu Nome é Maalum” (Brasil, 2021, 8 min) – Luisa Meirelles Holanda Copetti
Maalum é uma menina negra brasileira que nasce e cresce em um lar rodeado de amor e de referências afrocentradas.
* “Não Existe Almoço Grátis” (Brasil-DF, 2023, 74 min) – Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
Em Sol Nascente, considerada atualmente como a maior favela do Brasil, Socorro, Jurailde e Bizza lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Para a posse do terceiro mandato do presidente Lula, elas estão encarregadas de cozinhar para centenas de pessoas que chegarão a Brasília para assistir à cerimônia. Em meio a ameaças de golpe, o filme acompanha esta saga e traz entrevistas íntimas sobre suas vidas e a organização coletiva, revelando que o futuro se cozinha a muitas mãos.
Vencedor do prêmio do público de melhor longa-metragem na Mostra Ecofalante de Cinema; prêmio do público e menção honrosa do júri da Mostra Brasília no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
* “O Bixiga é Nosso!” (Brasil-SP, 2023, 73 min) – Rubens Crispim
Iniciado nos anos 1980, o bem-sucedido processo de tombamento patrimonial que preserva a história arquitetônica do bairro do Bixiga, em São Paulo, encontra-se em risco constante, mas segue defendido pela comunidade. No mesmo território, há 40 anos, a mais antiga companhia de teatro em atividade no país luta pela preservação de sua sede e do terreno que abriga um rio com água potável encanada a menos de quatro metros da superfície. E em meados de 2022, quando as obras de uma linha de metrô na Praça 14 Bis revelam vestígios materiais da existência do primeiro quilombo urbano reconhecido na história do estado, a comunidade afrodescendente e aliados se unem na tentativa de evitar mais um apagamento de sua história e expulsão da população negra da região. Essa e outras iniciativas populares de resistência de um dos bairros mais diversos e culturalmente pulsantes da capital paulista são retratadas no filme.
Vencedor do prêmio do público para longa-metragem da competição Territórios e Memória da Mostra Ecofalante de Cinema.
* “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft” (“The Fire Within: A Requiem for Katia and Maurice Krafft”, Reino Unido/Suíça/EUA/França, 2022, 84 min) – Werner Herzog
Maurice e Katia Krafft dedicaram suas vidas à exploração dos vulcões do mundo. Seu legado consiste em imagens inovadoras de erupções e suas consequências, compostas nesta colagem visual deslumbrante.
Vencedor dos prêmios de melhor filme e melhor produtor no festival DOC LA (EUA); melhor documentário no Festival Internacional de TV de Xangai; prêmio do público e prêmio especial do júri no Festival de Gijon (Espanha); exibido no Doclisboa (Portugal), Sheffield DocFest (Reino Unido), Festival de Viena, Festiva de Hong Kong e no Festival de Documentários Ji.hlava (República Tcheca).
* “O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio” (Brasil-SP, 2023, 26 min) – Carlos Adriano
Cinepoema baseado no texto “Sobre o Conceito de História”, de Walter Benjamin. Realidades distantes se aproximam: imagens de povos indígenas brasileiros em 1917 e 1922 e em manifestações antifascistas de 2022; imagens da causa palestina em 1948 e em 2022; tiros contra o relógio disparados por revolucionários franceses em 1830 e flechas contra o relógio disparadas por indígenas brasileiros em 2000.
Exibido no É Tudo Verdade e na Mostra de Tiradentes.
* “O Menino Terra” (Brasil-SP, 2010, 6 min) – Hygor Beltrão Amorim
Um local muito bonito, conhecido como Lar das Gaivotas, com o tempo foi sendo devastado devido à falta de conhecimento e preocupação com meio ambiente de Lucas, Clara e Cruger. As Gaivotas chamaram o Menino Terra, um super-herói que conversava com as pessoas e ensinava sobre meio ambiente e sua conservação.
