30 de julho de 2020

9ª Mostra Ecofalante: Conheça os filmes do Panorama Internacional Contemporâneo

O Panorama Internacional Contemporâneo é o programa da Mostra Ecofalante que a cada edição traz os mais novos filmes dos principais festivais de cinema e documentário do mundo. Na 9ª Mostra Ecofalante, o programa terá 31 produções, sendo 16 inéditas no Brasil, contando com representantes de 16 países.

Dentro do Panorama, nossa curadoria organiza os filmes em eixos a partir de suas temáticas em comum. Esses eixos, além de facilitarem a orientação do público, serão pautas de debates com convidados durante a Mostra. Nesta edição, a programação estará dividida em 7 temáticas: Ativismo, Consumo, Economia, Emergência Climática, Povos&Lugares, Tecnologia e Trabalho.

‘Ativismo’ é representado por cinco filmes. “Dolores” (EUA), de Peter Bratt, ganhou repercussão no Festival de Sundance e premiações em São Francisco e Seattle ao focalizar Dolores Huerta, líder trabalhista e uma das mais importantes ativistas dos direitos civis da história dos Estados Unidos.  Apresentado no Festival de Berlim, “Patrimônio” (México/EUA) conta com direção da duplamente laureada com os Emmy Awards Lisa F. Jackson, aqui em parceria com Sarah Teale, e retrata a luta de uma pequena comunidade na costa pacífica mexicana contra um mega-empreendimento norte-americano. Inédito no Brasil, o emocionante “Sufocado” (Bélgica) acompanha a busca de seu diretor, Daniel Lambo, para descobrir a verdade sobre a perigosa indústria do amianto, que vitimou seu pai e muitos outros em sua aldeia na região de Flandres. A produção australiana “Triste Oceano”, de Karina Holden, foi destaque no reputado festival socioambiental Planet in Focus, do Canadá, ao alertar que metade de toda a vida marinha foi perdida nos últimos 40 anos e que em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos mares. “Vulcão de Lama” (EUA), co-dirigido pela vencedora do Oscar de documentário curto em 2008 Cynthia Wade em parceria com Sasha Friedlander, tem seu foco em uma jovem ativista em busca de justiça, que era criança quando atividades de extração de gás de xisto provocaram um tsunami de lama em ebulição que soterrou vilarejos de uma área industrial e residencial na Indonésia, desalojando mais de 60 mil pessoas. 

“Patrimônio”, de Lisa F. Jackson e Sarah Teale

Sob o tema ‘consumo’, o Panorama Internacional Contemporâneo programou quatro longas-metragens. Inédito no Brasil, o canadense “Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis, alerta que o crescimento acelerado da indústria multi-bilionária de cosméticos tem um custo elevado e generalizada corrupção. Já “O Custo do Vício Digital” (EUA, de Sue Williams) aponta para o lado sombrio da indústria de smartphones, tablets e laptops, desde as funestas condições de trabalho na China às famílias infectadas nos Estados Unidos. O alemão “O Fim da Carne”, de Marc Pierschel, embarca em uma jornada para descobrir que efeito um mundo pós-carne teria no meio ambiente, nos animais e em nós mesmos. E a produção canadense “Superalimentos”, de Ann Shin, explora os fatos e mitos por trás dos superalimentos, propagandeados por suas propriedades nutricionais extraordinárias.

“Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis

No eixo temático ‘economia’ estão incluídos seis títulos. A coprodução EUA/Canadá “Golpe Corporativo”, esteve nos principais festivais de documentários (como IDFA-Amsterdã e Hot Docs) narra a história por trás do “golpe corporativo” que se deu muito antes das últimas eleições que levaram Donald Trump à presidência norte-americana. Seu diretor, Fred Peabody, venceu em 1989 o Emmy Awards. Coprodução entre a Espanha e a França, “O Custo do Transporte Global”, dirigido pelo vencedor de mais de 30 prêmios internacionais Denis Delestrac, é uma audaciosa investigação sobre o funcionamento e a regulamentação da indústria de transporte oceânico – que movimenta 90% dos bens que consumimos -, assim como os impactos socioambientais ocultos. Dirigido por Mathieu Roy como um misto de cinéma vérité e ensaio audiovisual, “Os Despossuídos” (Canadá/Suíça) promove uma jornada impressionista que nos revela, em uma era de agricultura industrializada, a luta diária da classe camponesa faminta. Já o francês “Os Senhores da Água”, dirigido por Jérôme Fritel e inédito em nosso país, discute a cada vez mais explosiva demanda por água e o novo mercado em torno desse bem, com bancos, fundos de investimento e fundos de hedge investindo bilhões de euros. Realização sueca, “Push: Ordem de Despejo”, de Fredrik Gertten, discute como os preços das casas estão subindo rapidamente nas cidades ao redor do mundo, enquanto os rendimentos não acompanham esse aumento. O filme acompanha Leilani Farha, relatora especial da ONU sobre habitações adequadas, enquanto viaja pelo mundo, tentando entender quem está sendo expulso da cidade e por quê.  Também inédito no país, e indicado oficial da Grécia ao Oscar de melhor filme internacional, “Tomates, Molho e Wagner”, segundo a diretora Marianna Economou, mostra o que acontece quando tomates orgânicos encontram a música de Wagner e uma energia incrível invade os arredores de uma pequena vila, até então condenada ao desaparecimento. 

“Push: Ordem de Despejo”, de Fredrik Gertten

‘Emergência climática’ é eixo temático integrado por quatro longas. “A Era das Consequências” (EUA) investiga, pelas lentes da Segurança Nacional norte-americana, os impactos das mudanças climáticas em conflitos ao redor do mundo, revelando como a escassez de água e alimentos, a seca, as condições climáticas extremas e a elevação do nível do mar funcionam como “catalisadores de conflitos”. O filme é assinado por Jared P. Scott, mesmo diretor de “A Grande Muralha Verde”, documentário produzido por Fernando Meirelles. Obra do diretor indicado aos Emmy Awards Zach Toombs, “A Nova Era do Petróleo” (EUA) traz jornalistas investigativos, cientistas e cidadãos analisando as conseqüências de um novo boom norte-americano de combustíveis fósseis. Produção francesa inédita no Brasil que rodou inúmeros festivais pelo mundo, com direção de Jean-Robert Viallet, “Breakpoint: Uma Outra História do Progresso” analisa 200 anos de desenvolvimento para fornecer uma visão alternativa de nossa história do progresso. Em “O Mês Mais Quente” (EUA/Canadá), obra inédita no Brasil, a diretora Brett Story aponta sua lente observacional para a cidade de Nova York e seus arredores durante o mês de agosto de 2017, permitindo que moradores reflitam sobre o futuro à luz do governo Trump e de demonstrações de supremacistas brancos enquanto incêndios e furacões se abatem nas duas costas do país.

“O Mês Mais Quente”, de Brett Story

‘Povos&Lugares’ é tradicional eixo temático da Mostra Ecofalante de Cinema que em 2020 traz quatro longas-metragens. “A Baleia de Lorino” é média-metragem polonês inédito no Brasil com direção de Maciej Cuske que se passa numa região remota do extremo nordeste da Sibéria onde as baleias ameaçadas de extinção ainda são caçadas, não apenas por uma questão de tradição, mas também por necessidade. Também inédito nas telas brasileiras, o iraniano “Exodus” é dirigido por Bahman Kiarostami (filho do cineasta Abbas Kiarostami) e tem a canção homônima de Bob Marley na trilha sonora. O filme observa um centro de migração em Teerã, onde passam milhares de imigrantes ilegais que saem do país. Tendo merecido première internacional no Festival de Berlim, a produção belga “Ma’Ohi Nui”, de Annick Ghijzelings, oferece um vislumbre poético do Taiti contemporâneo e das lutas coloniais que seu povo ainda enfrenta, enquanto resistem para sustentar seu modo de vida. Já “Memórias do Oriente” (Finlândia), de Niklas Kullström e Marti Kaartinen, é um surpreendente filme de viagem no Extremo Oriente, na Mongólia e no Japão atuais. Eleito como melhor documentário no Festival de Monterrey, ele recupera a história das viagens do linguista e diplomata finlandês G. J. Ramstedt ao velho mundo das crenças e tradições do final do século 19, um mundo hoje substituído por ideologias e pela economia de mercado. 

