28 de agosto de 2023

Mostra Ecofalante de Cinema exibe 37 filmes em Brasília

Festival será realizado de forma gratuita no Cine Brasília e na UnB

* evento acontece de 5 a 15 de setembro

* sessão de abertura conta com a exibição do documentário “Escute: A Terra Foi Rasgada”, seguida de debate com as lideranças indígenas Davi Kopenawa, Maial Kayapó e Julio Ye’kwana

* programação inclui títulos assinados por Bruno Jorge, Jorge Bodanzky, Laura Faerman, Lucas Bambozzi, Marina Weis, Takumã Kuikuro e Thiago Zanato 

* produções com passagem pelos festivais de Locarno, IDFA-Amsterdã, Tribeca e CPH:DOX

* debates com convidados especiais na Universidade de Brasília (UnB)

* lançamento do Circuito Tela Verde em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, abertura da Semana do Cerrado e lançamento do relatório “Yamakɨ nɨ ohotaɨ xoa! (Nós ainda estamos sofrendo)” completam a programação

Entre os dias 5 e 15 de setembro, a cidade de Brasília receberá a itinerância da 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, considerada como o mais importante evento audiovisual da América do Sul dedicado às temáticas socioambientais. 

Totalmente gratuita, a programação contará com a exibição de 37 filmes, incluindo obras premiadas em festivais nacionais e internacionais, destaques da edição mais recente da Mostra Ecofalante em São Paulo e sessões para o público infanto-juvenil. Também integram o evento debates sobre questões contemporâneas urgentes, o lançamento da 12ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente do Circuito Tela Verde em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, a abertura da Semana do Cerrado do Distrito Federal e o lançamento do relatório “Yamakɨ nɨ ohotaɨ xoa! (Nós ainda estamos sofrendo)”.

As exibições de filmes acontecerão no Cine Brasília, entre os dias 5 e 11 de setembro, e nos anfiteatros 9 e 10 da Universidade de Brasília (UnB), de 11 a 15 de setembro. Na UnB, nove sessões serão seguidas por debates com ativistas, especialistas e outros convidados especiais, entre eles Alexandre Strapasson, Beka Munduruku, José Geraldo Júnior, Marcos Sorrentino, Maurício Angelo e Suely Araújo.

A cerimônia de abertura do evento será realizada no Cine Brasília na terça-feira (05/09), a partir das 19h. Na ocasião, será exibido o filme “Escute: A Terra foi Rasgada”, de Cassandra Mello e Fred Rahal, seguido por um debate com as lideranças indígenas Davi Kopenawa, Maial Kayapó e Julio Ye’kwana. O documentário, que teve sua estreia mundial na 12ª Mostra Ecofalante, realizada em São Paulo no mês de junho, retrata uma aliança histórica entre três povos indígenas pela defesa de seus territórios, frente à destruição causada pelo garimpo.

A programação completa da Mostra Ecofalante em Brasília será divulgada em breve no site ecofalante.org.br/programacao.

“Escute: A Terra foi Rasgada

Destaques da programação

Além do filme de abertura, outros dois títulos que tiveram sua estreia mundial na edição mais recente da Mostra Ecofalante estarão na programação de Brasília. “Cinzas da Floresta”, de André D’Elia, mostra a importância das brigadas voluntárias de combate a incêndios florestais no Brasil no contexto de mudanças climáticas e descontrole dos incêndios na Amazônia. “Parceiros da Floresta”, de Fred Rahal, traz uma nova visão de economia florestal sustentável e inclusiva como estratégia para mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

A luta dos povos indígenas tem forte presença nos filmes da programação. “A Invenção do Outro”, de Bruno Jorge, vencedor dos prêmios de júri e de público na 12ª Mostra Ecofalante, retrata a maior expedição das últimas décadas na Amazônia realizada pela Funai para tentar encontrar e estabelecer o primeiro contato com um grupo de indígenas isolados da etnia dos Korubos, em estado de vulnerabilidade. “Amazônia, A Nova Minamata?”, obra mais recente do cineasta Jorge Bodanzky, acompanha a saga do povo Munduruku para conter o impacto destrutivo do garimpo de ouro em seu território ancestral, enquanto revela como a doença de Minamata, decorrente da contaminação por mercúrio, ameaça os habitantes de toda a Amazônia hoje. Por sua vez, “Vento na Fronteira”, de Laura Faerman e Marina Weis, acompanha a luta do povo Guarani-Kaiowá pelas suas terras, na região do Mato Grosso do Sul, que são objeto de disputa de grandes proprietários rurais. 