* “Os Motivados” (“The Drive Ones”, Suíça, 2023, 92 min) – Piet Baumgartner
“As decisões tomadas pelos CEOs moldam a nossa sociedade; ajudam a determinar como vivemos, como trabalhamos e também quais regiões do mundo se beneficiam economicamente e quais não. Quem chega ao topo? Que valores essas pessoas representam? E elas estão conscientes de sua responsabilidade social? Durante sete anos, o documentário acompanhou a elite empresarial de amanhã: desde os seus estudos na Universidade de São Galo, no mais prestigiado programa de mestrado desse setor no mundo, até os primeiros estágios das suas carreiras.
Exibido no IDFA-Amsterdã, Festival de Zurique e no Festival de Estocolmo.
* “Onde a Floresta Acaba” (Brasil-SP, 2023, 15 min) – Otavio Cury
Após a morte brutal do jornalista britânico Dom Phillips na Amazônia brasileira, o cineasta Otavio Cury reflete sobre a perda do amigo, revisitando a primeira viagem que fizeram à Amazônia e os filmes que fizeram juntos.
Vencedor de menção honrosa no Festival de Cinema da Fronteira (RS); melhor curta pelo júri jovem no Panorama Internacional Coisa de Cinema (BA).
* “Plastic Fantastic” (Alemanha, 2023, 102 min) – Isa Willinger
Sobre diferentes atores que lidam com a produção de plástico, por um lado, e com a sua eliminação, por outro. Torna-se claro que todos vivemos num sistema interligado.
Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e no Festival de Documentários de Munique.
* “Ramona” (República Dominicana, 2023, 82 min) – Victoria Linares Villegas
Confundindo as fronteiras entre ficção e não-ficção, o filme acompanha uma jovem atriz que se prepara para assumir o papel de uma adolescente grávida que mora na periferia de Santo Domingo. Insegura no papel, ela começa a entrevistar jovens mães sobre gravidez e maternidade. Ao longo desse processo, à medida que as meninas apresentam a história de suas vidas para a câmera e compartilham sua visão de como ‘Ramona’ deveria ser, elas mesmas passam a influenciar a produção do filme, alterando seu rumo.
Vencedor de menção honrosa do júri para longa-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema; exibido no Festival de Berlim; vencedor do prêmio de melhor filme no Festival de Chiloé (Chile); exibido nos festivais IDFA-Amsterdã, BFI de Londres, Cartagena e Valdívia.
* “Rejeito” (Brasil-SP/EUA, 2023, 75 min) – Pedro de Filippis
Após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. Uma conselheira ambiental do Estado confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas.
Vencedor do prêmio de melhor longa-metragem da competição Territórios e Memória da Mostra Ecofalante de Cinema; melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO); prêmio da juventude no CineEco (Portugal); menção especial no Festival Indie Memphis (EUA); exibido no IDFA-Amsterdã, Cinéma du Réel (França), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Camden (EUA).
* “Samuel e a Luz” (Brasil-SP/França, 2023, 70 min) – Vinícius Girnys
Samuel vive em Ponta Negra, um vilarejo de pescadores na costa de Paraty (RJ). A princípio, o cotidiano idílico seguindo o ritmo da natureza e o desenvolvimento da identidade do garoto dão o tom do filme. Acompanhamos Samuel e sua família por seis anos. Aos poucos, surge uma realidade mais complexa e suas contradições, entre modernidade e tradição, natureza e tecnologia. A chegada da eletricidade e do turismo na comunidade cristaliza a desconstrução de um paraíso idealizado, esboçando o retrato de um Brasil contemporâneo.
Vencedor do prêmio de melhor documentário e Prêmio Feisal no Festival de Guadalajara; melhor documentário na Mostra Internacional de São Paulo; menção especial no Festival de Chiloé (Chile); menção honrosa na Mostra de Gostoso; exibido no Visions du Réel (Suíça), Hot Docs (Canadá), Festival de Cartagena, Porto/Post/Doc (Portugal), Festival de Dublin (Irlanda), Cinélatino. Rencontres de Toulouse (França) e no Movies That Matter (Holanda).
