** Maior Festival de cinema socioambiental da América Latina ocorre de 20 de agosto a 03 de setembro em Belém
** Um dos destaques da edição é o olhar feminino, com mais da metade das produções dirigidas por mulheres
** Mostra destaca produções amazônicas e paraenses, além de filmes reconhecidos nacionais e internacionais ** Eventotem programação gratuita e aquece os debates sobre temas que serão discutidos na COP30
Belém, 11 de agosto de 2025 – A Mostra Ecofalante de Cinema chega ao Pará pela segunda vez consecutiva para exibir 45 filmes, entre 20 de agosto e 3 de setembro. Desta vez, quase 60% da sua programação é composta por filmes dirigidos por mulheres. O festival, reconhecido como o mais importante evento sul-americano para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais, destaca a participação feminina no cinema nacional e internacional, incluindo diretoras paraenses como Aldira Akay, Beka Munduruku, Rilcélia Akay e Priscilla Brasil. Todas as sessões e debates tem entrada franca e ocorrerão no Cine Líbero Luxardo e no Sesc Ver-o-Peso, reforçando o compromisso do evento com a democratização do acesso à cultura cinematográfica.

Nesta edição, a Mostra Ecofalante Pará presta homenagem ao cineasta Hermano Penna, celebrando seu legado com a exibição de “Fronteira das Almas” e “Sargento Getúlio“. Penna nasceu no Ceará e sua obra é caracterizada por filmes com temáticas ligadas,sobretudo, ao Norte e Nordeste, como a questão dos povos indígenas e o cangaço.
Grande vencedor do Rio Cine Festival, onde acumulou os prêmios de melhor filme, direção, roteiro, fotografia, montagem e som, “Fronteira das Almas” (1987) é baseado na situação agrária do país, narrando as dificuldades enfrentadas por um grupo de agricultores no interior de Rondônia. No seu elenco estão reunidos nomes como Antônio Leite, Suzana Gonçalves, Fernando Bezerra e Marcélia Cartaxo.
Já “Sargento Getúlio”, considerado um clássico do cinema brasileiro, é uma adaptação do livro homônimo de João Ubaldo Ribeiro que acompanha Sargento Getúlio e o motorista Amaro viajando no cumprimento da missão de transportar um preso político de Paulo Afonso (BA) até Aracaju (SE). Durante a viagem, a situação política se altera e o sargento recebe ordens de soltar o preso. Desconfiado, ele insiste em prosseguir, o que o transforma em inimigo da ordem. Perseguido e sentindo-se traído, Getúlio vê no cumprimento da missão a única razão de sua existência. O elenco é composto por nomes como Lima Duarte, Fernando Bezerra, Orlando Vieira e Flávio Porto. O longa foi vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Locarno; melhor filme, melhor ator, melhor ator coadjuvante, melhor técnico de som e do prêmio da crítica no Festival de Gramado; Prêmio da Federação de Cineclubes/Unesco no Festival do Terceiro Mundo (França); e o prêmio especial do júri no Festival de Havana.

Destaques – A abertura da Mostra será marcada pelo filme “Não Haverá Mais História Sem Nós“, da cineasta paraense Priscilla Brasil, que denuncia o histórico processo de exploração da floresta amazônica e revela como o racismo se organiza na ideia do “vazio demográfico”. A sessão para convidados ocorrerá no dia 20 de agosto, às 19:00, no Cine Líbero Luxardo.
O festival terá como atração especial a exibição de “Pau D’Arco“, premiado como Melhor Longa-Metragem pelo Júri da Mostra Ecofalante de 2025, realizada em junho deste ano em São Paulo. O documentário da diretora Ana Aranha acompanhou durante sete anos os desdobramentos de uma chacina que matou dez sem-terra em uma fazenda no sudeste do Pará. A sessão será seguida de debate e contará com a presença da diretora e do advogado, defensor de Direitos Humanos e um dos protagonistas do documentário, José Vargas Junior.
Vozes femininas e amazônicas – Os filmes dirigidos por mulheres na Mostra Ecofalante abordam temáticas de resistência, justiça social e protagonismo feminino. O festival dá especial destaque a “Mundurukuyü – A Floresta das Mulheres Peixe“, dirigido pelas cineastas paraenses Aldira Akay, Beka Munduruku e Rilcélia Akay. O filme espelha a cosmologia Munduruku, onde humanos, na origem do mundo, se transformaram em florestas, plantas e animais, e foi selecionado no importante festival Hot Docs, no Canadá.

No curta-metragem, “Nosso Modo de Lutar“, as diretoras Francy Baniwa, Kerexu Martim e Vanuzia Pataxó oferecem um olhar único sobre a resistência indígena contemporânea. O documentário mergulha no cotidiano do 20° Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do país, revelando como este espaço de luta política também funciona como um encontro de saberes ancestrais e práticas culturais diversas.
A grade de programação reúne ainda outras produções dirigidas por mulheres, como “Neve Negra“, de Alina Simone, que retrata uma ecoativista siberiana apelidada de “Erin Brockovich da Rússia”; e “Democracia Noir“, de Connie Field, vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Boston.
