14 de outubro de 2024

Mostra Ecofalante de Cinema chega ao Pará com mais de 65 filmes e debates

** festival de cinema socioambiental acontece de 24 de outubro a 10 de novembro

** obras representam 17 países; do Brasil, estão presentes produções de 12 estados e do Distrito Federal 

** evento tem programação gratuita, sessões infantis e para estudantes  

** entre os temas discutidos estão os povos originários, mineração e desigualdade social

** 14 títulos premiados na 13ª Mostra Ecofalante de Cinema integram a programação

** do diretor consagrado Werner Herzog é projetado “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft”

** atração de abertura, filme “Solo Comum” tem participação dos atores Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson 

** produção paraense, curta-metragem “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” é um dos destaques 

** atividades acontecem no Cine Líbero Luxardo, Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, Museu Paraense Emílio Goeldi, Palacete Pinho / Sala Dira Paes e no Teatro Municipal de Ananindeua em parceria com a Fundação Centro Cultural Parque Vila Maguary 

** festival é uma realização da Ecofalante e conta com patrocínio do Mercado Livre

** serão realizadas sessões educacionais no Museu Goeldi, UFPA, UEPA, IFPA, UFOPA, UFRA e UNAMA. Além de sessões para escolas municipais e estaduais de Belém e Ananindeua

** o festival acontecerá em 4 cidades diferentes: Belém, Ananindeua, Breves, Santarém

A Mostra Ecofalante de Cinema, reconhecida como o mais importante evento sul-americano para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais, chega ao Pará exibindo mais de 65 filmes, cujas temáticas incluem os povos originários, mineração e a desigualdade social. Estão representadas obras de 17 países, sendo que estão presentes obras de 12 estados brasileiros e do Distrito Federal.

No total, são mais de 110 sessões cinematográficas, com exibições de 24 de outubro a 10 de novembro, com entrada franca. Compõem o circuito do festival o Cine Líbero Luxardo, Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, Museu Paraense Emílio Goeldi, Palacete Pinho / Sala Dira Paes, em Belém, e o Teatro Municipal de Ananindeua, em Ananindeua.

Estão agendados dois debates, ambos no Cine Líbero Luxardo: “Povos Tradicionais”, no dia 24/10, às 20h00, e “Emergência Climática e Agricultura Regenerativa”, em 29/10, às 20h15.

A grade de programação reúne destaques de diferentes seções da Mostra Ecofalante de Cinema: Panorama Internacional Contemporâneo, Competição Latino-americana, Panorama Histórico, Mostra Competitiva Territórios e Memória, Especial Emergência Climática, Sessão Infantil, Especial ISA 30 anos: Por um Brasil Socioambiental e Sessões para Estudantes.

Estão presentes filmes recentes de diretores consagrados, como “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft”, do cultuado alemão Werner Herzog, o curta-metragem paraense “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” e 14 filmes premiados na 13ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, ocorrida em São Paulo no último mês de agosto, entre eles o longa-metragem peruano “Céu Aberto”, vencedor da competição latino-americana, e “Rejeito”, eleito melhor longa da competição Territórios e Memória. 

Para a sessão de abertura, na quarta-feira, 23 de outubro, às 19h00, no Cine Líbero Luxardo, a atração é “Solo Comum”, de Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell. Participam dessa abordagem sobre agricultura regenerativa e seus benefícios para o solo os atores Laura Dern, Woody Harrelson, Donald Glover e Rosario Dawson, entre outros. Premiado no importante Festival de Tribeca, o longa-metragem ganha reapresentação aberta ao público em 29 de outubro, às 18h30, no mesmo local. 

O festival inclui ainda o programa especial Emergência Climática traz as produções norte-americanas “Arrasando Liberty Square”, sobre gentrificação climática, e “Filhos do Katrina”, obra premiada no Festival de Tribeca sobre os efeitos do furacão Katrina. 

Imagem do filme Filhos do Katrina

PREMIADOS DA 13ª MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA

Este ano, a Competição Latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema teve como vencedor do prêmio de melhor longa-metragem a coprodução Peru/França “Céu Aberto”. Na obra, que foi selecionada para o prestigioso Festival de Roterdã, um pai peruano trabalha pacientemente quebrando a pedra branca vulcânica em uma paisagem extraordinária. Seu filho, por sua vez, faz parte do mundo moderno: usa câmeras e drones para criar no computador a maquete digital de uma igreja. Seus caminhos se cruzam de maneira fantasmagórica. A pergunta que o diretor Felipe Esparza Pérez coloca é: poderá o reino da arte digital recriar e reviver o velho mundo?

O júri dessa competição – formado pelos cineastas Lucas Bambozzi, Mariana Jaspe e Tatiana Lohmann – elegeu como melhor curta-metragem o chileno “Concórdia”, de Diego Véliz, um ensaio sobre a fronteira entre o Peru e o Chile criado com materiais encontrados na internet.

Mereceram ainda menção honrosa do júri dois longas e um curta. “A Transformação de Canuto”, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, se passa numa pequena comunidade Mbyá-Guarani entre o Brasil e a Argentina. O enredo traz o processo de realização de um filme em torno de uma figura enigmática: Canuto, um homem que, muitos anos atrás, sofreu a temida transformação em onça e acabou morrendo tragicamente. O longa já havia sido premiado como melhor filme da Competição Envision no IDFA, de Amsterdã, considerado o mais importante festival de documentários da atualidade. Já “Ramona” é uma produção da República Dominicana que embaralha as fronteiras entre ficção e não-ficção e esteve na programação do Festival de Berlim. Nele, a diretora Victoria Linares Villegas acompanha uma jovem atriz que se prepara para assumir o papel de uma adolescente grávida que mora na periferia da capital Santo Domingo. Insegura no papel, ela começa a entrevistar jovens mães sobre gravidez e maternidade. Ao longo desse processo, elas mesmas passam a influenciar a produção do filme, alterando seu rumo. A menção honrosa para filmes curtos foi para o mexicano “Você Vai Me Esquecer?”, de Sofía Landgrave Barbosa, passado em cidade nos limites da selva amazônica do Peru.

Imagem do filme A Transformação de Canuto

O público da 13ª Mostra Ecofalante de Cinema apontou como favoritos da Competição Latino-americana o curta colombiano “A Menos Que Bailemos”, dirigido por Hanz Rippe Gabriel e Fernanda Pineda Palencia, que acompanha uma professora de dança afro que empreende uma iniciativa para resgatar jovens do crime na cidade com os maiores índices de homicídios da Colômbia.

Já a mostra competitiva Território e Memória, exclusiva para produções brasileiras, teve como juradas as realizadoras Carolina Canguçu, Nara Normande e Tatiana Toffoli. Elas deliberaram como melhor longa-metragem “Rejeito”, de Pedro de Filippis. A produção faz um alerta: após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. No filme, uma conselheira ambiental confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas. Venceu o prêmio de melhor curta “Ava Yvy Pyte Ygua / Povo do Coração da Terra”, do Coletivo Guahu’i Guyra, que focaliza a reza longa que protege os Kaiowá e os aproxima dos povos-raio e dos povos-trovão para rememorar a história do começo da terra que só esses povos sabem contar. É dessa conexão encantada que se cria e recria o território de Yvy Pyte (Coração da Terra). Uma menção honrosa foi outorgada a “À Margem do Ouro”, de Sandro Kakabadze, um retrato do cotidiano de garimpeiros, comerciantes, professoras ou garotas de programa em busca de dinheiro na região do rio Tapajós. 

Imagem do filme Rejeito

Houve empate na votação de melhor curta-metragem dessa mostra: “A Bata do Milho”, de Eduardo Liron e Renata Mattar, e “Nosso Terreiro”, de Anna Rieper, Patrícia Medeiros, Ranyere Serra e Fernando Lucas Silva, obtiveram a mesma pontuação. O primeiro se passa na região de Serra Preta, sertão da Bahia, onde se encontram famílias de trabalhadores rurais que mantêm viva a tradição dos cantos de trabalho durante o cultivo do milho. “Nosso Terreiro”, por sua vez, trata do Bumba-Boi, música e fé no terreiro de Maracanã e registra caboclos e encantados brincantes em festa comemorando o dia de São João. O caboclo de pena e sua dança, e o cantador e suas toadas reverenciam as forças da natureza que abençoam a brincadeira. As vivências desses dois jovens nos apresentam as nuances de seu sincretismo religioso. 

Imagem do filme Não Existe Almoço Grátis

O público também elegeu o melhor filme da 13ª Mostra Ecofalante de Cinema, independente da seção exibida. O vencedor foi “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, que acompanha três mulheres que lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em Sol Nascente, considerada atualmente como a maior favela do Brasil. Para a posse do terceiro mandato do presidente Lula, elas foram encarregadas de cozinhar para centenas de pessoas que chegariam a Brasília para assistir à cerimônia. 

ESPECIAL EMERGÊNCIA CLIMÁTICA

O longa “Arrasando Liberty Square”, de Katja Esson, acompanha como a comunidade em Miami torna-se o marco zero para a gentrificação climática. Liberty Square abrigou um dos mais antigos projetos de habitação pública segregada dos EUA. Agora, com o aumento do nível do mar, os terrenos mais elevados do bairro tornaram-se valiosos para a especulação imobiliária, criando um mercado especulativo no bairro historicamente negro. O filme venceu o Prêmio World of HA Change Maker no Festival de Woodstock (EUA), tendo sido exibido no Sheffield DocFest (Reino Unido), Festival da Filadélfia (EUA), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Hamburgo (Alemanha). Foi também o vencedor do prêmio de melhor documentário de cineasta estreante no Festival de Tribeca, 

O filme “Filhos do Katrina” mostra que o furacão Katrina não apenas destruiu grande parte da cidade de Nova Orleans em 2005, mas também mudou para sempre a vida de muitos jovens. Entre estes, o diretor do filme, Edward Buckles Jr., na época com 13 anos. A obra dá voz aos que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo da época, abordando com vigor o tema da injustiça climática.

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO

Os padrões globais de cleptocracia e extrativismo são examinados no longa sueco “Breaking Social: O Fim do Contrato Social”, de Fredrik Gertten. O filme focaliza aqueles que quebram o chamado contrato social, recorrem aos paraísos fiscais e colhem lucros sem retribuir à sociedade. A obra circulou nos principais festivais de documentários, como o IDFA, de Amsterdã, Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e o Festival de Documentários de Munique.  