* “Sekhdese” (Brasil-PE, 2023, 86 min) – Graciela Guarani e Alice Gouveia
Filme estruturado em depoimentos gravados entre 2018 e 2023 durante expedições por aldeias indígenas pernambucanas e registros de manifestações na cidade de Brasília. Sekhdese significa sabedoria, em Yathê, na língua Fulni-ô, de Pernambuco. Sabedoria desvelada nos relatos de mulheres, que revelam um precioso empoderamento feminino, e expõem as lutas pela terra, a cultura, o meio ambiente, e o etnocídio do qual são vítimas, pelas investidas das igrejas neopentecostais.
* “Sobre Amizades e Bicicletas” (Brasil, 2022, 12 min) – Julia Vidal
Thiago nunca pensou em participar da corrida de bicicletas, devido à sua condição física. Tudo muda quando ele conhece Cecília, uma corajosa menina com deficiência visual. Juntos eles vão aprender a andar de bicicleta e o significado da amizade.
* “Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade” (Brasil-, 2023, 16 min) – Marcelo Melchior
O documentário apresenta os indígenas da etnia Xavante que deixaram as terras demarcadas para estabelecerem moradia na cidade de Barra do Garças (MT).
* “Solo Comum” (“Common Ground”, EUA, 2023, 95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell
A solução dos agricultores regenerativos para trazer a saúde do solo em todo o continente e além.
Vencedor do prêmio Human/Nature no Festival de Tribeca; prêmio do público no Festival de Palm Springs; exibido nos festivais de Vancouver e Mill Valley (EUA).
* “Téo, o Menino Azul” (Brasil-SP, 2022, 10 min) – Hygor Amorim
Teo é um menino inconformado com os problemas do mundo e com o egoísmo da humanidade. Após um sonho, ele tem uma ideia fantástica de como resolver esses desafios e trazer a paz ao mundo.
* “TikTok, Boom” (EUA, 2022, 97 min) – Shalini Kantayya
Dissecando uma das plataformas de mídias sociais mais influentes do cenário contemporâneo, o documentário examina os aspectos algorítmico, sociopolítico e econômico, as influências culturais e o impacto do aplicativo. Embora o filme compartilhe um interesse genuíno na comunidade TikTok e em sua mecânica inovadora, traz também um saudável ceticismo em torno das questões de segurança, dos desafios políticos globais e dos preconceitos raciais por trás da rede.
Exibido nos Festival de Sundance, SXSW, Festival de São Francisco, CPH:DOX (Dinamarca) e no Festival de Zurique.
* “Union” (EUA, 2024, 104 min) – Brett Story e Stephen Maing
Um grupo de trabalhadores atuais e antigos da Amazon em Staten Island, na cidade de Nova York, desafia uma das maiores empresas do mundo em uma batalha de sindicalização.
Vencedor do prêmio especial do júri no Festival de Sundance; exibido no CPH:DOX (Dinamarca), Sheffield DocFest (Reino Unido), Hot Docs (Canadá) e no Visions du Réel (Suíça).
* “Vellozia” (Brasil-GO, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
Animação que relata as aventuras de Vellozia, Ana e Miro na luta contra os desafios do aquecimento global, encantou os coletores e as crianças presentes.
* “Yakari, Uma Jornada Fantástica” (“Yakari: La Grande Aventure”, Bélgica/França/Alemanha, 2020, 82 min) – Xavier Giacometti e Toby Genkel
Enquanto sua tribo se prepara para migrar, Yakari, criança indígena da tribo Sioux, parte em uma jornada fantástica. Ele quer encontrar e montar Mini-Trovão, um cavalo mustang conhecido por ser indomável. Ao longo do caminho, o garoto receberá da Grande Águia um presente incrível: o poder de falar com os animais. Sozinho pela primeira vez, nessa aventura ele irá conhecer melhor o território e interagir com as criaturas que nele habitam.