Questões raciais também estão presentes em diversos filmes do evento. “Exu e o Universo”, de Thiago Zanato, foi escolhido como o melhor filme da Competição Latino-Americana pelo público da 12ª Mostra Ecofalante e também premiado no Festival do Rio e na Mostra Internacional de São Paulo. Neste longa-metragem, um professor nigeriano e sua comunidade lutam para provar que seu deus Exu não é o diabo, frente aos ataques à liberdade de culto e ao racismo sistêmico no Brasil. Parte do panorama histórico desta edição da Mostra, o documentário “I Heard it Through the Grapevine”, dirigido por Dick Fontaine e estrelado por James Baldwin, acompanha uma viagem do escritor pelos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que faz um balanço das lutas pelos direitos civis e melhora das condições de vida das comunidades negras em seu país.

“I Heard it Through the Grapevine”

Filmes internacionais recentes também compõem a programação da Mostra em Brasília. Um dos destaques é “Filhos do Katrina”, de Edward Buckles Jr., que foi premiado como diretor revelação no prestigioso Festival de Tribeca. Neste documentário, ele discute a questão do racismo ambiental ao dar voz a jovens expulsos de suas casas pelo Furacão Katrina e abandonados pelo governo. “Nação Lakota Contra os EUA”, de Jesse Short Bull e Laura Tomaselli, narra a jornada dos indígenas Lakota para recuperar Black Hills, terra sagrada que foi tomada à força pelo governo norte-americano apesar da existência de tratados que garantiam a eles a posse desta terra. Com passagens pelos festivais de Locarno, IDFA-Amsterdã e CPH:DOX, “O Cuidado em Tempos Impiedosos”, de Susanna Helke, trata de uma crescente e preocupante situação na Finlândia: o progressivo envelhecimento da sociedade diante do sistema de saúde do país. Privatizado segundo um modelo de receita capitalista, esse sistema não consegue suportar o crescimento de idosos necessitados.

A economia entra em pauta em filmes como “Amor e Luta em Tempos de Capitalismo”, exibido no CPH:DOX e no Festival de Documentários DMZ, com direção de Basile Carré-Agostini. Nesta produção francesa, o casal midiático formado pelos sociólogos Monique Pinçon-Charlot e Michel Pinçon, conhecido por suas pesquisas de mais de cinco décadas sobre os ultra-ricos, é retratado no auge do movimento dos Coletes Amarelos. “A Máquina do Petróleo”, filme britânico de Emma Davies, toma o exemplo da óleo-dependência do Reino Unido para falar sobre como as principais economias contemporâneas – principalmente no hemisfério norte – se apoiam em boa parte sobre a indústria do petróleo. Sobrinha-neta de Walt Disney e herdeira da The Walt Disney Company, Abigail Disney é documentarista e ativista social. Em “O Sonho Americano e Outros Contos de Fadas”, codirigido por Kathleen Hughes, ela aborda a profunda crise de desigualdade nos Estados Unidos, usando o legado de sua família como um estudo de caso para explorar criticamente a intersecção entre racismo, poder corporativo e o sonho americano.

O evento conta ainda com curtas-metragens que receberam prêmios de júri e de público na 12ª Mostra Ecofalante: “Quem de Direito”, de Ana Galizia, que mostra a organização popular pelo acesso à terra no território do vale do Guapiaçu (Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro) e as mobilizações recentes contra um projeto de barragem na região; “A Febre da Mata”, de Takumã Kuikuro, uma denúncia contra as queimadas na Amazônia; e “Paulo Galo: Mil faces de um homem leal”, de Iuri Salles e Felipe Larozza, um retrato do ativista que ganhou destaque com o movimento dos entregadores antifascistas.