“A Baleia de Lorino”, de Maciej Cuske

O eixo temático ‘tecnologia’ do Panorama Internacional Contemporâneo reúne quatro obras sobre o assunto. “Bebês do Futuro” (Áustria), de Maria Arlamovsky, mostra como o que começou como uma tentativa de ajudar casais inférteis a terem filhos é hoje um lucrativo negócio de ‘bebês industrializados’. O filme, exibido nos festivais Hot Docs (Canadá) e Dok Leipzig (Alemanha), nos leva a pacientes, pesquisadores, doadores de óvulos, mães de aluguel, clínicas e laboratórios, e nos faz perguntar: quão longe queremos ir? Já “Jawline: Ascensão e Queda de Austyn Tester” (EUA), de Liza Mandelup, segue uma estrela de 16 anos em ascensão no ecossistema de transmissão ao vivo via internet que construiu sua base de seguidores com otimismo e desejo de meninas adolescentes, enquanto ele próprio tenta escapar de uma vida sem saída na zona rural do Tennessee. Inédito no Brasil, o longa foi selecionado no IDFA-Amsterdã e foi premiado no Festival de Sundance. “O Futuro do Trabalho e da Morte”, produção do Reino Unido exibida no prestigioso Festival de Roterdã, tem direção de Sean Blacknell e Wayne Walsh e explora os impactos que a tecnologia do futuro pode vir a ter sobre duas características intrínsecas à experiência humana: o trabalho e a morte. O longa alemão “Olá, IA”, de Isa Willinger, é outro inédito no Brasil, tendo passado nos festivais IDFA-Amsterdã, Visions du Réel e Hot Docs. Focaliza a evolução da robótica e como os humanos estão se tornando cada vez mais expostos à inteligência artificial em suas vidas diárias. 

“Jawline: Ascensão e Queda de Austyn Tester”, de Liza Mandelup

O eixo temático ‘trabalho’ apresenta quatro filmes (dois longas-metragens e dois médias-metragens), todos inéditos no Brasil. O francês “Botando pra Quebrar”, de Lech Kowalski, foi exibido no Festival de Cannes e acompanha os fatos que se sucederam quando uma fábrica de autopeças, prestes a fechar sem oferecer qualquer solução aos seus 277 funcionários, e estes ameaçaram explodir as instalações da empresa. “Indústria Russa” (República Tcheca), de Petr Horky, é uma sátira espirituosa que vê uma fábrica de automóveis e uma das maiores empresas estatais russa como um microcosmo da sociedade daquele país. Dirigido por Cosima Dannoritzer (de “A Tragédia do Lixo Eletrônico”, exibido na Mostra Ecofalante de Cinema), “Ladrões do Tempo” é uma coprodução Espanha/França que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte cobiçada. A obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida cotidiana. Selecionado para o festival Hot Docs e premiado em eventos internacionais, o longa sul-africano “Ouro da Morte”, de Catherine Meyburgh e Richard Pakleppa, retrata como comunidades de mineração da África do Sul enfrentam grave pobreza e a maior epidemia mundial de silicose e tuberculose causada pela exposição ao pó de sílica. O verdadeiro custo da riqueza daquele país é revelado pela justaposição das histórias atuais dos garimpeiros com material de arquivo como documentários industriais e filmes de propaganda. 

“Ladrões do Tempo”, de Cosima Dannoritzer

Uma apresentação do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo – por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa – e da Ecofalante, a Mostra Ecofalante de Cinema é viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura e do Programa de Apoio à Cultura (ProAC). Tem patrocínio do Mercado Livre, Spcine e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e apoio da White Martins, Kimberly Clark e Pepsico. É uma produção da Doc & Outras Coisas e co-produção da Química Cultural. A realização é da Ecofalante, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Ministério do Turismo e do Governo Federal.

