2. Panorama Internacional Contemporâneo

Debate: O Futuro da Energia

Eliminar nossa dependência dos combustíveis fósseis e efetuar a transição para as energias renováveis são ações urgentes, mas essas iniciativas não dão conta da complexidade das questões que envolvem esse tema crucial. Há muitos outros aspectos sociais e econômicos a serem levados em conta. Esses e outros desafios serão discutidos no debate "O Futuro da Energia". Na sessão imediatamente antes ao debate, exibiremos o filme britânico inédito A Máquina do Petróleo*.

O DEBATE acontecerá na terça-feira, 6 de junho, às 20h00, na Sala 3 do Espaço Itaú de Cinema - Augusta.

Para saber mais sobre a programação da 12ª Mostra Ecofalante de Cinema, siga as redes sociais da Mostra Ecofalante (Facebook e Instagram) ou visite a página da programação.

*"A Máquina do Petróleo" será exibido na sessão anterior ao debate, na mesma sala 3, às 18h30. Convidamos os espectadores a permanecerem na sala para assistirem ao debate. Outro filme que trata da corrida por novas fontes de energia, "Deep Rising: A Última Fronteira" será exibido  às 16h30.

Para a discussão, contaremos com os seguintes convidados:

Célio Bermann (Mediador)

Célio Bermann é professor Associado 3 do Instituto de Energia e Ambiente da USP. Dr. em Eng. Mecânica pela FEM-UNICAMP (1991), Mestre em Eng. de Produção pela COPPE-UFRJ (1978) e Arquiteto Urbanista de formação pela FAU-USP (1975). É docente credenciado no Programa de Pós-Graduação em Energia da USP), onde foi coordenador no período de 2015 a 2019, e no Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP. Foi também presidente da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético-SBPE (2016-2018). Atua principalmente nos seguintes temas: política energética, planejamento energético, alternativas energéticas, energia, sociedade e ambiente, e sustentabilidade energética. É autor de diversos artigos e publicações, entre as quais os livros "Energia no Brasil: Para quê? Para quem? - Crise e alternativas para um país sustentável", São Paulo: Ed. Livraria da Física/FASE, 2002; e "As novas energias no Brasil: Dilemas da inclusão social e programas de Governo". Rio de Janeiro: FASE, 2007.

Juliana Freitas (Debatedora)

Graduada em História pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, atua há 13 anos como pesquisadora no campo da consultoria arqueológica em processos de licenciamento ambiental no país. Integra o Laboratório de Estudos Interdisciplinares sobre Tecnologia e Território (LINTT/MAE/USP), e atualmente é aluna de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Arqueologia no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP), com o tema Tecnologias e Territórios Tradicionais no Alto Sertão Baiano – Uma proposta de Arqueologia Colaborativa com as Comunidades Quilombolas do Município de Caetité – BA, pesquisa esta que é continuidade dos estudos conduzidos durante seu Mestrado no mesmo Programa de Pós-Graduação, e que contou o título “O lugar certo é aqui?”: Paisagem e Território no Alto Sertão Baiano, Comunidade Cristina. Tais pesquisas buscam lançar novas reflexões acerca da prática arqueológica na produção do conhecimento, e sobre o modo como as populações tradicionais percebem as transformações de suas paisagens significativas, contribuindo para uma crítica às políticas governamentais desenvolvimentistas que, na maioria das vezes, não consideram as vozes locais na avaliação dos impactos socioambientais dos empreendimentos econômicos, sobretudo, àqueles ligados à geração de energia a partir de fontes renováveis, como a energia eólica e solar.

Roberto Kishinami (Debatedor)

Coordenador Sênior do Portfólio de Energia Elétrica do Instituto Clima e Sociedade (iCS), é bacharel e mestre em Física pela Universidade de São Paulo (USP). Especializado em energia e mudança do clima, é consultor de bancos, empresas de energia, governos, escritórios de advocacia e organizações da sociedade civil há mais de 15 anos. Foi diretor do Greenpeace no Brasil de 1994 a 2001, integrante do conselho internacional da ActionAid e do Instituto Democracia e Sustentabilidade. O seu portfólio no iCS é orientado à aceleração da transição energética brasileira, por políticas públicas que substituam fontes fósseis por renováveis promovendo desenvolvimento econômico e justiça socioambiental. Supervisiona a Iniciativa Eficiência Energética e a implantação do Instituto E+ Transição Energética.

Marijane Lisboa (Debatedora)

Possui graduação em Sociologia - Freie Universitat Berlin (1977) e Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000). É Coordenadora do Curso de Ciências Socioambientais da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-SP. Foi Relatora de Direito Humano ao Meio Ambiente para a Plataforma DHESCA por dois mandatos, de 2007-2009 a 2010-2012. Exerceu outros dois mandatos como conselheira da Comissão Técnica Nacional e Biossegurança, CTNBio, na qualidade de especialista de consumidores entre 2012 e 2015. É membro da Rede Brasileira de Justiça Ambiental.