Para o público infanto-juvenil, a Mostra exibe três animações, incluindo uma produção nacional e duas francesas. “Meu Nome é Maalum”, de Luísa Copetti, conta a história de uma menina negra brasileira que enfrenta os desafios de uma sociedade racista e, com a ajuda de sua família, transforma a tristeza em orgulho por sua ancestralidade. Em “Vanille”, de Guillaume Lorrin, uma pequena parisiense embarca numa aventura cheia de mistérios em Guadalupe e faz as pazes com suas origens. Já “A Viagem do Príncipe”, dirigida por Jean-François Laguionie e Xavier Picard, mostra as aventuras e os preconceitos enfrentados por um príncipe numa terra estrangeira, de cultura e hábitos diferentes e que se construiu em oposição à natureza. 

“Amor e Luta em Tempos de Capitalismo”

Lançamento do Circuito Tela Verde e Semana do Cerrado

Nos dias 11 e 12 de setembro, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) realiza, em parceria com a Mostra Ecofalante de Cinema, o lançamento da 12ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente do Circuito Tela Verde, que será celebrado em dois eventos.

Na segunda-feira, dia 11, a cerimônia acontece em conjunto com a abertura da Semana do Cerrado do Distrito Federal, a partir de uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, o Instituto Brasília Ambiental e a OSC Ecofalante.

Com início às 8h30 no Auditório Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), este evento objetiva celebrar, exaltar e problematizar a nossa relação sustentável e solidária com o Cerrado. Participarão desta ação os estudantes da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal, vinculados ao Programa Parque Educador, além dos professores, das equipes técnicas e das autoridades dos órgãos e instituições parceiras. Na ocasião, a Mostra Ecofalante exibirá o curta-metragem “Cerrado de Volta: A Restauração na Chapada dos Veadeiros”. Dirigido por Cleisyane Quintino, o filme retrata moradores da Chapada dos Veadeiros e pesquisadores que se empenham na restauração de áreas degradadas por pastagens e incêndios. 

Na terça-feira, dia 12, a cerimônia acontecerá a partir das 16h no anfiteatro 9 da UnB, e contará com a exibição do curta-metragem “O Canto do Rio” e do longa-metragem “Lavra”. “O Canto do Rio”, uma produção de estudantes da Graduação em Ciências Biológicas em parceria com o Instituto de Geografia, ambos da UFRJ, é uma narrativa poética sobre as águas do rio Macaé (RJ). Já “Lavra”, documentário híbrido dirigido por Lucas Bambozzi, investiga as consequências do maior crime ambiental do Brasil: o rompimento da Barragem do Fundão na cidade de Mariana, em 2015.

O Circuito Tela Verde (CTV) é uma iniciativa do Departamento de Educação e Cidadania Ambiental, da Secretaria Executiva do MMA, e tem por objetivo discutir desafios e propostas para as questões socioambientais do país, bem como divulgar e estimular atividades de Educação Ambiental por meio da linguagem audiovisual, contribuindo com a construção de valores culturais voltados à sustentabilidade. 

Para esta edição, foram selecionados 29 vídeos que abordam temáticas variadas, como: Produção e Consumo; Povos e Comunidades Tradicionais; Educação Ambiental e Cidadania; Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis; Agrotóxicos e Saúde. As exibições serão acompanhadas de discussões, com vistas a promover entre os espectadores o conhecimento da realidade nacional e das diversidades regionais, além da reflexão e aprofundamento de conteúdos apresentados nos vídeos, motivando análises e intervenções na realidade socioambiental local. 

Lançamento do relatório “Yamakɨ nɨ ohotaɨ xoa! (Nós ainda estamos sofrendo”

Integra também a programação da Mostra Ecofalante em Brasília o lançamento do relatório “Yamakɨ nɨ ohotaɨ xoa! (Nós ainda estamos sofrendo): um balanço dos primeiros meses da emergência Yanomami”, em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), que acontecerá no dia 12 de setembro (terça-feira), às 18h30, no Anfiteatro 9 da UnB (Campus Darcy Ribeiro – ICC Sul), antecedendo a sessão do filme “Escute: A Terra Foi Rasgada”, com início às 19h.

Seis meses após o governo federal decretar Emergência em Saúde Pública de Importância  Nacional (Espin) na Terra Indígena Yanomami, a devastação da floresta começa a desacelerar, mas os Yanomami e Ye’kwana seguem sofrendo com os efeitos do garimpo ilegal em seu território, conforme o alerta de um indígena do Papiú incluído no relatório.