Imagem do filme Breaking Social: O Fim do Contrato Social

“Plastic Fantastic”, da alemã Isa Willinger, constata que plásticos estão por toda parte – existem 500 vezes mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas em nossa galáxia. Encontra-se plástico não só nos mares, como também em rios, no ar, no solo e dentro de nós. Embora a crise se aprofunde e a reciclagem não dê conta do problema, a indústria do plástico continua a aumentar sua produção. O longa participou de importantes festivais internacionais de documentários, como o CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e Festival de Documentários de Munique.   

As tensões e os dilemas entre a mercantilização e a conservação estão no centro do longa canadense “Silvícola”, de Jean-Philippe Marquis. Florestas antigas, com árvores que existem há milhares de anos, têm um valor inestimável do ponto de vista económico, cultural e ambiental – mas, hoje, a sua existência está em perigo. 

“Mil Pinheiros”, de Sebastián Díaz Aguirre e Noam Osband, acompanha um dos imigrantes que dependem do polêmico programa de visto de trabalhador convidado nos Estados Unidos. Ele está em sua décima nona temporada trabalhando para a maior empresa norte-americana de reflorestamento e precisa equilibrar suas responsabilidades entre a esposa, os filhos e a mãe idosa com problemas cardíacos no México, e as necessidades e emergências da equipe de plantio. 

Uma produção entre o Irã e a França que venceu o prêmio especial do júri no Festival de Sundance, “Contra a Maré” aborda diferentes posturas de pescadores de Mumbai: aqueles que seguem a lua e as marés, e os que adotam a tecnologia moderna. Tal conflito se passa diante de um mar que se torna cada vez mais hostil devido às alterações climáticas e os meios de subsistência, que estão ameaçados.

Imagem do filme Contra a Maré

Na produção da Suíça “2G”, o diretor Karim Sayad mostra como, após a repressão ao contrabando de pessoas, muitos residentes de Agadez – no Níger, um dos países da África Ocidental mais afetados pela emergência climática – embarcam em uma viagem pelo Saara para se juntar a dezenas de garimpeiros perdidos no meio do deserto. Entre esperanças e desilusões, esses homens lutam para sobreviver num ambiente cada vez mais hostil e instável. A obra esteve selecionada no IDFA, de Amsterdã, o principal festival internacional de documentários da atualidade.

Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou sobre uma realidade preocupante: as suas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais, com as corporações multinacionais aumentando sua influência. No entanto, como revela agora “Food, Inc. 2”, de Robert Kenner e Melissa Robledo, a indústria alimentícia apenas reforçou o seu controle sobre os nossos hábitos de consumo. O filme acompanha agricultores inovadores, produtores de alimentos com visão de futuro, ativistas dos direitos trabalhistas e legisladores proeminentes, que enfrentam essas empresas para inspirar mudanças e construir um futuro mais saudável e sustentável.

MOSTRA COMPETITIVA TERRITÓRIOS E MEMÓRIA

Exibido no Le Festival International du Film sur l’Art (Canadá), “Interior da Terra” promove uma investigação desde o céu até às profundezas da floresta. Com direção de Bianca Dacosta, o curta revela camadas de histórias enterradas e apagadas através do relato histórico e atual da destruição da Floresta Amazônica e do seu povo de origem, os Mura.

Produção do Paraná, o longa-metragem “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” revela como, no coração da Floresta Amazônica, um povo originário está experimentando o renascimento de sua identidade depois de décadas de escravidão e opressão. Foi apenas a partir do ano 2000 que os Huni Kuin, da Terra Indígena Humaitá, começaram a se lembrar de quem eram ao se unir para recordar de sua cultura e seu modo de vida ancestral e espiritual. Dirigido por Lara Jacoski e Patrick Belem, o filme foi vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas. 

Imagem do filme Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)

A mineração no estado de Minas Gerais é tema de “O Silêncio Elementar”, de Mariana de Melo. Selecionado para o prestigioso Festival de Roterdã, na Holanda, o filme mostra como o cotidiano convive com a mineração. E cada metal escavado deixa suas marcas na terra e nas pessoas.

No longa “Memórias da Chuva”, o veterano cineasta cearense Wolney Oliveira aborda a população que foi obrigada a abandonar uma cidade do interior para dar lugar à construção de um açude que vai fornecer água para a capital do estado. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos, da velha cidade só restou lembranças. Exibido no Festival de Havana, o filme venceu o prêmio de melhor edição e o prêmio do público no Fest Aruanda.

Coprodução entre o Brasil e a França, “Samuel e a Luz” mostra o impacto no cotidiano idílico em um vilarejo de pescadores na costa de Paraty (RJ) da chegada da eletricidade e do turismo. Dirigido por Vinícius Girnys, o longa foi vencedor do prêmio de melhor documentário e Prêmio Feisal no Festival de Guadalajara (México), tendo sido eleito como melhor documentário na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Após a morte brutal do jornalista britânico Dom Phillips em 2022, durante uma expedição no Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país, localizada no interior do Amazonas, o cineasta Otavio Cury reflete, em “Onde a Floresta Acaba”, sobre a perda do amigo, revisitando a primeira viagem que fizeram à Amazônia e os filmes que fizeram juntos. O filme mereceu menção honrosa no Festival de Cinema da Fronteira (RS) e foi eleito como melhor curta pelo júri jovem no Panorama Internacional Coisa de Cinema, na Bahia.

Imagem do filme Onde a Floresta Acaba

“Sertão, América”, curta de Marcela Ilha Bordin, registra o processo de fabricação do Parque Nacional da Serra da Capivara. Esta unidade de conservação no sertão do Piauí possui desenhos rupestres que desafiam a teoria corrente de como o homem entrou na América.

Em “Favela do Papa”, o cineasta Marco Antonio Pereira recupera o movimento de resistência dos moradores da Favela do Vidigal contra a ordem de remoção, um capítulo importante da história do Rio de Janeiro na década de 1970. Com imagens de época e entrevistas, o filme mostra a conjunção de entidades e personalidades na defesa da permanência dos moradores em seu território, como o apoio da Igreja Católica, de juristas e do artista Sérgio Ricardo. Esse episódio foi determinante para o fim da política de remoção em grande escala posta em prática pelos governos estaduais na década de 1960. 

Graciela Guarani e Alice Gouveia assinam a produção pernambucana “Sekhdese”, estruturada em depoimentos gravados durante expedições por aldeias indígenas e registros de manifestações na cidade de Brasília. Na obra, relatos de mulheres revelam um precioso empoderamento feminino e expõem as lutas pela terra, a cultura, o meio ambiente, e o etnocídio do qual são vítimas, pelas investidas das igrejas neopentecostais.

Misturando elementos de documentário e ficção, o curta “Mborairapé”, Roney Freitas, mostra um grupo de jovens rappers Guarani que vivem no bairro do Jaraguá, na cidade de São Paulo, e sua expressão cultural através da música. 

Na produção mineira “Nunca Pensei Que Seria Assim” a diretora Meibe Rodrigues propõe, através de memórias do próprio passado, uma reflexão sobre negritude e escrevivência (a escrita que nasce do cotidiano, das lembranças, da experiência de vida da própria autora e do seu povo). O curta conquistou os prêmios de melhor filme no FALA Chico – Festival de São Francisco do Sul (SC) e no Primeiro Plano – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades.

Já no curta “Água Rasa”, do diretor mineiro Dani Drumond navega o rio Paraopeba, contaminado pela lama tóxica de rejeito de mineração devido ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), percorrendo do local do rompimento até a sua foz. Através da sabedoria de Seu Pedro, o filme descobre, em seu varejão de bambu, o poder de ouvir e se conectar com o rio, com a natureza ao redor e com espíritos ribeirinhos.

SESSÕES ESPECIAIS

“Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva”, de Mari Corrêa. O filme contrapõe o olhar indígena ao da ciência ocidental e expõe como a colonização persevera no discurso ultrapassado sobre povos indígenas e natureza, escancarando as origens da implacável destruição da Amazônia.

Imagem do filme Escute, A Terra Foi Rasgada

O filme “Escute, A Terra Foi Rasgada”, de Fred Rahal Mauro e Cassandra Mello, registra o acampamento Luta pela Vida, em Brasília, no qual lideranças dos povos Mebêngôkre (Kayapó), Munduruku e Yanomami se uniram para escrever uma carta-manifesto em repúdio à atividade garimpeira.

A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu”, de Andy Costa, enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a Floresta Amazônica em pé.

ESPECIAL ISA 30 ANOS: POR UM BRASIL SOCIOAMBIENTAL

Uma projeção celebra os 30 anos da criação do ISA – Instituto Socioambiental, uma organização não governamental voltada a defender bens e direitos sociais, coletivos e difusos, relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos dos povos indígenas do Brasil. É exibido “Mapear Mundos”, no qual a diretora Mariana Lacerda articula imagens de arquivos indigenistas com testemunhos atuais para rememorar os passos dados por organizações da sociedade civil, em um contexto de ditadura militar, pela garantia de direitos dos povos originários no Brasil, fornecendo as condições para a articulação do “capítulo dos índios” na Constituição Brasileira e as demarcações das Terras Indígenas. Trata-se de uma produção do ISA – Instituto Socioambiental, uma organização não governamental que comemora 30 anos de atuação voltada a defender bens e direitos sociais, coletivos e difusos, relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos dos povos indígenas do Brasil.

COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA

A Mostra Ecofalante de Cinema no Pará apresenta ainda outros dois títulos brasileiros que participou da Competição Latino-americana deste ano. “O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio” é definido por seu realizador, Carlos Adriano, como um cinepoema. Baseado no texto “Sobre o Conceito de História”, de Walter Benjamin, aproxima realidades distantes: imagens de povos indígenas brasileiros em 1917 e 1922 e em manifestações antifascistas de 2022; imagens da causa palestina em 1948 e em 2022; tiros contra o relógio disparados por revolucionários franceses em 1830 e flechas contra o relógio disparadas por indígenas brasileiros em 2000. Por sua vez, “Vão das Almas”, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape, aborda uma criatura que vem do interior de São Paulo e vaga pelas estradas e rodovias, levando as almas das pessoas que acabaram de morrer, pois essas pessoas. O curta-metragem foi eleito melhor filme e melhor direção no Festival de Triunfo e melhor curta de ficção no Festival de Trancoso.