Um ponto alto da Mostra será a exibição de “São Palco – Cidade Afropolitana”, dos diretores Rose Satiko Gitirana Hikiji e Jasper Chalcraft. Vencedor do Prêmio do Público de Melhor Longa-Metragem da Mostra Ecofalante 2025. Tentando responder a pergunta “o que artistas africanos que chegaram ao Brasil nos últimos anos carregam consigo na travessia?”, o documentário apresenta a cidade de São Paulo como um meta-palco ocupado por artistas do Togo, Moçambique, República Democrática do Congo e Angola, entre outras nações africanas, em diálogo com a população brasileira e suas aberturas, contradições e tensões.
A sessão de encerramento do festival traz “Quem É Essa Mulher?”, de Mariana Jaspe, no dia 03 de setembro, às 17h, no Sesc Ver-O-Peso. O documentário acompanha uma pesquisadora da periferia de Salvador em sua jornada para desvendar a trajetória de Maria Odília Teixeira, neta de uma ex-escravizada que se tornou a primeira médica negra do Brasil. Exibido no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba, Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África, Caribe, Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro e no Festival Internacional de Cinema de Realizadoras (Pernambuco, o filme é um poderoso retrato sobre representatividade e reparação histórica da população afrodescendente no Brasil.).
Esquenta para a COP 30 – A programação da Mostra Ecofalante Pará dialoga diretamente com os temas centrais que serão debatidos na COP30, oferecendo uma reflexão cinematográfica sobre as principais questões da agenda climática global.
Os filmes abordam mudanças climáticas através de obras como “O Efeito Casa Branca“, que revela as origens políticas da crise climática atual, e “A Campanha Contra o Clima“, expondo como campanhas de desinformação atrasaram por décadas o combate ao aquecimento global.
A justiça climática ganha destaque em produções como “Nossa Terra, Nossa Liberdade“, que documenta a luta por terras ancestrais no Quênia. A sustentabilidade e os impactos da poluição são expostos em “Feitos de Plástico“.

O documentário investiga o uso irrestrito do plástico e a crescente ameaça dos microplásticos à saúde humana. Quase todo o plástico já produzido se decompõe em microplásticos. Essas partículas microscópicas flutuam no ar, na água e se misturam ao solo, tornando-se uma parte permanente do meio ambiente. Agora, cientistas estão encontrando essas partículas em nossos corpos: órgãos, sangue, tecido cerebral e até mesmo nas placentas de novas mães. Qual é o impacto desses invasores invisíveis em nossa saúde? E há algo que possa ser feito a respeito?
Debates – A programação inclui três debates essenciais para os tempos de emergência climática. No dia 21/08, às 19h30, no Cine Líbero Luxardo, após a exibição de “Feitos de Plástico“, estará no centro das discussões a poluição por plásticos e microplásticos. Também no Cine Líbero Luxardo, no dia 23/08, às 19h, após a sessão de “Pau D’Arco”, haverá debate, com a presença da diretora e de um dos protagonistas do documentário, sobre questões como concentração fundiária, impunidade, defesa dos direitos humanos e direitos territoriais na Amazônia. Já no dia 28/08, às 18h30, o Sesc Ver-o-Peso sedia um debate sobre aquecimento global e mudanças climáticas após a sessão de “A Campanha Contra o Clima“.
Múltiplos – A diversidade de olhares sobre territórios, seus povos e memórias marca a Mostra Ecofalante Pará do início ao fim. Em “Tesouro Natterer”, de Renato Barbieri, revela a imensa coleção natural e o maior acervo etnográfico sobre povos indígenas do Brasil, hoje preservado em dois dos principais museus de Viena, Áustria. O filme foi vencedor de competições no É Tudo Verdade e no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, “Topo”, de Eugenio Puppo, mostra como obras de infraestrutura e o crescente desenvolvimento turístico estão impactando cada vez mais a vida dos habitantes de uma pequena cidade no litoral paulista. Por sua vez, “Lista de Desejos para Superagüi”, com o qual o cineasta Pedro Giongo foi vencedor do prêmio de melhor filme da Mostra Aurora na Mostra de Tiradentes, se passa em uma mítica ilha no litoral Sul do Brasil onde um pescador de 70 anos ainda não conseguiu se aposentar.
Eleito como melhor filme brasileiro na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, “Intervenção”, de Gustavo Ribeiro, narra as vidas dos residentes em duas favelas e um projeto habitacional da capital paulista, destacando a resistência dos moradores da área mais ricas diante de projetos de urbanização (movimento conhecido como “não no meu quintal”). Já as relações de trabalho entre campo e cidade movem a vida dos personagens do longa “O Rancho da Goiabada, ou Pois é Meu Camarada, Fácil, Fácil Não é a Vida”, dirigido por Guilherme Martins.
Infantil – As crianças podem curtir a Sessão Infantil Curtas FIFE, em parceria com o Festival Internacional de Cinema de Educação da França. Serão sete filmes, dos quais cinco são dirigidos por mulheres, produzidos em países como Brasil, EUA, França, Rússia, China e Noruega.