Lançado por três organizações indígenas – Hutukara Associação Yanomami (HAY), Associação Wanasseduume Ye’kwana (SEDUUME), e Urihi Associação Yanomami –, o documento usa dados e relatos dos indígenas para fazer um balanço das ações nos últimos seis meses, ressaltando o que vem dando certo e também expondo falhas nas ações, como a ausência de uma coordenação do governo federal e problemas nas áreas de saúde, proteção territorial, desintrusão e segurança alimentar. Ao final, o relatório propõe um caminho de diálogo com as comunidades e associações e conclui com uma série de propostas para fortalecer a proteção territorial e aprimorar os planos de recuperação sanitária das regiões mais afetadas.

O documento pode ser acessado na íntegra aqui.

“Lavra”

Apoio educacional

Na UnB (Campus Darcy Ribeiro), a Mostra Ecofalante de Cinema – Brasília 2023 conta com o apoio e suporte do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) e com a presença de docentes e discentes da universidade ajudando na produção e organização da Mostra. Serão realizadas dez sessões e nove delas seguidas de debates nos Anfiteatros 9 e 10, localizados no Instituto Central de Ciências (ICC Sul) – Asa Norte.

Ainda sobre as atividades em conjunto com o CDS, merece também destaque o projeto de extensão em parceria com a Ecofalante e o Centro Acadêmico de Ciências Ambientais da Universidade de Brasília – CAAMB. Existente desde 2021, o projeto tem como objetivo exibir mensalmente um filme da Ecofalante Play – plataforma de streaming educacional gratuita da Ecofalante – e realizar discussões a partir dele com a comunidade interna e externa da universidade.

Realização

A itinerância da Mostra Ecofalante de Cinema em Brasília é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O evento tem patrocínio da Taesa e da BASF e apoio da Drogasil e IHS. Tem apoio institucional do Cine Brasília, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, da Embaixada da França no Brasil, do Programa Ecofalante Universidades e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.  

Serviço

Mostra Ecofalante de Cinema – Itinerância Brasília
5 a 15 de setembro
programação gratuita
ecofalante.org.br

Locais de exibição

Cine Brasília
Asa Sul Entrequadra Sul 106/107

Universidade de Brasília (Unb) – Anfiteatros 9 e 10
Campus Universitário Darcy Ribeiro ICC Sul – Asa Norte


Programação

05/09 – terça-feira

Cine Brasília

19h00
Sessão de abertura
“Escute: A Terra foi Rasgada” (Brasil, 2023, 88’) – dir. Cassandra Mello & Fred Rahal 
*Seguida por debate com as lideranças indígenas Davi Kopenawa, Maial Kayapó e Julio Ye’kwana

06/09 – quarta-feira

Cine Brasília

10h30 
“Meu Nome é Maalum” (Brasil, 2021, 8’) – dir. Luísa Copetti
“Vanille” (França, 2020, 31’) – dir. Guillaume Lorrin
“Aurora – A Rua que Queria Ser um Rio” (Brasil/Islândia, 2021, 10′) – dir. Radhi Meron
“Crescer Onde Nasce o Sol” (Brasil, 2021, 13’) – dir. Xulia Doxágui

15h00
“A Febre da Mata” (Brasil, 2022, 10’) – dir. Takumã Kuikuro
“Mãri hi: A Árvore do Sonho” (Brasil, 2023, 17’) – dir. Morzaniel Ɨramari
“Um Tempo para Mim” (Brasil, 2022, 21’) – dir. Paola Mallmann
“Levante pela Terra” (Brasil, 2022, 30’) – dir. Cuhexê Krahô (Marcelo Costa)

18h00
“O Cuidado em Tempos Impiedosos” (Finlândia, 2022, 92’) – dir. Susanna Helke

19h55
“Nação Lakota Contra os Estados Unidos” (EUA, 2022, 120’) – dir. Jesse Short Bull & Laura Tomaselli

07/09 – quinta-feira

Cine Brasília

10h30
“A Viagem do Príncipe” (França/Luxemburgo, 2019, 77’) – dir.Jean-François Laguionie & Xavier Picard

15h
“Mulheres na Conservação” (Brasil, 2023, 46’) – dir. Paulina Chamorro & João Marcos Rosa *Sessão com acessibilidade (closed caption)

16h10
“Aqui en la Frontera” (Brasil, 2022, 86′) – dir.Marcela Ulhoa & Daniel Tancredi