SESSÕES ESPECIAIS

* “A Mãe de Todas as Lutas” (Brasil-RJ, 2021, 84 min) – Susanna Lira

A trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão à frente da luta pela terra no Brasil. Shirley traz a missão de honrar as mulheres e a sabedoria das Guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais. Maria Zelzuita é uma das sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará. As trajetórias destas duas mulheres nos ligam ao conceito da violência e apropriação do corpo feminino.

PANORAMA HISTÓRICO

Já homenageado na seção Cannes Classics do Festival de Cannes, “Amor, Mulheres e Flores” é assinado por Marta Rodríguez e por seu parceiro e companheiro de vida Jorge Silva (1941-1987). Representante da seção Panorama Histórico da Mostra Ecofalante de Cinema, o filme foi realizado em 1984 e traça as características sociais dos trabalhadores da plantação de flores na capital colombiana, Bogotá, e suas reivindicações por melhores condições de vida e saúde, entre as histórias de vida e amor femininas. Com carreira iniciada em 1971, Marta Rodríguez é considerada uma das primeiras mulheres documentaristas da Colômbia a alcançar repercussão internacional. 

Imagem do filme Amor, Mulheres e Flores

SESSÕES INFANTIS

Para o público infantil, a Mostra Ecofalante de Cinema no Pará exibe o longa em animação “Yakari, Uma Jornada Fantástica”. Um dos grandes heróis da literatura infantil, Yakari é uma criança Sioux feliz, corajosa e generosa, dotada do fabuloso poder de falar e compreender a linguagem dos animais. Mas Yakari nem sempre teve esse dom. O longa, uma coprodução Bélgica/França/Alemanha, tem direção assinada por Xavier Giacometti e Toby Genkel.

Também voltadas à criançada, sessões no Museu Paraense Emílio Goeldi estão na programação. Destaca-se “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu”, de Clarice Cardell. O curta-metragem acompanha os gêmeos Sol e Lua, que vivem uma jornada em busca de sua mãe que foi engolida por uma sucuri. Todos estes elementos são ilustrados por animações 2D misturados com as imagens em live-action captadas e interpretadas pela comunidade do Hiulaya do Alto Xingu. Entre os demais títulos incluídos estão “Kigalinha”, de Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo; “Caminho dos Gigantes”, de Alois Di Leo; “Mitos Indígenas em Travessia”, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues; e “Teo, o Menino Azul”, de Hygor Beltrão Amorim.

SESSÕES PARA ESTUDANTES

Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) serão realizadas sessões educacionais no Palacete Pinho /Sala Dira Paes com escolas municipais selecionadas. Será realizada ainda uma formação de docentes das áreas de artes falando sobre a importância do uso do cinema em sala de aula a partir da utilização da Ecofalante Play, plataforma de streaming educacional gratuita da Ecofalante. Além das atividades com as escolas municipais serão realizadas sessões educacionais com escolas estaduais junto a Secretaria de Educação do Estado do Pará (SEDUC) e as Diretorias Regionais de Ensino (DRE) de número 05 e 07. Com a possibilidade das sessões serem realizadas nas próprias escolas de cada regional e sendo realizadas em escolas que possuam infraestrutura para receberem mais turmas. E, junto ao Centro de Estudo e Aprendizagem Integral (CEAI) serão realizadas sessões educacionais para o público interno.

Graças uma parceria entre a Mostra Ecofalante de Cinema e a Fundação Centro Cultural Parque Vila Maguary, onde está sediado o Teatro Municipal de Ananindeua, será realizada programação com uma série de sessões seguidas de debates destinadas a estudantes de escolas municipais do 5º ano do Ensino Fundamental I e do 9º ano do Ensino Fundamental II em em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua (SEMED) e a Secretaria Municipal da Mulher (SEMMU), os debates serão planejados e realizados por cada uma das Secretarias.

Nas sessões educacionais do Cine Líbero Luxardo,um dos destaques é a produção paraense “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões”, filmado na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, e vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema em 2022. Assinado por Joana Moncau, Elpida Nikou e pelo Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, o filme acompanha a produção de um documentário sobre as ações para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. A obra faz parte da programação voltada para alunos do Ensino Fundamental II, assim como os curtas-metragens. E a outra obra selecionada é o “Tapajós Ameaçado”, de Thomaz Pedro, que acompanha lideranças indígenas para apresentar as suas perspectivas em relação a uma série de megaprojetos que estão sendo planejados, como ferrovias, hidrovias, agronegócio, mineração e outros, o filme foi eleito com o prêmio do público de Melhor Curta-Metragem na competição latino-americana em 2021.

Na Universidade Federal do Pará (UFPA), as sessões seguidas de debates acontecerão entre 22 e 25 de outubro, sendo assim, temos duas sessões sendo exibidas antes da abertura da Mostra e duas durante, na Sala de Projeção da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFPA), as atividades serão coordenadas por docentes da coordenação de Bacharelado de Cinema e Audiovisual da UFPA e do Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas (PPGAA). Com uma programação dividida em quatro temas principais: “Questões Agrárias e Disputas Territoriais”, com o filme “BR Acima de Tudo”, de Fred Rahal Mauro, documentário que reflete sobre o impacto da expansão da BR-163 sobre as comunidades da Amazônia; “Floresta, Clima e Racismo Ambiental”, a partir de “Fé Pelo Clima” de Pedro Carcereri, onde temos que as juventudes de todo o Brasil discutem a crise climática sob a perspectiva de suas espiritualidades e vivências na luta pela ação climática; “Cosmologia e Saberes Tradicionais em relação ao Clima” discutindo a obra “Floresta, um jardim que a gente cultiva” de Mari Corrêa, o filme contrapõe o olhar indígena ao da ciência ocidental e expõe como a colonização persevera no discurso ultrapassado sobre povos indígenas e natureza, escancarando as origens da implacável destruição da Amazônia; e a temática de “Questões Socioambientais Urbanas”, junto a obra “Vida Sobre as Águas” de Danielle Khoury Gregorio e Marcio Isensee, que nos revela as técnicas de construção coletiva, como as casas de palafita e moradias flutuantes que materializam uma arquitetura territorialmente integrada, construída em harmonia com o ambiente da Bacia Amazônica e profundamente enraizada no rico patrimônio da região.

Na Universidade do Estado do Pará (UEPA) as atividades acontecem em parceria acontece com sua Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), com quem estabelecemos um Acordo de Cooperação no mês passado, com auxílio da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) da UEPA. Serão realizadas três sessões, uma em cada campus de Belém, com enfoque na temática de licenciatura, tecnologia e saúde.

No Instituto Federal do Pará (IFPA), com quem temos também um acordo de cooperação assinado em setembro, as atividades serão realizadas junto à sua Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) e Diretoria de Extensão (DEX) no evento de divulgação de seus cursos no Campus de Belém. E, além disso, serão realizadas também algumas sessões junto a um projeto de extensão do Campus na cidade de Breves do IFPA no mês de novembro e dezembro discutindo a temática dos povos indígenas.

Com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) as atividades acontecerão em parceria com o Instituto de Ciências Agrárias com sessões norteando os temas de: alimentação, mudanças climáticas e mineração.

As atividades na Universidade da Amazônia (UNAMA) serão realizadas sessões internas para estudantes da instituição, além disso, serão realizadas entrevistas e gravações junto a Rádio UNAMA, com intuito de divulgar ainda mais sobre a Mostra Ecofalante de Cinema no Pará.

Enquanto isso, na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém, a atividade acontece a partir da Pró-Reitoria de Cultura, Comunidade e Extensão (Procce) e serão iniciadas no dia 11 deste mês, antes da abertura da Mostra, junto ao “Festival de Cinema Tarrafa: audiovisual amazônico em rede” com a sessão do filme “Aqui en la Frontera”, de Marcela Ulhoa e Daniel Tancredi, que retrata a história e os desafios de três venezuelanos que, devido a uma das maiores crises migratórias recentes da América Latina, chegaram ao Brasil e buscam reconstruir sua vida. E, com possibilidade de acontecerem mais atividades durante o período da Mostra.

A Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Dirigido por Chico Guariba, o evento tem patrocínio do Mercado Livre e apoio da White Martins e Synergia Socioambiental. Tem apoio institucional da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, do Institut Français, do Fórum de Festivais, do Sesc, do Programa Ecofalante Universidades, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Museu Paraense Emílio Goeldi, da Fundação Centro Cultural Parque Vila Maguary, do Teatro Municipal de Ananindeua, da Prefeitura Municipal de Ananindeua por meio da Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua, da Fundação Cultural do Município de Belém, da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Belém, da Prefeitura de Belém, no Cine Líbero Luxardo por meio da Fundação Cultural do Pará, Secretaria de Estado de Educação do Pará e do Governo do Estado do Pará. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural e parcerias do Instituto Akatu, Autossustentável, eCycle, Green Me, Greenpeace, Iniciativa Verde, Instituto Socioambiental, Observatório do Clima, The Climate Reality Project Brasil, Rádio Unama e Rede Kino. É uma realização da Ecofalante, Ministério da Cultura e Governo Federal.