Educação – Em parceria com a Secretaria de Educação do Estado do Pará (SEDUC), através da Coordenação de Educação Ambiental, e as Usinas da Paz de Marituba e Cabanagem, da Secretaria de Articulação e Cidadania (SEAC), serão realizadas sessões educacionais com escolas da rede pública selecionadas da cidade de Belém, no Cine Líbero Luxardo e nas Usinas da Paz da Cabanagem e de Marituba. Além disso, acontecerão exibições em escolas de ensino público de nível fundamental, médio e EJA nas cidades de Belém, Ananindeua, Marituba e Benevides. Os filmes selecionados partem do catálogo da plataforma educacional gratuita Ecofalante Play.
Turmas dos Ensinos Fundamentais I e II poderão assistir e aprender com as animações de temáticas socioambientais como “Floresta que Refresca”, “Vellozia”, “Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio”, “Caminho dos Gigantes”, “Auto-fitness” e Ep. 1 e 2 da série “Carbono: o que você precisa saber”.
As instituições de ensino superior Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto Federal do Pará (IFPA), Universidade do Estado do Pará (UEPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), UNAMA (Universidade da Amazônia) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), também receberão sessões da Mostra.
Para conferir a programação completa da Mostra Ecofalante Pará acesse
https://ecofalante.org.br/programacao e acompanhe nossas redes sociais.
Programação:
PROGRAMAÇÃO CINE LÍBERO LUXARDO
20 de agosto a 27 de agosto de 2025
20 de agosto (quarta-feira – abertura para convidados)
19h – Não Haverá Mais História Sem Nós (76 min)
21 de agosto (quinta-feira)
17h30 – Tesouro Natterer (84′)
19h30 – Feitos de Plástico (84′)
Sessão seguida de debate
22 de agosto (sexta-feira)
18h – Fiscal da Felicidade (94′)
20h – Nosso Modo de Lutar (15’) + Mundurukuyü – A Floresta das Mulheres Peixe (90′)
23 de agosto (sábado)
15h – Topo (83′)
17h – Nossa Terra, Nossa Liberdade (100′)
19h – Pau D’Arco (89’)
Sessão seguida de debate
24 de agosto (domingo)
14h – São Palco – Cidade Afropolitana (72′)
16h – Fronteira das Almas (84′)
18h – Sargento Getúlio (84′)
20h – Memória Implacável (93’)
25 de agosto (segunda)
18h – O Rancho da Goiabada (71′)
20h – Desterrar (93′)
26 de agosto (terça)
18h – Lista de Desejos para Superagüi (72′)
20h – Neve Negra (90′)
27 de agosto (quarta)
18h – Intervenção (94′)
20h – O Jogo da Mente (83′)
PROGRAMAÇÃO SESC VER-O-PESO
28 de agosto a 3 de setembro de 2025
28 de agosto (quinta)
19h – A Campanha Contra o Clima (58′)
Sessão seguida de debate
29 de agosto (sexta-feira)
19h – Uma Nova Selva (84 min)
30 de agosto (sábado)
15h – O Efeito Casa Branca (96 min)
19h – O Pastor e o Urso (101 min)
31 de agosto (domingo)
10h – Sessão FIFE (57 min)
2 de setembro (terça-feira)
19h – Democracia Noir (113 min)
3 de setembro (quarta-feira)
17h – Quem é Essa Mulher? (70 min)
Sinopse dos filmes da programação:
* “Sargento Getúlio” (Brasil-SP, 1980, 90 min) – Hermano Penna
Sargento Getúlio e o motorista Amaro viajam no cumprimento da missão de transportar um preso político de Paulo Afonso (BA) até Aracaju (SE). Durante a viagem, a situação política se altera e o sargento recebe ordens para soltar o preso. Desconfiado, ele insiste em prosseguir, o que o transforma em inimigo da ordem. Perseguido e sentindo-se traído, Getúlio vê no cumprimento da missão a única razão de sua existência. Com Lima Duarte, Fernando Bezerra, Orlando Vieira e Flávio Porto.
Vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Locarno; melhor filme, melhor ator, melhor ator coadjuvante, melhor técnico de som e do prêmio da crítica no Festival de Gramado; Prêmio da Federação de Cineclubes/Unesco no Festival do Terceiro Mundo (França); prêmio especial do júri no Festival de Havana.
* “Fronteira das Almas” (Brasil-SP, 1987, 84 min) – Hermano Penna
Cassiano recebe um pedaço de floresta virgem num projeto de colonização oficial em Rondônia, mas não tem dinheiro para cultivá-lo. Juntamente com outras pessoas, ele resolve tomar conta do que lhe foi dado, mas enfrenta todos os tipos de problemas, como a malária e a densa mata virgem, quase impenetrável. Seu irmão Tião vive em uma comunidade de posseiros que ocupam terras devolutas no sul do Pará, enfrentando constantes ataques armados de um grileiro sanguinário. Num crescendo de tensão, as condições de sobrevivência se deterioram, imperando a seca e a miséria. Com Antônio Leite, Suzana Gonçalves, Fernando Bezerra, Marcélia Cartaxo, Orlando Vieira, Joel Barcellos, Wilson Melo, Ilva Niño, Cláudio Mamberti e Manfredo Bahia.