18h
“Vento na Fronteira” (Brasil, 2022, 78’) – dir. Marina Weis & Laura Faerman

19h40
“A Invenção do Outro” (Brasil, 2022,144’) – dir. Bruno Jorge

08/09 – sexta-feira

Cine Brasília

10h30
“Meu Nome é Maalum” (Brasil, 2021, 8’) – dir. Luísa Copetti
“Vanille” (França, 2020, 31’) – dir. Guillaume Lorrin
“Aurora – A Rua que Queria Ser um Rio” (Brasil/Islândia, 2021, 10′) – dir. Radhi Meron
“Crescer Onde Nasce o Sol” (Brasil, 2021, 13’) – dir. Xulia Doxágui

15h30
“Parceiros da Floresta” (Brasil, 2022, 48’) – dir. Fred Rahal

16h45
“Lixo Fora de Lugar”  (Áustria, 2022, 105’) – dir. Nikolaus Geyrhalter

18h50
“O Sonho Americano e Outros Contos de Fada” (EUA, 2022, 87’) – dir. Abigail Disney & Kathleen Hughes

20h40
“Amazônia, A Nova Minamata” (Brasil, 2022, 76’) – dir. Jorge Bodanzky

09/09 – sábado

Cine Brasília

10h30
“A Viagem do Príncipe” (França/Luxemburgo, 2019, 77’) – dir.Jean-François Laguionie & Xavier Picard

15h
“Amianto: Crônica de um Desastre Anunciado” (Bélgica, 2021, 90′) – dir. Marie-Anne Mengeot & Nina Toussaint

16h50
“Free Money” (EUA/Quênia, 2022, 77’) – dir. Lauren DeFilippo & Sam Soko

18h30
“Filhos do Katrina” (EUA, 2021, 79’) – dir. Edward Buckles Jr.

20h20
“I Heard It through the Grapevine” (EUA, 1981, 84’) – dir. Dick Fontaine & Pat Harley

10/09 – domingo

Cine Brasília

10h30
“Meu Nome é Maalum” (Brasil, 2021, 8’) – dir. Luísa Copetti
“Vanille” (França, 2020, 31’) – dir. Guillaume Lorrin
“Aurora – A Rua que Queria Ser um Rio” (Brasil/Islândia, 2021, 10′) – dir. Radhi Meron
“Crescer Onde Nasce o Sol” (Brasil, 2021, 13’) – dir. Xulia Doxágui

15h
“A Viagem do Príncipe” (França/Luxemburgo, 2019, 77’) – dir.Jean-François Laguionie & Xavier Picard

16h45
“Girl Gang” (Suíça/Alemanha, 2022, 96’) – dir. Susanne Regina Meures

18h45
“Amor e Luta em Tempos de Capitalismo” (França, 2022, 92’) – dir. Basile Carré-Agostini

20h30
“Exu e o Universo” (Brasil, 2022, 85’) – dir. Thiago Zanato

11/09 – segunda-feira

Cine Brasília

16h
“Chão de Fábrica” (Brasil, 2021, 24’) – dir. Nina Kopko
“Quem de Direito” (Brasil, 2022, 21’) – dir. Ana Galizia
“Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal” (Brasil, 2022, 19’) – dir. Iuri Salles & Felipe Larozza

18h30
“No Vazio do Ar” (Brasil, 2022, 72’) – dir. Priscilla Brasil

20h
“A Máquina do Petróleo” (Reino Unido, 2022, 82’) – dir. Emma Davie

Universidade de Brasília – Anfiteatro 10

16h
“Injustiça Climática” (EUA, 2018, 1h22min) – dir. Judith Helfand
*Sessão seguida de debate com:

  • Marie Paule (pesquisadora do Institut de Recherche pour le Développement);
  • Diego Lindoso (professor adjunto do CDS/UnB);
  • Marcos Sorrentino (Professor e Ambientalista, atualmente é Diretor de Educação Ambiental e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima). 
  • Com mediação de Renata Camargo (Jornalista, trabalha como especialista em políticas públicas climáticas mestranda do CDS UnB).