A Ecofalante é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade, atua na formação de professores, exibições e debates em escolas, universidades e aparelhos culturais, além de produzir seminários e workshops sobre cinema, educação e sustentabilidade. A entidade é responsável também pela plataforma de streaming gratuita Ecofalante Play, voltada a educadores, e o Ecofalante Universidades, programa de extensão educacional.         

serviço

Mostra Ecofalante de Cinema no Pará

www.ecofalante.org.br

de 24 de outubro a 10 de novembro de 2024

gratuito

locais

Cine Líbero Luxardo – Av. Gentil Bitencourt 650, Nazaré – Belém

Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso – Blvd. Castilhos França 522/523, Campina – Belém 

Museu Paraense Emílio Goeldi – Av. Gov. Magalhães Barata 376, São Braz – Belém

Palacete Pinho / Sala Dira Paes – R. Dr. Assis 586, Cidade Velha – Belém

Faculdade de Artes Visuais (Sala de Projeção) na Universidade Federal do Pará – R. Igarapé Tucunduba, 794-882 – Guamá, Belém – PA, 66075-110

Teatro Municipal de Ananindeua na Fundação Centro Cultural Parque Vila Maguary – Av. Cláudio Sanders, 3360 – Centro, Ananindeua – PA, 67000-000

evento viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura

patrocínio: Mercado Livre

apoio: White Martins e Synergia Socioambiental

apoio institucional: Instituto Francês, WWF, Programa Ecofalante Universidades e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

produção: Doc & Outras Coisas

coprodução: Química Cultural

parcerias: Instituto Akatu, Autossustentável, eCycle, Green Me, Greenpeace, Iniciativa Verde, Instituto Socioambiental, Observatório do Clima e The Climate Reality Project Brasil                                

realização: Ecofalante, Ministério da Cultura e Governo Federal

redes sociais

www.instagram.com/mostraecofalante

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www.twitter.com/mostraeco

www.youtube.com/mostraecofalante

atendimento à Imprensa 

ATTi Comunicação e Ideias

Eliz Ferreira e Valéria Blanco (11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441

PROGRAMAÇÃO BELÉM

entrada franca

22 de outubro (terça-feira)

UFPA – Faculdade de Artes Visuais

15h00 – sessão seguida de debate

“Fé pelo Clima” (Brasil, 2022, 65 min) – Pedro Carcereri

23 de outubro (quarta-feira)

Cine Líbero Luxardo 

19h00 – cerimônia de abertura (para convidados)

 “Solo Comum” (95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell

UFPA – Faculdade de Artes Visuais

15h00 – sessão seguida de debate

“BR Acima de Tudo” (Brasil, 2021, 55 min) – Fred Rahal Mauro

24 de outubro (quinta-feira)

Cine Líbero Luxardo 

Manhã – sessão para estudantes

“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir    às Invasões” (Brasil-PA, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

“Tapajós Ameaçado” (24 min) – Thomaz Pedro

17h30 – “A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu” (27 min) – Andy Costa

“Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva” (43 min) – Mari Corrêa

18h45 – “Escute, A Terra Foi Rasgada” (88 min) – Cassandra Mello e Fred Rahal

20h00 – debate “Povos Tradicionais”

Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso

16h00 – “Silvícola” (80 min) – Jean-Philippe Marquis

17h45 – “Samuel e a Luz” (70 min) – Vinícius Girnys

19h15 – “Plastic Fantastic” (102 min) – Isa Willinger

UFPA – Faculdade de Artes Visuais

15h00 – sessão seguida de debate

“Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva” (43 min) – Mari Corrêa

25 de outubro (sexta-feira)

Cine Líbero Luxardo 

Manhã – sessão para estudantes

“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir    às Invasões” (Brasil-PA, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

“Tapajós Ameaçado” (24 min) – Thomaz Pedro

17h30 – “Vão das Almas” (15 min) – Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape

“A Bata do Milho” (16 min) – Eduardo Liron e Renata Mattar

“Nunca Pensei Que Seria Assim” (11 min) – Meibe Rodrigues

 “Nosso Terreiro” (18 min) – Anna Rieper, Patrícia Medeiros, Ranyere Serra e Fernando Lucas Silva

18h5 – “Água Rasa” (19 min) – Dani Drumond

“Rejeito” (75 min) – Pedro de Filippis

20h30 – “Arrasando Liberty Square” (86 min) – Katja Esson

Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso

16h15 – “Mil Pinheiros” (74 min) – Sebastián Díaz Aguirre e Noam Osband

17h45 – “Onde a Floresta Acaba” (15 min) – Otavio Cury

“Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (70 min) – Lara Jacoski e Patrick Belem 

19h45 – “Amor, Mulheres e Flores” (52 min) – Marta Rodríguez e Jorge Silva

UFPA – Faculdade de Artes Visuais

15h00 – sessão seguida de debate

“Vida sobre as Águas” (Brasil, 2023, 31 min) – Danielle Khoury Gregorio, Marcio Isensee e Sá

26 de outubro (sábado)

Cine Líbero Luxardo 

17h30 – “Yakari, Uma Jornada Fantástica” (82 min) – Xavier Giacometti e Toby Genkel

19h10 – “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft” (84 min) – Werner Herzog

20h45 – “Mapear Mundos” (72 min) – Mariana Lacerda

Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso

15h45 – “Favela do Papa” (76 min) – Marco Antonio Pereira (sessão seguida de bate-papo com diretor)

17h30 – “Breaking Social: O Fim do Contrato Social” (92 min) – Fredrik Gertten

19h30 – “Sekhdese” (86 min) – Graciela Guarani e Alice Gouveia

28 de outubro (segunda-feira)

Cine Líbero Luxardo 

17h30 – “A Menos Que Bailemos” (15 mim) – Hanz Rippe Gabriel e Fernanda Pineda Palencia

“Concórdia” (9 min) – Diego Véliz

“Você Vai Me Esquecer?” (12 mim) – Sofía Landgrave Barbosa

“O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio” (26 min) – Carlos Adriano

18h45 – “À Margem do Ouro” (95 min) – Sandro Kakabadze      

20h30 – “2G” (80 min) – Karim Sayad

29 de outubro (terça-feira)

Cine Líbero Luxardo 

17h30 – “O Silêncio Elementar” (15 min) – Mariana de Melo

“Interior da Terra” (18 min) – Bianca Dacosta

“Sertão, América” (19 min) – Marcela Ilha Bordin

18h30 – “Solo Comum” (95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell

20h15 – debate “Emergência Climática e Agricultura Regenerativa”

Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso

15h15 – “Ramona” (82 min) – Victoria Linares Villegas

17h00 – “Céu Aberto” (65 min) – Felipe Esparza Pérez

18h30 – “A Transformação de Canuto” (130 min) – Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho

Teatro Municipal de Ananindeua

  9h00 – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (5ª série)

“Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio”, de Radhi Meron

 “Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

10h30 – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (9ª série)

“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir    às Invasões” (Brasil-PA, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

“Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

“Entre Muros” (15 min) – Gleison Mota

15h00 – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (5ª série)

“Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Vellozia” (13 min) – Pedro de Castro Guimarães

 “Meu Nome é Maalum” (8 min) – Luísa Copetti

16h30 – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (9ª série)

 “Entre Muros” (15 min) – Gleison Mota

 “Kunumi, O Raio Nativo” (13 min) – Mauro D’Addio

 “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

30 de outubro (quarta-feira)

Cine Líbero Luxardo 

17h30 – “Mborairapé” (25 min) – Roney Freitas

  “Ava Yvy Pyte Ygua / Povo do Coração da Terra” (39 min) – Coletivo Guahu’i Guyra

18h45 – “Não Existe Almoço Grátis” (74 min) – Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

20h15 – “Food, Inc. 2” (94 min) – Robert Kenner e Melissa Robledo

Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso

15h45 – “Filhos do Katrina” (79 min) – Edward Buckles Jr.

17h30 – “Contra a Maré” (97 min) – Sarvnik Kaur

19h30 – “Memórias da Chuva” (76 min) – Wolney Oliveira

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (20 min) – Clarice Cardell

11h00 – “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

14h00 – “Caminho dos Gigantes” (12 m min) – Alois Di Leo

15h00 – “Mitos Indígenas em Travessia” (22 min) – Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

Teatro Municipal de Ananindeua

manhã – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (5ª série)

“Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio”, de Radhi Meron

 “Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

manhã – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (9ª série)

“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir    às Invasões” (Brasil-PA, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

“Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

“Entre Muros” (15 min) – Gleison Mota

tarde – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (5ª série)

“Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

“Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

“Vellozia” (13 min) – Pedro de Castro Guimarães

“Meu Nome é Maalum” (8 min) – Luísa Copetti

tarde – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (9ª série)

“Entre Muros” (15 min) – Gleison Mota

“Kunumi, O Raio Nativo” (13 min) – Mauro D’Addio

“Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

31 de outubro (quinta-feira)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “Auto-Fitness” (21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

11h00 – “O Som que Vem de Dentro” (18 min) – Manon Klein

14h00 – “De Cabeça Erguida” (15min) – Adrian Moyse Dullin

15h00 – “Um Tempo para Mim” (21 min) – Paola Mallmann

Teatro Municipal de Ananindeua

manhã – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (5ª série)

“Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio”, de Radhi Meron

 “Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

manhã – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (9ª série)

“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir    às Invasões” (Brasil-PA, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

“Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

“Entre Muros” (15 min) – Gleison Mota

tarde – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (5ª série)

“Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

“Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

“Vellozia” (13 min) – Pedro de Castro Guimarães

“Meu Nome é Maalum” (8 min) – Luísa Copetti

tarde – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (9ª série)

“Entre Muros” (15 min) – Gleison Mota

 “Kunumi, O Raio Nativo” (13 min) – Mauro D’Addio

 “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

1º de novembro (sexta-feira)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “Caminho dos Gigantes” (12 m min) – Alois Di Leo

11h00 – “Mitos Indígenas em Travessia” (22 min) – Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

14h00 – “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (20 min) – Clarice Cardell

15h00 – “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

Teatro Municipal de Ananindeua

manhã – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (5ª série)

“Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio”, de Radhi Meron

 “Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

manhã – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (9ª série)

“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir    às Invasões” (Brasil-PA, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

“Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

“Entre Muros” (15 min) – Gleison Mota

tarde – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (5ª série)

“Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

“Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

“Vellozia” (13 min) – Pedro de Castro Guimarães

“Meu Nome é Maalum” (8 min) – Luísa Copetti

tarde – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (9ª série)

“Entre Muros” (15 min) – Gleison Mota

 “Kunumi, O Raio Nativo” (13 min) – Mauro D’Addio

 “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

noite – “Rejeito” (75 min) – Pedro de Filippis

2 de novembro (sábado)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “De Cabeça Erguida” (15min) – Adrian Moyse Dullin

11h00 – “Um Tempo para Mim” (21 min) – Paola Mallmann

14h00 – “Auto-Fitness” (21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

15h00 – “O Som que Vem de Dentro” (18 min) – Manon Klein

Teatro Municipal de Ananindeua

tarde – “Sekhdese” (86 min) – Graciela Guarani e Alice Gouveia

tarde – “Não Existe Almoço Grátis” (74 min) – Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

noite – “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (70 min) – Lara Jacoski e Patrick Belem

3 de novembro (domingo)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (20 min) – Clarice Cardell