Vencedor do prêmio de melhor filme, direção, roteiro, fotografia, montagem e som no Rio Cine Festival; melhor atriz coadjuvante e prêmio especial do júri no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
* “Neve Negra” (“Black Snow”, EUA/Dinamarca, 2024, 100 min) – Alina Simone
Quando os moradores de uma remota cidade de mineração de carvão siberiana descobrem que uma mina abandonada pegou fogo, lançando gases tóxicos em seus lares, eles recorrem à Natalia Zubkova, dona de casa que se tornou jornalista, em busca de ajuda. No entanto, depois que sua cobertura se torna viral, o governo inicia um esforço massivo para encobrir a verdade. À sombra de um governo cada vez mais autoritário, Natalia embarca em uma busca perigosa para revelar a extensão total da catástrofe ambiental que se desenrola em sua cidade.
Vencedor do Prêmio Futuro Sustentável no Festival de Sydney; Prêmio F:Act no CPH:DoX; melhor documentário de ativismo no Festival Movies that Matter de Haia; exibido no DOC NYC e no Festival de Documentários de Sheffield.
* “Democracia Noir” (“Democracy Noir”, EUA/Dinamarca, 2024, 90 min) – Connie Field
Em meio à ascensão do autoritarismo do século 21, poucos políticos se mostraram tão corruptos e hábeis em minar a democracia quanto o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. Um herói para a população cristã conservadora de seu país e um modelo para o movimento político de direita, Orbán toma medidas metódicas para corroer as instituições democráticas húngaras, mantendo a popularidade entre a maioria dos cidadãos. O documentário acompanha três mulheres corajosas que lutam incansavelmente para expor as mentiras e a corrupção enraizadas no governo de Orbán.
Vencedor dos prêmios de melhor documentário e do Prêmio Mass Impact no Festivl de Boston; melhor longa-metragem no Festival de Sebastopol; exibido no CPH:DOX e no Festival de Documentários de Sheffield.
* “Uma Nova Selva” (“A New Kind of Wilderness”, Noruega, 2024, 83 min) – Silje Evensmo Jacobsen
Numa pequena fazenda na floresta norueguesa, uma família busca uma existência livre e selvagem. No entanto, após um evento trágico, eles são forçados a deixar sua fazenda idílica e enfrentar as expectativas da sociedade moderna.
Vencedor do Grande Prêmio do Júri para Melhor Documentário no Festival de Sundance; melhor documentário nos festivais de Seattle e Amanda (Noruega); exibido no Visions du Réel.
* “Feitos de Plástico” (“Plastic People”, Canadá, 2024, 83 min) – Ben Addelman e Ziya Tong
O documentário investiga o nosso vício em plástico e a crescente ameaça dos microplásticos à saúde humana. Quase todo o plástico já produzido se decompõe em microplásticos. Essas partículas microscópicas flutuam no ar, na água e se misturam ao solo, tornando-se uma parte permanente do meio ambiente. Agora, cientistas estão encontrando essas partículas em nossos corpos: órgãos, sangue, tecido cerebral e até mesmo nas placentas de novas mães. Qual é o impacto desses invasores invisíveis em nossa saúde? E há algo que possa ser feito a respeito?
Exibido no SXSW e nos festivais de documentários de Sheffield e Festival de Documentários Ji.hlava.
* “O Efeito Casa Branca” (“The White House Effect”, EUA, 2024, 96 min) – Bonni Cohen, Pedro Kos e Jon Shenk
Há três décadas, o mundo estava determinado a parar o aquecimento global. Utilizando material de arquivo, o documentário conta a dramática história da origem da crise climática e como uma batalha política no governo de George H. W. Bush (1988-1992) mudou o curso da história — culminando com os EUA minando um acordo global para estabelecer limites rígidos para as emissões, preparando o terreno para o futuro cada vez mais quente, perigoso e polarizado que enfrentamos agora. Exibido no IDFA-Amsterdã, CPH:DOX, DOC NYC, e nos festivais da Filadélfia, Santa Barbara, Camden e Rio de Janeiro.
* “Fiscal da Felicidade” (“Agent of Happiness”, Butão/Hungria, 2024, 94 min) – Arun Bhattarai e Dorottya Zurbó
Como medir a felicidade? O Butão inventou o índice de Felicidade Interna Bruta para fazer exatamente isso. Amber é um dos fiscais que viaja de porta em porta para encontrar pessoas em todo o país e medir o quão felizes elas realmente são. Embora tenha nascido no Butão e trabalhe para o governo, ele perdeu sua cidadania devido à Lei de Cidadania do Butão de 1985 e, desde então, tem tentado recuperá-la. Ele é um fiscal da felicidade em busca de sua própria felicidade.
Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de São Francisco; menção especial no Festival de Mumbai; exibido nos festivais de Sundance, Seattle, Zurique, Sydney, Hong Kong, Camden, Hot Docs, DocBarcelona, CPH:DOX, Festival de Documentários de Sheffield e Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
* “Nossa Terra, Nossa Liberdade” (“Our Land, Our Freedom”, Quênia/Portugal/EUA/Alemanha, 2023, 97 min) – Meena Nanji e Zippy Kimundu
A busca de Wanjugu Kimathi pelos restos mortais de seu pai começa como uma investigação sobre as atrocidades coloniais britânicas, incluindo campos de concentração e roubo de terras que deixaram centenas de milhares de quenianos desamparados. Trabalhando em estreita colaboração com sua mãe, seus esforços desencadeiam um movimento maior, transformando Wanjugu em uma poderosa defensora na luta por justiça e pelo reassentamento de terras para os desapossados. Vencedor do Prêmio da Anistia Internacional e de menção honrosa do Prêmio TV3 no DocsBarcelona; vencedor do Prêmio de Documentário Ativista no Festival Movies that Matter de Haia.
* “O Pastor e o Urso” (“The Shepherd and the Bear”, EUA/Reino Unido/França, 2024, 100 min) – Max Keegan
O urso pardo foi reintroduzido nos Pireneus franceses há quase trinta anos. Desde então, uma batalha feroz se instalou entre os conservacionistas de vida selvagem e a comunidade tradicional de pastoreio, cujos rebanhos, que pastam nas pastagens altas de verão, são atacados com cada vez mais frequência. O documentário
explora o conflito e acompanha Yves, um pastor envelhecido que luta para encontrar um sucessor. Exibido no Festival de Salem.
* “Memória Implacável” (“Memoria Implacable” / “Relentless Memory, Chile/Argentina, 2024, 93 min) – Paula Rodríguez Sickert
Margarita, uma acadêmica Mapuche, descobre em um arquivo desconhecido em Berlim os testemunhos de prisioneiros Mapuche que foram expulsos de seus territórios durante as invasões militares que fundaram a Argentina e o Chile. Comovida pela descoberta, ela embarca em uma jornada para refazer as rotas de deportação de seus ancestrais. Vencedor de menção honrosa no Festival de Documentários Cinema Verité (Irã); exibido no Festival de Documentários de Sheffield.
* “Desterrar” (“UNEARTH”, EUA, 2024, 93 min) – John Hunter Nolan, Auberin Strickland e Dunedin Strickland
Em meio à urgente demanda por metais e minerais para combater as mudanças climáticas, pescadores de salmão e membros de conselhos tribais indígenas enfrentam a ameaça da maior mina de cobre da América do Norte. O filme acompanha os irmãos Aube e Dune Strickland e as irmãs Christina e AlexAnna Salmon, enquanto eles lidam com a política, os poderosos e as implicações concretas da proposta de uma mina de cobre em sua terra natal, a Baía de Bristol, no Alasca, revelando uma indústria massiva e destrutiva da qual todos fazemos parte sem saber. Exibido no Festival de Cleveland.
* “O Jogo da Mente” (“The Thinking Game”, EUA, 2024, 83 min) – Greg Kohs
O cientista Demis Hassabis, fundador da DeepMind, um dos principais laboratórios de IA do mundo, busca a criação de uma IA que iguale ou supere as habilidades humanas em uma ampla gama de tarefas. Filmado ao longo de cinco anos, o documentário acompanha os momentos cruciais dessa busca, incluindo a conquista inovadora do AlphaFold, um programa que solucionou um desafio de 50 anos na biologia. Exibido nos festivais de Tribeca, Vancouver e Black Nights de Tallinn.
* “Intervenção” (Brasil-SP, 2024, 96 min) – Gustavo Ribeiro
O filme narra as vidas dos residentes de uma comunidade em São Paulo, Brasil. Composta por duas favelas e um projeto habitacional, esta comunidade foi estabelecida há mais de 50 anos e está à beira da urbanização. No entanto, a urbanização enfrenta resistência dos moradores da área mais rica do bairro, em um movimento conhecido como “não no meu quintal”. Vencedor do prêmio da crítica de melhor filme brasileiro na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
* “Lista de Desejos para Superagüi” (Brasil-PR, 2023, 72 min) – Pedro Giongo
Em uma mítica ilha no litoral Sul do Brasil, um pescador de 70 anos ainda não conseguiu se aposentar. Martelo é um homem farol, aponta sua luz para Superagüi e ilumina os desejos de seus moradores, que dizem muito sobre o momento atual: melhorar as condições de trabalho, conseguir se aposentar com dignidade e reverter a vida da ilha para como ela era antigamente.
Vencedor do prêmio de melhor filme da Mostra Aurora na Mostra de Tiradentes; exibido no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba, no forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte e na Mostra do Filme Livre.
