Tecnologia

Inteligência artificial: Cidadania digital, limites éticos e futuros possíveis

  • qui 05.jun - 20:00 RESERVA CULTURAL, SALA 2 • Avenida Paulista, 900 - Bela Vista

O avanço acelerado das tecnologias baseadas em Inteligência Artificial (IA) está reformulando radicalmente múltiplos aspectos da vida social — da medicina e da ciência à comunicação, ao trabalho e aos sistemas de justiça. Mais do que simples ferramentas, os sistemas de IA estão se tornando infraestruturas complexas que influenciam decisões públicas e privadas, moldam comportamentos e alteram a maneira como concebemos as relações humanas. Entre entusiasmo científico e preocupações crescentes com autonomia, privacidade, segurança de dados, vigilância e governança, a sociedade contemporânea se vê diante de questões cruciais: que tipo de futuro estamos programando e quem, afinal, está no controle dessa transformação?

No debate Inteligência artificial: Cidadania digital, limites éticos e futuros possíveis, que será realizado no dia 05 de junho, quinta-feira, às 20h, no Reserva Cultural, vamos refletir sobre como fundamentar o avanço da IA em princípios éticos, sociais e políticos que sejam capazes de promover justiça, inclusão e bem-estar coletivo, ao invés de reforçar desigualdades, opressões e formas sutis de controle social.

O debate será realizado logo após a exibição do documentário O Jogo da Mente (The Thinking Game, Reino Unido, 2024, 90’), de Greg Kohs, na mesma sala, às 18h30. O filme mergulha nos bastidores do laboratório britânico DeepMind e acompanha seu fundador, Demis Hassabis, enquanto sua equipe persegue o ambicioso objetivo de criar uma inteligência artificial geral. Entre promessas de inovação científica — como avanços na medicina e na resolução de problemas ambientais — e dilemas éticos sobre autoria, autonomia e poder computacional, o filme levanta questões fundamentais sobre os limites e as responsabilidades do desenvolvimento tecnológico.

Para esta conversa, reunimos três especialistas que, a partir de campos distintos — direito, ativismo feminista e engenharia de dados —, vêm se dedicando a analisar criticamente o avanço da IA e suas implicações sociais.

Para mais informações, acompanhe a programação da Mostra Ecofalante no nosso site, e nas redes sociais (@mostraecofalante).

Marina Feferbaum

É learner designer (Kaospilot) e coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI FGV Direito SP) e da área de Metodologia de Ensino da FGV Direito SP. Llidera iniciativas voltadas à interseção entre direito, educação e tecnologia. Sob sua coordenação, o CEPI realizou um dos primeiros estudos brasileiros sobre frameworks para Comitês de Ética em IA, propondo diretrizes para orientar organizações na análise de impactos algorítmicos. Sua linha de pesquisa abrange temas como governança algorítmica, proteção de dados pessoais e inovação jurídica, buscando adaptar o ensino do direito aos desafios das novas tecnologias. Ela defende a formação de profissionais capazes de dialogar com desenvolvedores e cientistas de dados, a fim de incorporar princípios de direitos humanos “by design” nas ferramentas de IA.

Carla Vieira

Engenheira de dados e pesquisadora, lidera a reflexão sobre o enfrentamento da discriminação algorítmica e a promoção da diversidade no ecossistema tecnológico, destacando o papel fundamental de educar desenvolvedores e conscientizar usuários sobre os riscos e vieses da IA.