11h00 – “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

14h00 – “Caminho dos Gigantes” (12 m min) – Alois Di Leo

15h00 – “Mitos Indígenas em Travessia” (22 min) – Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

Parque Cultural Vila Maguary

tarde – “Yakari, Uma Jornada Fantástica” (82 min) – Xavier Giacometti e Toby Genkel

tarde – “A Mãe de Todas as Lutas” (84 min) – Susanna Lira

noite – “À Margem do Ouro” (95 min) – Sandro Kakabadze      

4 de novembro (segunda-feira)

Palacete Pinho / Sala Dira Paes

8h30 – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (6ª e 7ª série)

“Kunumi, O Raio Nativo” (13 min) – Mauro D’Addio 

 “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

12h30 – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (2ª a 5ª série)

“Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Vellozia” (13 min) – Pedro de Castro Guimarães

 “Meu Nome é Maalum” (8 min) – Luísa Copetti

5 de novembro (terça-feira)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “Auto-Fitness” (21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

11h00 – “O Som que Vem de Dentro” (18 min) – Manon Klein

14h00 – “De Cabeça Erguida” (15min) – Adrian Moyse Dullin

15h00 – “Um Tempo para Mim” (21 min) – Paola Mallmann

Palacete Pinho / Sala Dira Paes

  9h00 – sessão para alunos da Educação Infantil 

“O Menino Terra” (6 min) – Hygor Amorim

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Meu Nome é Maalum” (8 min) – Luísa Copetti

“Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

15h00 – sessão para alunos da Educação Infantil 

“O Menino Terra” (6 min) – Hygor Amorim

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Meu Nome é Maalum” (8 min) – Luísa Copetti

“Sobre Amizades e Bicicletas” (12 min) – Julia Vidal

6 de novembro (quarta-feira)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

11h00 – “Mitos Indígenas em Travessia” (22 min) – Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

14h00 – “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (20 min) – Clarice Cardell

15h00 – “Auto-Fitness” (21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

Palacete Pinho / Sala Dira Paes

  8h30 – sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (3ª série)

“Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Vellozia” (13 min) – Pedro de Castro Guimarães

 “Meu Nome é Maalum” (8 min) – Luísa Copetti

15h00 –  sessão para alunos do Ensino Fundamental 1 (1ª e 2ª  série)

“Maré Braba” (7 min) – Pâmela Peregrino

 “Teo, o Menino Azul” (11 min) – Hygor Beltrão Amorim

 “Vellozia” (13 min) – Pedro de Castro Guimarães

 “Meu Nome é Maalum” (8 min) – Luísa Copetti

7 de novembro (quinta-feira)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “De Cabeça Erguida” (15min) – Adrian Moyse Dullin

11h00 – “Um Tempo para Mim” (21 min) – Paola Mallmann

14h00 – “Auto-Fitness” (21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

15h00 – “O Som que Vem de Dentro” (18 min) – Manon Klein

Palacete Pinho / Sala Dira Paes

  9h00 – sessão para alunos do Ensino Fundamental 2 (5ª série)

“Kunumi, O Raio Nativo” (13 min) – Mauro D’Addio 

 “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

8 de novembro (sexta-feira)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (20 min) – Clarice Cardell

11h00 – “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

14h00 – “Caminho dos Gigantes” (12 m min) – Alois Di Leo

15h00 – “Mitos Indígenas em Travessia” (22 min) – Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

9 de novembro (sábado)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “Auto-Fitness” (21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

11h00 – “O Som que Vem de Dentro” (18 min) – Manon Klein

14h00 – “De Cabeça Erguida” (15min) – Adrian Moyse Dullin

15h00 – “Um Tempo para Mim” (21 min) – Paola Mallmann

10 de novembro (domingo)

Museu Paraense Emílio Goeldi 

10h00 – “Caminho dos Gigantes” (12 m min) – Alois Di Leo

11h00 – “Mitos Indígenas em Travessia” (22 min) – Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

14h00 – “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (20 min) – Clarice Cardell

15h00 – “Kigalinha” (20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

DADOS SOBRE OS FILMES

* “2G” (Suíça, 2023, 80 min) – Karim Sayad 

Após a repressão ao contrabando de pessoas, muitos residentes de Agadez – no Níger, um dos países da África Ocidental mais afetados pela emergência climática – recorreram à mineração de ouro. O diretor Karim Sayad observa a vida difícil dos habitantes do deserto, bem como a sua resiliência. 

Exibido no IDFA-Amsterdã.

* “A Bata do Milho” (Brasil-SP-BA, 2023, 16 min) – Eduardo Liron e Renata Mattar

Na região de Serra Preta, sertão da Bahia, encontram-se famílias de trabalhadores rurais que mantêm viva a tradição dos cantos de trabalho durante o cultivo do milho.

Vencedor do prêmio do público para curta-metragem da competição Territórios e Memória da Mostra Ecofalante de Cinema e do prêmio especial do júri no Panorama Internacional Coisa de Cinema (BA). 

* “A Floresta que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu” (Brasil-SP, 2023, 27 min) – Andy Costa

O filme enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a floresta amazônica em pé. Essas pessoas se sentem parte da floresta. Vivem na região do Médio Xingu, importante área da Amazônia brasileira que enfrenta grande pressão de desmatamento em função do garimpo, da extração de madeira, da pecuária e da monocultura. Defendem modos de vida que, adaptados às novas realidades, abrigam saberes e conhecimentos preciosos para o cuidado com a floresta, aliado ao desenvolvimento da bioeconomia.

* “A Mãe de Todas as Lutas” (Brasil-RJ, 2021, 84 min) – Susanna Lira

A trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão à frente da luta pela terra no Brasil. Shirley traz a missão de honrar as mulheres e a sabedoria das Guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais. Maria Zelzuita é uma das sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará. As trajetórias destas duas mulheres nos ligam ao conceito da violência e apropriação do corpo feminino.

Vencedor do prêmio de contribuição artística no Festival de Vitória; 

* “À Margem do Ouro” (Brasil-SP, 2022, 95 min) – Sandro Kakabadze      

A região do rio Tapajós, no Pará, abriga histórias de homens e mulheres que têm suas vidas entrelaçadas pela exploração ilegal do ouro.    

Vencedor de menção honrosa para longa-metragem da competição Territórios e Memória da Mostra Ecofalante de Cinema e do prêmio da crítica na Mostra Internacional de São Paulo.

* “A Menos Que Bailemos” (“A Menos Que Bailemos”, Colômbia, 2023, 15 min) – Hanz Rippe Gabriel e Fernanda Pineda Palencia

Bonays, professora de dança afro, empreende uma iniciativa para resgatar jovens do crime em Quibdó, cidade com os maiores índices de homicídios da Colômbia. Foi assim que surgiu a Black Boys Chocó, uma companhia de dança onde centenas de jovens desafiam destinos brutais através de uma paixão.

Vencedor do prêmio do público para curta-metragem da Competição Latino-Americana na Mostra Ecofalante de Cinema.

* “A Transformação de Canuto” (Brasil-SP-PE-RS, 2023, 130 min) – Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho

Em uma pequena comunidade Mbyá-Guarani entre o Brasil e a Argentina, todos conhecem o nome Canuto: um homem que, muitos anos atrás, sofreu a temida transformação em onça e, depois, morreu tragicamente. Agora, um filme está sendo feito para contar a sua história. Por que isso aconteceu com ele? Mas, mais importante, quem na aldeia deveria interpretar o seu papel?                         

Vencedor do prêmio de menção honrosa do júri para longa-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema; melhor filme da Competição Envision no IDFA-Amstardã; melhor filme (Grand Prix Nanook-Jean Rouch) no Festival Jean Rouch; melhor direção, melhor fotografia e melhor roteiro (temática afirmativa) no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

* “Água Rasa” (Brasil-MG, 2023, 19 min) – Dani Drumond

O filme navega o rio Paraopeba, contaminado pela lama tóxica de rejeito de mineração devido ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), percorrendo do local do rompimento até a sua foz, na Represa de Três Marias. Através da sabedoria de Seu Pedro, o filme descobre, em seu varejão de bambu, o poder de ouvir e se conectar com o rio, com a natureza ao redor e com espíritos ribeirinhos.

Vencedor do prêmio de melhor fotografia no Festival UrbanoCine (RN); menção honrosa no Festival Hollywood Guerrilla (EUA); exibido no Festival Pescadores do Mundo (França).

* “Amor, Mulheres e Flores” (“Amor, Mujeres y Flores”, Colômbia, 1984, 52 min) – Marta Rodríguez e Jorge Silva

O filme traça as características sociais dos trabalhadores da plantação de flores em Bogotá (Colômbia) e sua reivindicação por melhores condições de vida e saúde entre as histórias de vida e amor femininas.

Exibido no Festival de Cannes (seção Cannes Classics).

* “Arrasando Liberty Square” (“Razing Liberty Square”, EUA, 2023, 86 min) – Katja Esson

À medida que o aumento do nível do mar ameaça a luxuosa orla marítima de Miami, os proprietários ricos se dirigem aos terrenos mais elevados. Os moradores de Liberty Square, bairro historicamente negro de Miami e o primeiro projeto de habitação popular segregada no Sul, são o novo alvo de um projeto de “revitalização”, devido à sua localização, a 3,6 metros acima do nível do mar. Nesse panorama, o documentário discute a crise da habitação acessível, o impacto do racismo sistêmico e a gentrificação climática.

Vencedor do Prêmio World of HA Change Maker no Festival de Woodstock (EUA); exibido no Sheffield DocFest (Reino Unido), Festival da Filadélfia (EUA), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Hamburgo (Alemanha).

* “Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio” (Brasil-SP/Islândia, 2021, 15 min) – Radhi Meron

Se as ruas pudessem falar, o que diriam? Aurora é uma triste e solitária rua de uma grande cidade. Em um dia de chuva forte, ela relembra sua trajetória, sonha com o futuro e se pergunta: é possível uma rua morrer?

Vencedor do prêmio de melhor direção de arte e Prêmio Canal Brasil de Curtas no Cine PE | Festival Audiovisual; melhor curta animação no Urban Films Festival (França); melhor animação no International Animated Film Festival “Animaevka-2021” (Bielorrusia); melhor filme pelo júri infantil na Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis; melhor direção de arte no Curta Taquary.