* “Mundurukuyü – A Floresta das Mulheres Peixe” (Brasil-RJ/PA, 2024, 72 min) – Aldira Akay, Beka Munduruku e Rilcélia Akay
Nas margens do rio Tapajós, no Pará, a floresta das mulheres peixe espelha a mitologia Munduruku, onde humanos, na origem do mundo, se transformaram em floresta, plantas e animais. No dia-a-dia da aldeia Sawre Muybu, os espíritos da floresta não são apenas forças espirituais ancestrais, mas parte da família. Exibido no Hot Docs e É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.
* “Não Haverá Mais História Sem Nós” (Brasil-PA, 2024, 76 min) – Priscilla Brasil – Submersos no mar de greenwashing que os afoga diariamente, dois pesquisadores amazônicos resolvem denunciar as entranhas do histórico processo de invenção e exploração da floresta como um jardim do éden inesgotável. Entre Munique (Alemanha) e Belém (Brasil), eles revelam como o racismo e o preconceito, do Brasil e do mundo, até hoje se organizam na ideia do “vazio demográfico”, selvagem e incapaz de falar por si. Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Bali; melhor longa-metragem no FICA – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental; melhor montagem no Filmambiente – Festival Int Filmes Temas Ambientais.
* “O Rancho da Goiabada, ou Pois é Meu Camarada, Fácil, Fácil Não é a Vida” (Brasil-SP, 2024, 72 min) – Guilherme Martins
O filme debate as relações de trabalho entre campo e cidade através da vida de Alex. Em um fluxo atemporal, o personagem tenta ganhar a vida e sobreviver como auxiliar de serviços gerais e camelô na cidade de São Paulo e como cortador de cana no interior do Estado. Os conflitos do seu dia a dia aos poucos alimentam a sua necessidade de mudança. Exibido no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba e na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
* “Pau D’Arco” (Brasil-SP-RJ, 2025, 89 min) – Ana Aranha
Depois de sobreviver à chacina em que a polícia matou dez sem-terra em uma fazenda na Amazônia Paraense, Fernando, a principal testemunha do crime, e Vargas, seu advogado, lutam por justiça e pelo direito à terra. Ao seguir seus passos por sete anos, acontecimentos chocantes são revelados na tentativa de encobrir o crime. Exibido no É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.
* “Quem É Essa Mulher?” (Brasil-BA, 2024, 70 min) – Mariana Jaspe
Separadas por um século, duas mulheres negras se encontram pelas estradas da Bahia. Oriunda da periferia de Salvador, Mayara rememora os caminhos, surpreendentes a cada nova descoberta, que a levaram a desvendar Maria Odília Teixeira, a neta de uma ex-escravizada que se tornou a primeira médica negra do Brasil. Exibido no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba, Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África, Caribe, Festival de
Brasília do Cinema Brasileiro, Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro e no Festival Internacional de Cinema de Realizadoras (Pernambusco).
* “São Palco – Cidade Afropolitana” (Brasi-SP, 2023, 72 min) – Jasper Chalcraft e Rose Satiko Gitirana Hikiji
O que artistas africanos que chegaram ao Brasil nos últimos anos carregam consigo na travessia? O documentário apresenta a cidade de São Paulo como um meta-palco ocupado por artistas do Togo, Moçambique, República Democrática do Congo e Angola, entre outras nações africanas, em diálogo com a população brasileira e suas aberturas, contradições e tensões. Exibido na mostra Prêmio Pierre Verger (Belo Horizonte).
* “Tesouro Natterer” (Brasil-DF, 2024, 84 min) – Renato Barbieri
O naturalista austríaco Johann Natterer, membro da Expedição Austríaca, acompanhou a então Arquiduquesa Leopoldina em sua vinda ao Brasil, em 1817. Ele permaneceu 18 anos no país, o que resultou em uma impressionante coleção de mais de 55 mil objetos, compondo imensa coleção natural e o maior acervo etnográfico sobre povos indígenas do Brasil, hoje preservado em dois dos principais museus de Viena, Áustria. Vencedor do prêmio de melhor longa-metragem brasileiro no É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários; melhor filme, roteiro e trilha sonora no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Exibido no
Festival de São Bernardo do Campo.
* “Topo” (Brasil-SP, 2024, 83 min) – Eugenio Puppo
Em uma pequena cidade portuária no litoral de São Paulo, Brasil, os acelerados avanços nas obras de infraestrutura e o crescente desenvolvimento turístico estão impactando cada vez mais a vida dos habitantes locais. Edivaldo, um morador antigo da região, apaixonado por cinema, utiliza sua câmera para registrar as memórias e as mudanças do lugar que o viu crescer. Enquanto isso, a jovem Iara enfrenta desafios em busca de um novo lar no bairro da Topolândia, tentando escapar do caos causado pela construção de uma rodovia próxima à sua casa. Em meio a essas transformações, uma tempestade sem precedentes atinge a cidade.
Vencedor de prêmio especial do júri no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; exibido na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
Sessão FIFE – Festival Internacional de Cinema de Educação
* “A Cerejeira” (“Třešňový strom” / “The Cherry Tree”, República Tcheca, 2017, 6 min) – Eva Dvorakova
Com muita poesia, o filme retrata a relação entre o personagem e seu ambiente ao longo das estações, que permanece frágil e pode ser afetada a qualquer momento pelo mundo real.