19h
“Exu e o Universo” (Brasil, 2022, 85′) – dir. Thiago Zanato
*Sessão seguida de debate com:

  • José Jorge (Diretor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia e Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa, Ministério de Ciência e Tecnologia, Professor titular da UnB); 
  • Kildren Pantoja Rodrigues (Pajé na linha de Pena e Maracá do Arquipélago do Marajó, atua como Consultor Socioambiental e Advogado, doutorando em Desenvolvimento Sustentável pelo CDS na UnB); 
  • Wanderson Flores (Professor do Departamento de Filosofia da UnB. Membro do Núcleo de Estudos sobre Filosofias Africanas “Exu do Absurdo” (NEFA/UnB) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/CEAM/UnB).

12/09 – terça-feira

Universidade de Brasília – Anfiteatro 9

16h
Lançamento – Circuito Tela Verde
“O Canto do Rio” (Brasil, 2023, 13’) – dir. André Pacheco Cardoso dos Santos, Carolyne de Souza, Paulo José da Silva Gonçalves & Rafael Nogueira Costa
“Lavra” (Brasil, 2021, 101′) – dir. Lucas Bambozzi
*Sessão seguida de debate com:

  • Maurício Angelo (Fundador e diretor do Observatório da Mineração. Pesquisador vinculado ao CDS/UnB. Eleito um dos três jornalistas mais relevantes do Brasil no setor de Mineração, Metalurgia e Siderurgia pelo Prêmio Especialistas de 2022 e 2021); 
  • Mauro Capellari (Professor adjunto do CDS/UnB e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável (PPGCDS/UnB);
  • Rafael Nogueira Costa (diretor do curta “O Canto do Rio”. é graduado em biologia, mestre em engenharia ambiental e professor do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental (Nupem),da UFRJ-Macaé.

18h30
Lançamento do Relatório “Yamakɨ nɨ ohotaɨ xoa! (Nós ainda estamos sofrendo): um balanço dos primeiros meses da emergência Yanomami” por Estêvão Senra (ISA).

19h 
“Escute, a Terra Foi Rasgada” (Brasil, 2023, 88′) – dir. Cassandra Mello e Fred Rahal
*Sessão seguida de debate com: 

  • Estevão Senra (Geógrafo com doutorado em desenvolvimento sustentável pela UnB. Tem mais de 10 anos de experiência de trabalho de campo com povos indígenas na Amazônia, em especial nos Estados de Amazonas e Roraima. Colabora desde 2013 com o Povo Yanomami em projetos de Gestão Territorial, Pesquisa Intercultural e Monitoramento Territorial); 
  • Beka Munduruku (Integrante do coletivo audiovisual Daje Kapap Eypi, formado por mulheres Munduruku na luta pelo território e pela vida); 
  • Com mediação dupla:
    • Cristian Wari’u (Nascido no território indígena de Parabubure, no Mato Grosso, o comunicador Cristian Wari’u é ativista indígena do povo Xavante e estudante de Comunicação Organizacional na UnB. De 2018 pra cá, @cristianwariu cria conteúdos para seus canais no Youtube, Instagram e Tiktok sobre povos indígenas, clima, meio ambiente e também um pouco de cinema e games com uma linguagem moderna e acessível. 
    • Ayla Tapajós (Jornalista, Mestranda no Programa de Pós Graduação em Direitos Humanos e Cidadania, Analista de Engajamento do WWF-Brasil  e Diretora de Comunicação da Associação de Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós e do Instituto Território das Artes).

13/09 – quarta-feira

Universidade de Brasília – Anfiteatro 10

16h
“Escrevendo com Fogo” (Índia, 2022, 93′) – dir. Rintu Thomas & Sushmit Ghosh
*Sessão seguida de debate com:

  • Monica Nogueira (Doutora em Antropologia Social e mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB). Professora da Faculdade UnB Planaltina (FUP). Atualmente Secretária de Comunicação da UnB.);
  • Tânia Mara (É pesquisadora e professora adjunta IV do Departamento de Sociologia -UnB, bem como é integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Mulheres (NEPeM) da mesma universidade;
  • Com mediação de Debora Herszenhut (É antropóloga e doutoranda em desenvolvimento sustentável pela UNB.. Atua como  produtora, pesquisadora, roteirista, documentarista  e educadora popular. Guarda profundo respeito pelos guardiões dos saberes tradicionais, hoje sua principal inquietação. Diretora e roteirista do documentário DEPOIS ROLA O MOCOTÓ (2009), idealizadora da série Extra Ativista Somos todos Tupy (2023)  e dos curtas metragens Pegadeira (2008) e Viva São Pedro (2010))

