12 de maio de 2025

14ª Mostra Ecofalante de Cinema tem “esquenta” em CEUs de São Paulo no mês de maio

*Sessões acontecerão entre os dias 14 e 22 maio 

*11 Centros Educacionais Unificados (CEUs) da capital paulista realizarão exibições 

*A programação coloca em foco questões raciais e indígenas com 7 produções entre médias e curtas-metragens, voltadas para turmas de Ensino Fundamental 

*Evento acontece a partir de um Acordo de Cooperação entre Ecofalante e a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP)

Neste ano, a Mostra Ecofalante de Cinema chega a sua 14ª edição com uma novidade especial: haverá um “esquenta” do festival acontecendo em 11 Centros Educacionais Unificados (CEUs) da capital paulista entre os dias 14 e 22 de maio, a Mostra de Cinema Educação Integral: Diversidade Cultural, em parceria com o Núcleo de Educação Integral da  da SME/COPED/COCEU, da Divisão de Cultura da SME/COCEU e o Circuito Spcine. 

O esquenta contará com a exibição de 7 filmes focados em temáticas ambientais e sociais, especialmente nas questões raciais e na luta dos povos indígenas. Com uma curadoria especial para turmas de Ensino Fundamental I e II, serão exibidos filmes de destaque nessas temáticas no catálogo da Ecofalante Play, como “Vanille”, “Meu Nome é Maalum” e “Essa Terra é Meu Quilombo” e “Para Onde Foram as Andorinhas”.

O evento faz parte de uma das ações de parceria, criada através de um Acordo de Cooperação entre a Ecofalante e a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP), por meio do Programa Ecofalante Universidades (PEU) e da Coordenadoria Pedagógica (COPED) e dos Centros Educacionais Unificados (COCEU).

Seu objetivo é proporcionar o acesso gratuito a conteúdos audiovisuais, técnicos e educacionais sobre temas socioambientais fornecidos pela Ecofalante para a realização de atividades com estudantes das Unidades Educacionais da Rede Municipal, incluindo os CIEJAs, além de contribuir com a formação de docentes, coordenadores(as) pedagógicos e funcionários(as).

Algumas outras ações já foram realizadas no âmbito desta parceria, como por exemplo o evento “Narrativas do Clima: uma mostra de filmes sobre Mudanças Climáticas”. Disponível para toda a Rede Municipal de Ensino, com apoio da Ecofalante, o evento foi organizado pelo Núcleo de Educação Ambiental da COPED da SME SP. 

Além disso, também foram realizadas mostras com a Coordenadoria dos CEUs (COCEUs) nos meses de agosto, setembro e novembro – com os eventos, “Agosto Indígena”, “Dia da Pessoa com Deficiência” e “Novembro Negro”, respectivamente.

Os CEUs que realizarão sessões do esquenta estão espalhados em diferentes regiões da capital paulista. Para conferir os CEUs participantes, clique aqui  

“Levar a Ecofalante aos CEUs é plantar sementes de consciência nas crianças. O cinema toca, ensina e transforma”, afirma representante do Circuito Spcine, Emiliano Zapata.

“A parceria do Núcleo de Educação Integral com a Ecofalante fortalece as ações de qualificação das saídas pedagógicas, garantindo o direito à cidade, ampliando o repertório cultural  e contribuindo para o processo de aprendizagem dos estudantes”, diz representante do Núcleo de Educação Integral /SME SP.

A programação completa do esquenta da 14ª Mostra Ecofalante nos CEUs pode ser acessada em ecofalante.org.br/programacao.

A 14ª Mostra Ecofalante de Cinema tem início oficial no dia 28 de maio e se estende até 11 de junho. A programação é completamente gratuita e será exibida nos cinemas Reserva Cultural, Cine Bijou e CCSP. Mais detalhes sobre a programação em breve em nosso site. 

Confira os destaques do “esquenta”

Entre os destaques da programação para os CEUs, está “Para Onde Foram as Andorinhas”, dirigido por Mari Corrêa. O filme, que já foi premiado no Festival ENTRETODOS de Direitos Humanos, capta de forma sensível e explicita como os povos habitantes do Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, estão percebendo e sofrendo cotidianamente os impactos das mudanças climáticas, do intenso uso de agrotóxicos e do desmatamento desenfreado.

Imagem do filme “Para Onde Foram as Andorinhas”

Já em “Essa Terra É Meu Quilombo”, dirigido por Rayane Penha, diferentes gerações de mulheres negras moradoras de três quilombos urbanos no Amapá compartilham suas vivências e suas relações de sabedoria ancestral de suas terras, a partir da colheita com a  agricultura, da cura que vem das plantas e da preservação de suas culturas.

Imagem do filme “Vanille”

Ainda na temática racial, a programação conta com as animações “Vanille”, do diretor francês Guillaume Lorrin, e “Meu Nome é Maluum”, de Luisa Meirelles Holanda Copetti. Em “Vanille”, o curta francês nos apresenta a uma pequena parisiense que chega a Guadalupe para passar as férias com a parte materna de sua família. No início, ela está contrariada, mas à medida em que mergulha em uma aventura cheia de mistérios, Vanille faz as pazes com suas origens. Já em “Meu Nome é Maluum”, finalista do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023, acompanhamos uma menina negra brasileira que nasce e cresce em um lar rodeado de amor e de referências afrocentradas.

Imagem do filme “Meu Nome é Maluum”

A programação também inclui o curta “Kunumi, o Raio Nativo” que retrata Werá, ou MC Kunumi, como também é conhecido. Escritor, compositor e cantor de rap, o jovem garoto rompeu com o protocolo e abriu uma faixa pedindo a demarcação de terras indígenas na cerimônia de abertura da Copa do Mundo de 2014. 

Por fim, também estão inclusos nas sessões dois episódios da série “Manual das Crianças Huni Kuĩ”, uma iniciativa do projeto Tecendo Saberes e do Instituto Catitu. Em “Vamos brincar?” e “Huni Kuĩ – povo verdadeiro”, as crianças do povo Huni Kuĩ que vivem na Terra Indígena Kaxinawá do Rio Humaitá, no Acre, mostram como é a vida na aldeia. 

Sobre o Circuito Spcine

Criada em 2015, a Spcine é uma empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo. Atua como um escritório de desenvolvimento, financiamento e implementação de programas e políticas para os setores de cinema, TV, games e novas mídias. Seu objetivo é reconhecer e estimular o potencial econômico e criativo do audiovisual paulista e seu impacto em âmbito cultural e social.

Sobre o Núcleo de Educação Integral

O Núcleo de Educação Integral tem por objetivo planejar, articular e acompanhar as ações da educação integral em tempo integral na Rede Municipal de Educação. Visando orientar e qualificar experiências pedagógicas, nos territórios educativos e nas comunidades de aprendizagem.