* “A Mula Teimosa e o Controle Remoto” (Brasil-SP, 2016, 15 min) – Hélio Villela Nunes
No interior profundo do Brasil, duas crianças — um menino da cidade e um menino do campo — vão se encontrar. Exibido na Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.
* “Joy e a Garça” (“Joy and the Heron”, China, 2018, 4 min) – Constantin Paeplow e Kyra Buschor
Um cachorro e uma garça decidem se ajudar mutuamente para construir o melhor dos mundos.
* “Kiki, a Peninha” (“Kiki la Plume” / “Kiki the Feather”, França, 2020, 5 min) – Julie Rembauville e Nicolas Bianco-Levrin
Um pássaro sonha em voar com os pássaros livres lá fora. Quando finalmente surge a oportunidade, ele voa e encontra um amigo que lhe oferece uma vida de liberdade. Exibido no IndieLisboa, Festival de Curtas de Oberhausen e Festival de Valdívia.
* “Moroshka” (Rússia, 2016, 8 min) – Polina Minchenok
Toda a aldeia tem medo do grande lobo cinzento e de suas presas, mas uma garotinha tem a coragem de ajudá-lo e então eles se tornam amigos. Vencedor do prêmio de melhor filme infantil no Festival de Animação Open Rússia.
* “Um Sonho do Havaí” (“A Dream of Hawaii”, Noruega, 2022, 15 min) – Thomas Smoor Isaksen
Pete, um nômade, tenta sobreviver em um mundo coberto por resíduos plásticos, enquanto sonha com as praias brancas e nacaradas do Havaí. Sua longa jornada o levará a um lugar sem plástico? Vencedor do prêmio de melhor animação no Festival de Florença.
* “Você Me dá Medo” (“You Look Scary”, EUA, 2016, 4 min) – Xiya Lan
Às vezes, a gente aumenta demais os nossos medos, mas não tem problema! No fim das contas, somos sempre vencidos pelos nossos próprios medos. Exibido no Festival de Cinema Infantil de Nova York.
Sessões educacionais para escolas
* “Floresta que refresca” (Brasil, 2019, 5 min) – Ianah Maia
É uma animação de 5 minutos que fala sobre a questão das mudanças climáticas, apresentando uma proposta para repensarmos nossa relação com o meio ambiente. O curta também mostra a importância das agroflorestas na vida das pessoas do campo e da cidade.
* “Vellozia” (Brasil, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães
Desenho animado que aborda as aventuras de Vellozia, Ana e Miro para solucionar os desafios causados por mudanças climáticas em sua comunidade. A história se passa no Cerrado, o berço das águas, onde as crianças precisam aprender com a natureza sobre como restaurar o bioma, recuperar nascentes e enfrentar os problemas ambientais.
* “Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio” (Brasil/Islândia, 2021, 10 min) – Radhi Meron
Se as ruas pudessem falar, o que diriam? Aurora é uma triste e solitária rua de uma grande cidade. Em um dia de chuva forte, ela relembra sua trajetória, sonha com o futuro e se pergunta: é possível uma rua morrer?
* “Caminho dos Gigantes” (Brasil, 2016, 12 min) – Alois Di Leo
Uma busca poética pela razão e o propósito da vida. Em uma floresta de árvores gigantes, Oquirá, uma menina indígena de seis anos, vai desafiar seu destino e entender o ciclo da vida. O filme explora as forças da natureza e a nossa conexão com a terra e seus elementos.
* “Auto-fitness” (Alemanha, 2015, 21 min) – Alberto Couceiro & Alejandra Tomei
Ser ou não… ter tempo de ser? O filme é uma poesia labiríntica sobre o automatismo humano. Uma reflexão sobre nossa relação diária com o dinheiro e com o tempo, uma animação tragicômica que brinca com o conceito da constante e penetrante aceleração. Um filme sobre a opressiva loucura cotidiana e o automatismo em que somos forçados a viver, trabalhar, respirar, pensar e: existir. Uma paródia da já antiga “vida moderna”.
* “Kigalinha” (Brasil, 2022, 20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana, Gabrielle Adabo
Uma galinha ciborgue vem do futuro com a missão de buscar ajuda para evitar as consequências do aquecimento global no planeta. No Rio de Janeiro, em 2019, Kigalinha encontra Chico, um jovem cheio de energia e com muito potencial. Kigalinha é uma animação em seis episódios produzida pelo International Energy Initiative – IEI Brasil com o apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS).
* “Ep. 1: Carbono: o que você precisa saber” (Brasil, 2023, 4 min) – Rede Xingu+, Instituto Socioambiental
O que é carbono? O que é mercado de carbono? Como reduzir emissões de carbono? O que os povos da floresta têm a ver com tudo isso? Está no ar a série de animações “Carbono: o que você precisa saber”, com informações de apoio para comunidades indígenas, ribeirinhas, extrativistas e quilombolas começarem a se organizar para entrar nessa conversa de forma segura.