Confira abaixo a lista completa dos filmes do Panorama Internacional Contemporâneo!

ATIVISMO

Dolores (EUA, 2017, 95′)
Direção: Peter Bratt
Dolores Huerta é uma das mais importantes, embora pouco conhecidas, ativistas da história dos Estados Unidos. Co-fundadora da Farm Workers Union, contribuiu enormemente para a luta por direitos trabalhistas, igualdade racial e paridade de gênero, tornando-se uma das mais notórias feministas do século XX. O filme conta a história de uma vida dedicada à mudança social.
* obra conta com produção executiva do músico Carlos Santana
* vencedor do prêmio do público de melhor documentário no Festival de São Francisco e o prêmio de melhor documentário no Festival de Seattle
* exibido nos festivais de Sundance e Hot Docs 
site oficial: https://www.doloresthemovie.com/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=fj61yOqZYe8

Patrimônio (México/EUA, 2017/2018, 85′)
Direção: Lisa F. Jackson, Sarah Teale
O documentário retrata a luta de 3 anos de uma pequena comunidade na costa pacífica mexicana contra um mega-empreendimento norte-americano. O projeto imobiliário, tido como “sustentável” e “holístico”, ameaça o acesso da comunidade de pescadores a escassa água, à costa, ao seu patrimônio.
* inédito no Brasil
* exibido no Festival de Berlim e no San Francisco Green Film Festival
* a diretora Lisa F. Jackson já venceu dois Emmy Awards e um prêmio do júri no festival de Sundance.
site oficial:
http://www.patrimoniofilm.com/
Trailer: https://youtu.be/IXdIFEA2xOE 

Sufocado (Bélgica, 2018, 77’)
Direção: Daniel Lambo
Após a morte de seu pai e muitos outros em sua aldeia na Flandres, o diretor Daniel Lambo embarca em uma emocionante busca para descobrir a verdade sobre a perigosa indústria do amianto. Sua pesquisa a leva ao maior aterro ao ar livre de amianto da Índia e revela uma indústria impiedosa que continua a pôr em risco a vida dos trabalhadores e consumidores até os dias de hoje.
* inédito no Brasil
* vencedor do Flemish Film Award de melhor documentário, de menção especial de longa-metragem documentário ambiental no Festival Life After Oil, do Grande Prêmio Fethi Kayaalp no BIFED – Festival Internacional de Filmes Ecológicos de Bozcaada 
* exibido no Festival de Bruxelas e no Ekotopfilm-Envirofilm
site oficial:
http://www.lambofilms.com/productions/breathless
Trailer: https://youtu.be/D-xMtzGI0Kg

Triste Oceano (Austrália, 2017, 76′)
Direção: Karina Holden
Metade da toda a vida marinha foi perdida nos últimos 40 anos. Em 2050, haverá mais plástico do que peixes nos mares. Diferente do que imaginamos nos últimos séculos, o oceano não é um lugar de recursos ilimitados, imune à mudança e ao declínio. Através de entrevistas com apaixonados ativistas, o filme desvela a história das mudanças em nosso oceano para defender a necessidade de preservá-lo.
* exibido nos festivais de Sydney, Melbourne, Brisbane, Planet in Focus e NZ International 
* vencedor do prêmio de melhor fotografia de  documentário nos AACTA Awards
site oficial: https://bluethefilm.org/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=-kBpDewB7Xo

Vulcão de Lama: A Luta Contra a Injustiça (EUA, 2018, 80’)
Direção: Cynthia Wade & Sasha Friedlander
Um tsunami de lama em ebulição soterra 16 vilarejos de uma área industrial e residencial de Java Oriental, na Indonésia, desalojando mais de 60 mil pessoas. Dezenas de fábricas, escolas e mesquitas ficam submersas sob uma paisagem de lama rachada. Cientistas afirmam que a tragédia se deveu às atividades de fracking (extração de gás de xisto), que acidentalmente atingiram um vulcão de lama subterrâneo. Dian, na época ainda criança, é hoje uma jovem ativista que mobiliza seus vizinhos na luta por justiça, questionando o papel do poder e dinheiro de grandes corporações.
* a codiretora Cynthia Wade já venceu o Oscar de melhor curta documental em 2008 e foi indicada na mesma categoria em 2013, tendo conquistado mais de 40 prêmios em festivais internacionais.
* o filme estreou no festival Hot Docs e conquistou dois prêmios no Seoul Eco Film Festival
site oficial: https://www.gritdocumentary.com/
Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=0DX5PYlSG_s