* “Auto-Fitness” (“Automatic Fitness”, Alemanha, 2015, 21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

Ser ou não… ter tempo de ser? O filme é uma poesia labiríntica sobre o automatismo humano. Uma reflexão sobre nossa relação diária com o dinheiro e com o tempo, uma animação tragicômica que brinca com o conceito da constante e penetrante aceleração. Um filme sobre a opressiva loucura cotidiana e o automatismo em que somos forçados a viver, trabalhar, respirar, pensar e: existir. Uma paródia da já antiga “vida moderna”.

* “Ava Yvy Pyte Ygua / Povo do Coração da Terra” (Brasil-MG-MS, 2023, 39 min) – Coletivo Guahu’i Guyra  

A reza longa protege os Kaiowá e os aproxima dos povos-raio e dos povos-trovão para rememorar a história. do começo da terra que só esses povos sabem contar. É dessa conexão encantada que se cria e recria o território de Yvy Pyte (Coração da Terra).

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição Territórios e Memória da Mostra Ecofalante de Cinema; exibido no IDFA-Amsterdã; vencedor de prêmio especial do júri no Olhar de Cinema.

“BR Acima de Tudo” (Brasil, 2021, 55 min) – Fred Rahal Mauro

No Norte do estado do Pará fica o maior bloco de florestas protegidas do mundo; uma área de floresta amazônica do tamanho do Reino Unido e que abriga uma infinidade de histórias. Indígenas, pecuaristas, posseiros, quilombolas, empresários e políticos refletem à sua própria maneira os impactos da possível expansão da BR-163 floresta adentro, até a fronteira com o Suriname. O projeto da rodovia foi gestado na época da ditadura militar, e até hoje paira como uma sombra sobre a região. Mas este não é um filme sobre uma estrada. É um filme sobre os abismos que separam aqueles que compartilham de uma mesma terra.

* “Breaking Social: O Fim do Contrato Social” (“Breaking Social”, Suécia, 2023, 92 min) – Fredrik Gertten

Todas as sociedades se baseiam na ideia de um contrato social. Nos é dito que se trabalharmos arduamente, se tratarmos os outros com respeito, se cumprirmos as regras, seremos recompensados. Mas há também aqueles que quebram as regras, que recorrem aos paraísos fiscais e colhem lucros sem retribuir à sociedade. O filme examina os padrões globais de cleptocracia e extrativismo.

Exibido no IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest (Reino Unido), CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo), Festival de Documentários de Munique e Bergan (EUA).       

* “Caminho dos Gigantes” (Brasil-SP, 2016, 12 m min) – Alois Di Leo

Uma busca poética pela razão e o propósito da vida. Em uma floresta de árvores gigantes, Oquirá, uma menina indígena de seis anos, vai desafiar seu destino e entender o ciclo da vida. O filme explora as forças da natureza e a nossa conexão com a terra e seus elementos.

* “Céu Aberto” (“Cielo Abierto”, Peru/França, 2023, 65 min) – Felipe Esparza Pérez

Um pai peruano trabalha pacientemente quebrando a pedra branca vulcânica que forma uma paisagem extraordinária. Seu filho faz parte do mundo moderno: usa câmeras e drones para criar no computador a maquete digital de uma igreja. Separados pela misteriosa morte da esposa/mãe, esses homens não se conectam. E, ainda assim, seus caminhos se cruzam de maneira fantasmagórica: cada um a seu modo trabalha com texturas e volumes, sensações e percepções. Poderá o reino da arte digital recriar e reviver o velho mundo?  

Vencedor do prêmio de melhor longa-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema; exibido no Festival de Roterdã; vencedor de menção especial no Festival du Nouveau Cinéma de Montreal; melhor filme peruano no Festival de Lima; melhor filme no Festival de Huánuco (Peru); exibido nos festivais de Moscou e Turim. 

* “Concórdia” (“Concordia”, Chile, 2022, 9 min) – Diego Véliz

Pampa que não conhecia limites, a aparição de uma linha, acordos diplomáticos. O filme é um ensaio sobre a fronteira entre o Peru e o Chile criado com materiais encontrados na internet.      

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema; melhor filme “Nuevas Linguajes” no festival Antofacine (Chile); melhor filme “Miradas al Territorio” no Festival de Viña del Mar; exibido no Cinélatino. Rencontres de Toulouse (França), Bafici-Buenos Aires, Sanfic-Santiago (Chile) e nos Rencontres du Cinéma Latino-Américain (França).

* “Contra a Maré” (“Against the Tide, Índia/França, 2023, 97 min) – Sarvnik Kaur

Pescadores de Mumbai e amigos, Rakesh e Ganesh são herdeiros do sistema de conhecimento Koli — uma forma de pescaria que segue a lua e as marés. Rakesh se manteve fiel aos métodos tradicionais de pesca, enquanto Ganesh se afastou deles, adotando a tecnologia moderna. À medida que o mar se torna cada vez mais hostil devido às alterações climáticas e os meios de subsistência são ameaçados, a amizade entre ambos começa a ruir.

Vencedor do prêmio especial do júri no Festival de Sundance; melhor documentário no Festival de Seattle; melhor filme indiano no Festival de Mumbai; prêmio de sustentabilidade no Festival de Sydney; exibido no Festival de São Francisco, Visions du Réel (Suíça), Sheffield DocFest (Reino Unido), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Documentários de Munique.  

* “De Cabeça Erguida” (“Haut les Coeurs”, França, 2021, 15min) – Adrian Moyse Dullin

Kenza, de 15 anos, tem o costume de fazer bullying nas redes sociais com seu irmão mais novo, Mahdi, 13 anos. Durante uma excursão da escola, ela lhe faz um desafio: Mahdi deve fazer uma declaração de amor a Jada, a garota de quem ele é a fim. Mahdi está receoso, mas decide encarar a proposta da irmã

* “Entre Muros” (Brasil-BA, 2021, 15 min) – Gleison Mota 

Em suas férias escolar, José é levado por sua mãe para ajudar nas tarefas domésticas em um condomínio de luxo. Cercado pelos grandes muros, José quer brincar de bola na parte externa. 

* “Escute, A Terra Foi Rasgada” (Brasil-SP-DF, 2023, 88 min) – Cassandra Mello e Fred Rahal

Em agosto de 2021, frente ao avanço avassalador do garimpo em território indígena, durante o acampamento Luta pela Vida, em Brasília, lideranças dos povos Mebêngôkre (Kayapó), Munduruku e Yanomami se uniram para escrever uma carta-manifesto em repúdio à atividade garimpeira. Esse movimento se desenvolveu ao longo de 2022 em ações promovidas pelas lideranças desses povos em seus territórios, em mobilizações nas capitais e, ainda, fora do Brasil. O filme é um dos resultados dessa iniciativa.

* “Eskawata Kayawai (O Espírito da Transformação)” (Brasil-PR, 2023, 70 min) – Lara Jacoski e Patrick Belem

No coração da Floresta Amazônica brasileira, o povo originário Huni Kuin está experenciando o renascimento de sua identidade depois de décadas de escravidão e opressão, desde quando capturados nas florestas e proibidos de viver sua cultura. Foi apenas a partir do ano 2000 que os Huni Kuin da Terra Indígena Humaitá, começaram a se lembrar de quem eram ao se unirem a recordar de sua cultura e modo de vida ancestral e espiritual. Após mais de 20 anos de fortalecimento através da guiança do líder espiritual Ninawá Pai da Mata, as comunidades da Terra Indígena do Humaitá vivem hoje um ápice cultural.       

Vencedor dos prêmios de melhor documentário no Festival de Cinema Latino-americano do Texas e no Festival Outerbank da Carolina do Norte (ambos nos EUA).         

* “Favela do Papa” (Brasil-RJ, 2023, 76 min) – Marco Antonio Pereira

O movimento de resistência dos moradores da Favela do Vidigal contra a ordem de remoção, um capítulo importante da história do Rio de Janeiro na década de 1970. Através do resgate de imagens de época e entrevistas, o filme mostra a conjunção de entidades e personalidades na defesa da permanência dos moradores em seu território. O apoio da Igreja Católica, de juristas e do artista Sérgio Ricardo fizeram a diferença e a vitória foi coroada com a visita do Papa João Paulo II à favela em 1980. Esse episódio foi determinante para o fim da política de remoção em grande escala posta em prática pelos governos estaduais na década de 1960. O Vidigal viria a se tornar um paradigma de resistência, tendo sido exemplo de vitória popular depois de três anos de luta.

* “Fé pelo Clima” (Brasil, 2022, 65 min) – Pedro Carcereri

Aumento da temperatura do planeta, enchentes, secas, perda da biodiversidade. Esses e outros problemas são consequências da crise climática que tem tornado a vida, sobretudo das populações mais vulneráveis, mais difícil. Em “Fé pelo Clima” juventudes de todo o Brasil discutem a crise climática sob a perspectiva de suas espiritualidades e vivências na luta pela ação climática.

* “Filhos do Katrina” (“Katrina Babies”, EUA, 2021, 79 min) – Edward Buckles Jr.

Em 2005, o furacão Katrina não apenas destruiu grande parte da cidade de Nova Orleans, mas também mudou para sempre a vida de muitos jovens. O cineasta Edward Buckles Jr. tinha 13 anos quando isso aconteceu. Neste seu filme de estreia, ele dá voz aos que foram expulsos de suas casas e abandonados pelo governo da época.

Vencedor do prêmio de melhor documentário de diretor estreante no Festival de Tribeca; exibido no Festival de Zurique

* “Floresta, Um Jardim Que a Gente Cultiva” (Brasil-SP, 2023, 43min) – Mari Corrêa

O que a vida das cidades tem a ver com a vida dos indígenas? A luta por territórios é uma luta superada? É uma luta que não é nossa? É uma luta para voltar ao passado? O documentário contrapõe o olhar indígena ao da ciência ocidental e expõe como a colonização persevera no discurso ultrapassado sobre povos indígenas e natureza, escancarando as origens da implacável destruição da Amazônia.

* “Food, Inc. 2” (EUA, 2023, 94 min) – Robert Kenner e Melissa Robledo

Há 15 anos, o filme “Food, Inc.” alertou os sobre uma realidade preocupante: as suas refeições diárias têm profundas consequências éticas e ambientais. E, no entanto, como revela esta poderosa continuação, os senhores supremos das empresas e da alimentação apenas reforçaram o seu controle sobre as nossas quintas e lojas.

Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Telluride (EUA) e Docville (Bélgica).

* “Interior da Terra” (Brasil-RO/França, 2022, 18 min) – Bianca Dacosta

Como uma investigação desde o céu até às profundezas da floresta, o filme é uma viagem que conduz através dos estratos até o interior do solo, revelando camadas de história enterradas e apagadas. O curta demonstra questões políticas profundas através de um relato histórico e atual da destruição da Floresta Amazônica e dos seus povos originários, contado através da história do povo Mura.   

Exibido no Le Festival du Film sur l’Art (Canadá).

* “Kigalinha” (Brasil-SP, 2022, 20 min) – Gabriel Justo, Felipe Santana e Gabrielle Adabo

Uma galinha ciborgue vem do futuro com a missão de buscar ajuda para evitar as consequências do aquecimento global no planeta. No Rio de Janeiro, em 2019, Kigalinha encontra Chico, um jovem cheio de energia e com muito potencial.

* “Kunumi, O Raio Nativo” (Brasil-SP/Holanda, 2016, 13 min) – Mauro D’Addio

Na cerimônia de abertura da Copa do Mundo Fifa de 2014, um jovem garoto rompe com o protocolo e abre uma faixa pedindo a demarcação de terras indígenas: é Werá, ou MC Kunumi, escritor, compositor e cantor de rap.

* “Kwat e Jaí – Os Bebês Heróis do Xingu” (Brasil-DF, 2023, 20 min) – Clarice Cardell

Kwat e Jaí, os gêmeos Sol e Lua, vivem uma jornada em busca de sua mãe que foi engolida por uma sucuri. O impulso heróico dos personagens e a presença constante da mãe com suas canções de ninar levam os dois bebês a uma série de aventuras até o aconchego da comunidade. O roteiro é uma livre leitura que passeia pela cosmogonia do povo Kamayurá, a partir de estórias relatadas pela Pajé Mapulu. A força da mitologia está presente nos objetos mágicos da flauta Kuluta e o Banco do Urubu Rei e no encontro com os antepassados no Kwarup. Todos estes elementos são ilustrados por animações 2D misturados com as imagens em live-action captadas e interpretadas pela comunidade do Hiulaya do Alto Xingu que levarão as crianças de 0 a 5 anos a um universo particular e ancestral sendo embaladas pelas canções de ninar indígenas.

Vencedor da Mostra Pequenos Fantásticos no Cinefantasy – Festival de Cinema Fantástico (SP).

* “Mapear Mundos” (Brasil-SP, 2024, 72 min) – Mariana Lacerda

O documentário articula imagens de arquivos indigenistas com testemunhos atuais para rememorar os passos dados por organizações da sociedade civil, em um contexto de ditadura militar, pela garantia de direitos dos povos originários no Brasil, fornecendo as condições para a articulação do “capítulo dos índios” na Constituição Brasileira e as demarcações das Terras Indígenas.       

* “Maré Braba” (Brasil-CE-BA, 2023, 7 min) – Pâmela Peregrino

Ela, que conecta a todos pelas suas águas, observa e opera as mudanças decorrentes do aquecimento global. O povo à beira-mar é o primeiro a sentir suas agitações e mudanças de humor. Ela sabe que os humanos estão se movendo para frear essas mudanças. Assim como ela sabe, que repetem uma antiga saga: alguns poucos prevalecendo sobre o grande restante, aprofundam os problemas criados por eles mesmos.

* “Mborairapé” (Brasil-SP, 2023, 25 min) – Roney Freitas

RAP é um caminho da música. Jaraguá é Guarani.

Vencedor de menção honrosa no Curta Cinema – Festival de Curtas do Rio de Janeiro; Prêmio Canção da Ressignificação na Jornada de Estudos do Documentário (PE).

* “Memórias da Chuva” (Brasil-CE, 2023, 76 min) – Wolney Oliveira

A população de Jaguaribara, cidade do interior cearense, distante 162 km de Fortaleza, é obrigada a abandonar sua cidade para dar lugar a construção do Castanhão, açude que vai fornecer água para Fortaleza. A mudança trouxe mais perdas do que ganhos, da velha cidade só restou lembranças.        

Vencedor do prêmio de melhor edição e prêmio do público na Mostra Sob o Céu Nordestino no Fest Aruanda; exibido no Festival de Havana.

* “Meu Nome é Maalum” (Brasil-RJ, 8 min) – Luísa Copetti 

Maalum é uma menina negra brasileira que cresce em um lar rodeado de amor e de referências afrocentradas. Mas assim que chega à escola, todos riem do seu nome.

Exibido nos festivais de Monterrey (EUA), Busan Kids and Youth (Coreia do Sul), Festival de Brasília de Cinema Brasileiro e Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

* Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões (Brasil-PA, 2022, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

Na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, três mulheres munduruku integram o Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que divulga as denúncias dos indígenas para além das margens do rio Tapajós. O filme acompanha essas jovens durante a produção de um documentário sobre as ações de seu povo para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. Expulsar os invasores sempre foi arriscado, mas em tempos de governo Bolsonaro é ainda mais.

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema.

* “Mil Pinheiros” (“A Thousand Pines”, EUA, 2023, 74 min) – Sebastián Díaz Aguirre e Noam Osband

Raymundo Morales é um dos imigrantes que dependem do polêmico programa de visto de trabalhador convidado. É sua décima nona temporada trabalhando para a maior empresa de reflorestamento dos EUA. Quando começou, ele era solteiro e tinha poucas incumbências. Agora, porém, precisa equilibrar suas responsabilidades para com a esposa, os filhos e a mãe idosa com problemas cardíacos em Oaxaca, no México, e as necessidades e emergências da equipe de plantio. Vivendo apenas três meses do ano em casa, o trabalho de Raymundo é a salvação e o sofrimento da família.

Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Alameda (EUA); melhor filme de Fronteira no Festival San Diego Latino (EUA); exibido no Festival Indie Memphis (EUA).

* “Mitos Indígenas em Travessia (Brasil-SP, 2019, 22 min) – Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

Seis histórias indígenas dos tempos antigos das etnias Kuikuro (Aldeia Afukuri, Terra Índígena Parque do Xingu, Mato Grosso), Javaé (Aldeia São João, Terra Indígena Parque do Araguaia, Ilha do Bananal, Tocantins) e Kadiwéu (Aldeia São João, Terra Indígena Kadiwéu, Mato Grosso do Sul). As histórias são as seguintes: “A Ema”, “O Menino-Peixe”, “As Mulheres Sem Rosto”, “A Via Láctea”, “A Menina Cobra” e “O Urubu-Rei”.

* “Não Existe Almoço Grátis” (Brasil-DF, 2023, 74 min) – Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

Em Sol Nascente, considerada atualmente como a maior favela do Brasil, Socorro, Jurailde e Bizza lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Para a posse do terceiro mandato do presidente Lula, elas foram encarregadas de cozinhar para centenas de pessoas que chegariam a Brasília para assistir à cerimônia. Em meio a ameaças de golpe, o filme acompanha esta saga e traz entrevistas íntimas sobre suas vidas e a organização coletiva, revelando que o futuro se cozinha a muitas mãos.

Vencedor do prêmio do público de melhor longa-metragem na Mostra Ecofalante de Cinema; prêmio do público e menção honrosa do júri da Mostra Brasília no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

* “Nosso Terreiro” (Brasil-MA, 2023, 18 min) – Anna Rieper, Patrícia Medeiros, Ranyere Serra e Fernando Lucas Silva

Bumba-Boi, música e fé. No terreiro de Maracanã, caboclos e encantados brincantes em festa comemoram o dia de São João. O caboclo de pena e sua dança, e o cantador e suas toadas reverenciam as forças da natureza que abençoam a brincadeira. As vivências desses dois jovens nos apresentam as nuances de seu sincretismo religioso.  

Vencedor do prêmio do público da competição Territórios e Memória da Mostra Ecofalante de Cinema.

* “Nunca Pensei Que Seria Assim” (Brasil-MG, 2022, 11 min) – Meibe Rodrigues

Através de memórias do próprio passado, a artista Meibe Rodrigues propõe uma reflexão sobre negritude e escrevivência.

Vencedor dos prêmios de melhor filme no FALA Chico – Festival de São Francisco do Sul (SC) e no Primeiro Plano – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades.

* “O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft” (“The Fire Within: A Requiem for Katia and Maurice Krafft”, Reino Unido/Suíça/EUA/França, 2022, 84 min) – Werner Herzog

Maurice e Katia Krafft dedicaram suas vidas à exploração dos vulcões do mundo. Seu legado consiste em imagens inovadoras de erupções e suas consequências, compostas nesta colagem visual deslumbrante.

Vencedor dos prêmios de melhor filme e melhor produtor no festival DOC LA (EUA); melhor documentário no Festival Internacional de TV de Xangai; prêmio do público e prêmio especial do júri no Festival de Gijon (Espanha); exibido no Doclisboa (Portugal), Sheffield DocFest (Reino Unido), Festival de Viena, Festiva de Hong Kong e no Festival de Documentários Ji.hlava (República Tcheca).

* “O Menino Terra” (Brasil, 2020, 06 min) – Hygor Amorim

Um dos principais centros de conflitos pela terra no Brasil, ali estava a última grande reserva florestal de mata atlântica do interior do Estado de São Paulo. Foram mais de 100 anos de violência social e ambiental. O documentário “O Pontal do Paranapanema” conta essa história, desde o início da grilagem das terras, a chegada dos pioneiros, a exploração marcada pela formação das grandes fazendas, os impactos sociais e ambientais, até as ocupações pelo movimento dos sem terra, o começo da reforma agrária e as tentativas de buscar um desenvolvimento sustentável para a região. Depois de tanta devastação, algumas feridas começam a cicatrizar, mas o futuro ainda é incerto… uma história que se repete por todo o Brasil.

* “O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio” (Brasil-SP, 2023, 26 min) – Carlos Adriano

Cinepoema baseado no texto “Sobre o Conceito de História”, de Walter Benjamin. Realidades distantes se aproximam: imagens de povos indígenas brasileiros em 1917 e 1922 e em manifestações antifascistas de 2022; imagens da causa palestina em 1948 e em 2022; tiros contra o relógio disparados por revolucionários franceses em 1830 e flechas contra o relógio disparadas por indígenas brasileiros em 2000. 