* “Ep. 2: Carbono: o que você precisa saber” (Brasil, 2023, 6 min) – Rede Xingu+, Instituto Socioambiental
Ondas de calor, secas, tempestades, aumento do nível do mar e impactos sociais gigantescos: cientistas afirmam que não podemos deixar a temperatura média do planeta aumentar em mais de 1,5ºC até 2030 ou enfrentaremos consequências ainda mais graves do que os eventos climáticos que já estamos vivenciando. Que negociações internacionais têm sido propostas para redução de emissões de gases do efeito estufa? Como surgiu a ideia de um mercado de carbono? O que são as salvaguardas socioambientais? Assista o episódio 2 da série “Carbono: o que você precisa saber” para uma introdução ao assunto!
* “Águas Turvas” (Brasil, 2023, 7 min) – Gabriel Panazio e Kleber Leão
Localizada na famosa Baía de Guanabara, a Z10 é uma das mais antigas e tradicionais colônias de pesca do país. Neste documentário, acompanhamos a história de Zezinho, um pescador desta comunidade histórica, cuja vida é drasticamente alterada pela crescente poluição marinha. Com a diminuição dos peixes, Zezinho e seus colegas enfrentam uma crise de sustento e identidade. Numa reviravolta inspiradora, eles reinventam suas práticas, transformando-se de pescadores em guardiões do oceano. Ao ‘pescarem’ lixo, não apenas encontram um novo meio de subsistência, mas também emergem como figuras centrais na luta pela preservação ambiental. Este curta-metragem é uma jornada visual e emocional, destacando a resiliência humana diante de adversidades ambientais, e a capacidade da comunidade de encontrar soluções criativas para problemas globais.
* “A Floresta Que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu” (Brasil, 2023, 27min) – Andy Costa
O documentário “A floresta que você não vê – Narrativas do Médio Xingu” enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a floresta amazônica em pé. Essas pessoas se sentem parte da floresta. Vivem na região do Médio Xingu, importante área da Amazônia brasileira que enfrenta grande pressão de desmatamento em função do garimpo, da extração de madeira, da pecuária e da monocultura. Defendem modos de vida que, adaptados às novas realidades, abrigam saberes e conhecimentos preciosos para o cuidado com a floresta, aliado ao desenvolvimento da bioeconomia.
* “Visões da Maré” (Brasil, 2023, 8 min) – Alle Estrela, Julia Alves, Michael Sousa, Thay Silva, Vivian Cazé
Quando uma mesa com bancos é colocada em diferentes pontos da favela, com uma placa escrito “Tome um café e fale da Maré”, alguns moradores param para compartilhar seus relatos. Falam sobre as questões ambientais e históricas decorrentes da Maré ser um território aterrado e sobre pautas atuais que permeiam suas vivências.
* “Essa Terra é Meu Quilombo” (Brasil, 2022, 13 min) – Rayane Penha
Gerações de mulheres negras moradoras de três quilombos urbanos no Amapá compartilham suas vivências e suas relações de sabedoria ancestral com suas terras, a partir da colheita com a agricultura, da cura que vem das plantas, da preservação de suas culturas.
* “Vida sobre as águas” (Brasil, 2023, 31 min) – Danielle Khoury Gregorio, Marcio Isensee Sá
Vida sobre as é um documentário que celebra a arquitetura única das comunidades ribeirinhas da Amazônia. Das casas sobre palafitas às moradias flutuantes, o filme destaca as adaptações engenhosas para lidar com as paisagens inundadas desafiadoras e sempre em transformação das planícies fluviais amazônicas brasileiras. Através de narrativas íntimas de moradores e construtores locais, o documentário revela as técnicas de construção coletiva que materializam uma arquitetura territorialmente integrada, construída em harmonia com o ambiente da Bacia Amazônica e profundamente enraizada no rico patrimônio da região.
SERVIÇO
Mostra Ecofalante Pará
DATA: de 20 de agosto a 03 de setembro de 2025
Entrada gratuita
LOCAIS:
Cine Líbero Luxardo – Av. Gentil Bitencourt 650, Nazaré – Belém
Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso – Blvd. Castilhos França 522/523, Campina – Belém
Evento viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura
Apoio: White Martins
Apoio institucional: Instituto Francês, Fórum de Festivais, SESC, Programa Ecofalante Universidades (PEU), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Fundação Cultural do Pará (FCP), Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC), Secretaria de Articulação e Cidadania (SEAC), Governo do Estado do Pará, Conversa Verde, Museu Paraense Emílio Goeldi e Secretaria de Cultura de Marituba.
Produção: Doc & Outras Coisas
Coprodução: Química Cultural
Parcerias: Envolverde, Gota no Oceano, Verdes Marias, GreenMe, Le Monde Diplomatique Brasil, Restaurante Govinda, Instituto Socioambiental (ISA) e Quatro Cinco Um.
Realização: Ecofalante, Ministério da Cultura e Governo Federal
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Atendimento à Imprensa:
Úrsula Ferro
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