Economia e Emergência Climática: crise, rupturas e futuros possíveis
- qua 04.jun - 20:00 RESERVA CULTURAL • Avenida Paulista, 900 - Bela Vista - ver no mapa
Diante da intensificação das desigualdades sociais e do agravamento da crise climática, torna-se urgente repensar as bases econômicas que sustentam o modelo de desenvolvimento das sociedades contemporâneas. Interesses corporativos, concentração de renda e financeirização têm freado avanços em políticas públicas essenciais e ampliado os riscos para o futuro do planeta.
No debate Economia & Emergência Climática: crise, rupturas e futuros possíveis, que será realizado no dia 04 de junho, quarta-feira, às 20h, no Reserva Cultural, vamos discutir as conexões entre economia, poder e meio ambiente, analisando como decisões estratégicas moldam o enfrentamento (ou o agravamento) da crise climática, e imaginando caminhos concretos para a construção de um modelo econômico orientado para o bem-estar coletivo e a regeneração ambiental.
O debate acontece logo após a exibição do documentário O Efeito Casa Branca (The White House Effect, EUA, 2024, 96’), de Bonni Cohen, Pedro Kos e Jon Shenk, na mesma sala, às 18h20. O filme revisita os bastidores da política climática dos Estados Unidos desde os anos 1970 e revela como interesses econômicos e disputas ideológicas travaram decisões estratégicas que poderiam ter mudado o curso da crise climática global.
Para essa conversa, reunimos especialistas em economia, ciência do clima, política internacional e jornalismo investigativo, cujas pesquisas e reflexões nos oferecem recursos para pensar tanto nos bloqueios estruturais quanto nas alternativas já em construção para uma transição energética justa.
Para mais informações, acompanhe a programação da Mostra Ecofalante no nosso site, e nas redes sociais (@mostraecofalante).
Ricardo Abramovay é professor sênior do Instituto de Estudos Avançados e do Instituto de Energia e Ambiente da USP. Autor de livros sobre bioeconomia e desenvolvimento sustentável na Amazônia, é coautor líder do capítulo sobre bioeconomia do Painel Científico sobre Amazônia e dirige o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia “Superar a tríplice monotonia do sistema agroalimentar”.
Climatologista, pesquisador do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e um dos maiores especialistas mundiais em Amazônia. Desenvolveu o plano Amazônia 4.0, que propõe uma economia baseada na bioindústria de floresta em pé. Sua fala articula ciência e política para propor soluções econômicas viáveis diante das mudanças climáticas e da degradação ambiental.
Especialista em políticas climáticas e presidente do Instituto Talanoa, think tank dedicado à governança climática. Foi negociadora oficial do Brasil na Convenção da ONU sobre Mudança do Clima e atua como articuladora entre sociedade civil, governos e setor privado. Sua participação na mesa contribui com uma análise estratégica das decisões internacionais sobre clima e seus desdobramentos para o ativismo no Brasil.
É jornalista, com foco na cobertura de ciência e meio ambiente.
Chefe da cobertura socioambiental da Agência Pública.
Foi repórter do Estadão, editora co-fundadora da revista Unesp Ciência, repórter da Folha de S. Paulo, editora-assistente da revista Scientific American e editora da revista Galileu. Em 2022, lançou o podcast narrativo Tempo Quente (Rádio Novelo), que investiga as forças políticas e econômicas que ganham com a inação do Brasil em relação ao desmatamento e às mudanças climáticas.