Universidade de Brasília – Anfiteatro 9

19h
“Filhos do Katrina” (EUA, 2021, 79’) – dir. Edward Buckles Jr.
*Sessão seguida de debate com:

  • Suely Araújo (Urbanista e advogada, Doutora e Mestre em Ciência Política pela UNB, foi Presidente do IBAMA de 2016 a 7 de janeiro de 2019. professora do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Especialista Sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima).
  • Wanderson Costa (Filho do Cerrado Maranhense, tem 23 anos, formado em História. Integra a Diretoria Executiva do Engajamundo,  trabalhando diretamente com as áreas de Território, Comunidade e Segurança. É também Articulador Nacional do Movimento A vida no Cerrado e do Jovens Pelo Clima Brasil).
  • Com mediação de Caena Rodrigues, pesquisadora e Assessora Técnica com atuação em contextos de direitos humanos, justiça ambiental e social em contexto de Reparação de Danos decorrentes de conflitos de Racismo Ambiental. Psicóloga formada pela UFBA, Especialista em Saúde da População do Campo pela UPE e Mestranda do programa de Sustentabilidade junto a Povos e Comunidades Tradicionais da UnB. 

14/09 – quinta-feira

Universidade de Brasília – Anfiteatro 9

16h
“The Gig Is Up: O Mundo É uma Plataforma” (Canadá/França, 2021, 89′) – dir. Shannon Walsh
*Sessão seguida de debate com:

  • Abel Santos (32 anos, negro e morador de periferia, há 4 anos na luta por direitos e melhores condições de trabalho para os plataformisados e vice presidente da Associação dos Trabalhadores por aplicativo e Motociclistas do Distrito Federal e entorno (ATAMDF));
  • José Geraldo Júnior (professor titular da Universidade de Brasília, onde foi reitor de 2008 a 2012. Atua na Faculdade de Direito (graduação e pós-graduação) e no Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM). É coordenador do projeto “O Direito Achado na Rua”, concepção teórica, desenvolvida a partir das ideias de Roberto Lyra Filho.
  • Com mediação de Laura Vale Gontijo (doutoranda em Sociologia na UnB. Faz parte do Grupo de Estudos “Mundo do trabalho e teoria social” e do Grupo de Estudos e Pesquisas para o Trabalho (GEPT). Participa também do “platform work inclusion living lab”, rede internacional de pesquisadores sobre trabalho em plataforma digital).

Universidade de Brasília – Anfiteatro 10

19h
“A Máquina do Petróleo” (Reino Unido, 2022, 82’) – dir. Emma Davie
Sessão seguida de debate com:

  • Alexandre Strapasson (Professor Adjunto. Ph.D. em Environmental Research pelo Imperial College de Londres, com pós-doutorado pela Universidade de Harvard. Foi pesquisador do Belfer Center em Harvard, professor honorário do Imperial College, professor visitante do IFP School em Paris e consultor internacional. Anteriormente, foi Diretor do Departamento de Agroenergia e Secretário-Substituto no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Consultor do PNUD para energia, ozônio e clima no Ministério do Meio Ambiente (MMA).
  • Helena Falkenberg (tem 21 anos, é estudante de ciências biológicas na UnB e militante do movimento socioambiental e anticapitalista de juventude, Jovens Pelo Clima).

15/09 – sexta-feira

Universidade de Brasília – Anfiteatro 10

16h
“Aqui en la Frontera” (Brasil, 2022, 86′) – dir. Marcela Ulhoa & Daniel Tancredi
*Sessão seguida de debate com:

  • Elaine Moreira (Doutora em Antropologia, pós-doutora em bioética e Coordenadora do projeto de extensão Observatório dos Direitos e Políticas Indigenistas (OBIND) do Departamento Estudos Latino-Americanos (UnB).
  • Marcela Ulhoa (Diretora do filme “Aqui en la Frontera”)
  • Daniel Tancredi (Diretor do filme “Aqui en la Frontera”)
  • Com mediação de Norlan Silva (SEDF/UnB), Doutorando em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional/UnB.

19h
“A Invenção do Outro” (Brasil, 2022,144’) – dir. Bruno Jorge