Exibido no É Tudo Verdade e na Mostra de Tiradentes.

* “O Silêncio Elementar” (Brasil-MG, 2024, 15 min) – Mariana de Melo      

Em Minas Gerais, o cotidiano convive com a mineração. E cada metal escavado deixa suas marcas na terra e nas pessoas.

Exibido no Festival de Roterdã.

* “O Som que Vem de Dentro” (“Le Bruit de l’Intérieur”, França, 2021, 18 min) – Manon Klein

Para se proteger do mundo exterior que a invade, uma garota transexual e autista de oito anos vive no campo, longe do barulho. Neste ambiente preservado, ela construiu um universo poético e nos convida a entrar nele. Um retrato sensível de uma criança que transforma seu isolamento em um espaço de criação e descoberta

* “Onde a Floresta Acaba” (Brasil-SP, 2023, 15 min) – Otavio Cury

Após a morte brutal do jornalista britânico Dom Phillips na Amazônia brasileira, o cineasta Otavio Cury reflete sobre a perda do amigo, revisitando a primeira viagem que fizeram à Amazônia e os filmes que fizeram juntos.

Vencedor de menção honrosa no Festival de Cinema da Fronteira (RS); melhor curta pelo júri jovem no Panorama Internacional Coisa de Cinema (BA).   

* “Plastic Fantastic” (Alemanha, 2023, 102 min) – Isa Willinger

Sobre diferentes atores que lidam com a produção de plástico, por um lado, e com a sua eliminação, por outro. Torna-se claro que todos vivemos num sistema interligado.

Exibido nos festivais CPH:DOX (Dinamarca), Dokufest (Kosovo) e no Festival de Documentários de Munique.  

* “Ramona” (República Dominicana, 2023, 82 min) – Victoria Linares Villegas

Confundindo as fronteiras entre ficção e não-ficção, o filme acompanha uma jovem atriz que se prepara para assumir o papel de uma adolescente grávida que mora na periferia de Santo Domingo. Insegura no papel, ela começa a entrevistar jovens mães sobre gravidez e maternidade. Ao longo desse processo, à medida que as meninas apresentam a história de suas vidas para a câmera e compartilham sua visão de como ‘Ramona’ deveria ser, elas mesmas passam a influenciar a produção do filme, alterando seu rumo.     

* “Rejeito” (Brasil-SP/EUA, 2023, 75 min) – Pedro de Filippis

Após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. Uma conselheira ambiental do Estado confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas. 

Vencedor do prêmio de melhor longa-metragem da competição Territórios e Memória da Mostra Ecofalante de Cinema; melhor direção no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (GO); prêmio da juventude no CineEco (Portugal); menção especial no Festival Indie Memphis (EUA); exibido no IDFA-Amsterdã, Cinéma du Réel (França), Hot Docs (Canadá) e no Festival de Camden (EUA).

* “Samuel e a Luz” (Brasil-SP/França, 2023, 70 min) – Vinícius Girnys

Samuel vive em Ponta Negra, um vilarejo de pescadores na costa de Paraty (RJ). A princípio, o cotidiano idílico seguindo o ritmo da natureza e o desenvolvimento da identidade do garoto dão o tom do filme. Acompanhamos Samuel e sua família por seis anos. Aos poucos, surge uma realidade mais complexa e suas contradições, entre modernidade e tradição, natureza e tecnologia. A chegada da eletricidade e do turismo na comunidade cristaliza a desconstrução de um paraíso idealizado, esboçando o retrato de um Brasil contemporâneo.  

Vencedor do prêmio de melhor documentário e Prêmio Feisal no Festival de Guadalajara; melhor documentário na Mostra Internacional de São Paulo; menção especial no Festival de Chiloé (Chile); menção honrosa na Mostra de Gostoso; exibido no Visions du Réel (Suíça), Hot Docs (Canadá), Festival de Cartagena, Porto/Post/Doc (Portugal), Festival de Dublin (Irlanda), Cinélatino. Rencontres de Toulouse (França) e no Movies That Matter (Holanda).  

* “Sekhdese” (Brasil-PE, 2023, 86 min) – Graciela Guarani e Alice Gouveia

Filme estruturado em depoimentos gravados entre 2018 e 2023 durante expedições por aldeias indígenas pernambucanas e registros de manifestações na cidade de Brasília. Sekhdese significa sabedoria, em Yathê, na língua Fulni-ô, de Pernambuco. Sabedoria desvelada nos relatos de mulheres, que revelam um precioso empoderamento feminino, e expõem as lutas pela terra, a cultura, o meio ambiente, e o etnocídio do qual são vítimas, pelas investidas das igrejas neopentecostais.

* “Sertão, América” (Brasil-PI, 2023, 19 min) – Marcela Ilha Bordin

Um registro do processo de fabricação do Parque Nacional da Serra da Capivara, unidade de conservação no sertão do Piauí, onde desenhos rupestres desafiam a teoria corrente de como o homem entrou na América.

* “Silvícola” (“Silvicola”, Canadá, 2023, 80 min) – Jean-Philippe Marquis

Existem árvores que existem há milhares de anos no noroeste Pacífico do Canadá. Estas florestas antigas têm um valor inestimável do ponto de vista económico, cultural e ambiental, mas a sua existência está em perigo. 

Exibido no DocVille (Bélgica), Hot Docs, Festival de Documentários de Montreal e no DOXA (os três últimos no Canadá).

* “Sobre Amizades e Bicicletas” (Brasil-PR, 2022, 12 min) – Julia Vidal

A história de Thiago, que inicialmente não pretendia participar de uma corrida de bicicletas devido à sua condição física. No entanto, tudo muda quando conhece Cecília, uma menina com deficiência visual, e juntos aprendem a andar de bicicleta e a valorizar a amizade.

* “Solo Comum” (“Common Ground”, EUA, 2023, 95 min) – Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell

A solução dos agricultores regenerativos para trazer a saúde do solo em todo o continente e além.

Vencedor do prêmio Human/Nature no Festival de Tribeca; prêmio do público no Festival de Palm Springs; exibido nos festivais de Vancouver e Mill Valley (EUA).

* “Tapajós Ameaçado” (Brasil-SP, 2021, 24 min) – Thomaz Pedro

O filme acompanha 25 lideranças indígenas da região do baixo e médio Tapajós para apresentar as suas perspectivas em relação a uma série de megaprojetos que estão sendo planejados para a região, tais como ferrovias, hidrovias, agronegócio, mineração e outros.

* “Teo, o Menino Azul” (Brasil-SP, 2023, 11 min) – Hygor Beltrão Amorim

Teo é um menino inconformado com os problemas do mundo e com o egoísmo da humanidade. Após um sonho, Teo tem uma ideia fantástica de como resolver esses desafios e trazer a paz ao mundo.

* “Um Tempo para Mim” (Brasil-RS, 2022, 21 min) – Paola Mallmann

Florência fica menstruada pela primeira vez no mesmo dia em que ocorre um eclipse da Lua. Ela é criada pela avó e segue a rotina e os costumes de sua tradição do povo indígena Mbya-Guarani. Recolhida do convívio social, Florência vive uma transformação.

* “Vão das Almas” (Brasil-DF, 2023, 15 min) – Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape

No Quilombo Kalunga, a profecia da Matinta corta o vilarejo-fantasma do Vão de Almas como uma corrente de ar gelado: “Existem vários tipos de Saci. Pererê é aquele menorzinho, que prega peça. Saçurá faz maldade…”

Vencedor do prêmio de melhor filme e melhor direção no Festival de Triunfo; melhor curta de ficção no Festival de Trancoso, melhor direção no Griot – Festival de Cinema Negro Contemporâneo (PR); melhor filme nacional no Morce-GO Vermelho (GO); menção honrosa no Festival Cine Favela de Cinema (SP); menção especial no Mórbido Fest (México); melhor curta e melhor direção pelo júri ACCRJ no Rio Fantastik Festival; melhor filme da Mostra Curta Macabra, melhor atriz e melhor fotografia no Curta Canedo (GO).

* “Vellozia” (Brasil-GO, 2023, 13 min) – Pedro de Castro Guimarães 

Animação que relata as aventuras de Vellozia, Ana e Miro na luta contra os desafios do aquecimento global, encantou os coletores e as crianças presentes. 

“Vida sobre as Águas” (Brasil, 2023, 31 min) – Danielle Khoury Gregorio, Marcio Isensee e Sá

Das casas sobre palafitas às moradias flutuantes, o documentário destaca a arquitetura única das comunidades ribeirinhas da Amazônia, e as adaptações engenhosas para lidar com as paisagens inundadas das planícies fluviais amazônicas brasileiras, desafiadoras e em constante transformação. O filme revela as técnicas de construção coletiva que materializam uma arquitetura territorialmente integrada, construída em harmonia com o ambiente da Bacia Amazônica e profundamente enraizada no rico patrimônio da região.

* “Você Vai Me Esquecer?” (“¿Me Olvidarás?”, México, 2023, 12 min) – Sofía Landgrave Barbosa

Uma pergunta sobre a passagem do tempo que transforma os lugares, converte o presente em memórias e as memórias em esquecimento. Ainda assim, restam vestígios impregnados no espaço e no tempo que, como fantasmas, rondam e se fazem sentir entre os habitantes de Puerto Maldonado, cidade nos limites da selva amazônica do Peru.    

Vencedor de menção honrosa do júri para curta-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema; exibido no Festival UNAM e no Festival de Morélia (ambos no México).

* “Yakari, Uma Jornada Fantástica” (“Yakari: La Grande Aventure”, Bélgica/França/Alemanha, 2020, 82 min) – Xavier Giacometti e Toby Genkel

Enquanto sua tribo se prepara para migrar, Yakari, criança indígena da tribo Sioux, parte em uma jornada fantástica. Ele quer encontrar e montar Mini-Trovão, um cavalo mustang conhecido por ser indomável. Ao longo do caminho, o garoto receberá da Grande Águia um presente incrível: o poder de falar com os animais. Sozinho pela primeira vez, nessa aventura ele irá conhecer melhor o território e interagir com as criaturas que nele habitam.