CONSUMO

Beleza Tóxica (Canadá, 2019, 90’)
Direção: Phyllis Ellis
Para muitos de nós, faz parte de uma rotina: os cuidados com higiene e os produtos que usamos diariamente nos colocam em contato com centenas de substâncias químicas. As companhias multi-bilionárias da indústria cosmética nos asseguram que não há razão para se preocupar, no entanto, uma ação judicial coletiva histórica contra a Johnson & Johnson e seu talco para bebês afirma que a multinacional sabia dos ingredientes cancerígenos mas nada fez. Beleza Tóxica é um documentário contundente sobre a falta de regulação da indústria cosmética e sobre o verdadeiro custo da beleza.
* inédito no Brasil
* exibido nos festivais Hot Docs, Raindance Film Festival, Calgary e DOXA
* venceu o prêmio de melhor documentário canadense no Festival de Calgary 
site oficial: https://www.toxicbeautydoc.com/the-film
Trailer: https://youtu.be/V3qZYsnGptg

O Custo do Vício Digital (EUA, 2016, 74′)
Direção: Sue Williams
Consumidores amam – e não podem viver sem – seus smartphones, tablets e laptops. Uma miríade de novos dispositivos inunda o mercado prometendo ainda mais comunicação, entretenimento 24h por dia e informação instantânea. Mas essa revolução tem seu lado sombrio. De funestas condições de trabalho na China a famílias intoxicadas em NY e aos corredores ultra-tecnológicos do Vale do Silício, o filme revela como até o menor aparelho eletrônico carrega custos fatais para o meio-ambiente e para nossa saúde.
* o filme recebeu menção honrosa no Sheffield DocFest
* a diretora já venceu, entre muitos prêmios, o Cine Golden Eagle, Chris Awards e dois Edgar Dale Awards por melhor roteiro
site oficial: https://deathbydesignfilm.com/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=eLdUW0iR2lw

O Fim da Carne (Alemanha, 2017, 94’)
Direção: Marc Pierschel
O cineasta e ativista dos direitos animais Marc Pierschel embarca em uma jornada para descobrir que efeito um mundo pós-carne teria no meio ambiente, nos animais e em nós mesmos. Ele conhece Esther, o Porco Maravilha, que se tornou um fenômeno da Internet; conversa com pioneiros que lideram a revolução vegana na Alemanha; visita a primeira cidade totalmente vegetariana da Índia; testemunha a alegria de animais de fazenda recém-resgatados; observa os futuros inovadores em alimentos que produzem carne e laticínios sem os animais, colhendo “bacon” do oceano e muito mais. 
* exibido nos festivais de Santa Barbara e Raindance
site oficial: http://www.theendofmeat.com/en/
Trailer: https://youtu.be/BZ84lpwcM90 

Superalimentos (Canadá, 2018, 70’)
Direção: Ann Shin
Todos os anos um novo “superalimento”, com propriedades nutricionais extraordinárias, é apresentado ao ocidente. Este filme explora os fatos e mitos por trás dos superalimentos. Revela o efeito cascata dessa indústria nas famílias de agricultores e pescadores mundo afora, explorando paisagens e povos da Bolívia, Etiópia e do arquipélago de Haida Gwaii, no Canadá. Divulga ainda os grandes problemas gerados pela globalização dos superalimentos, incluindo efeitos imprevistos na saúde, segurança alimentar, agricultura sustentável e nas práticas de comércio justo.
* exibido nos festivais Planet in Focus e One Earth
* a diretora já foi indicada ao News and Documentary Emmy Award em 2017
site oficial: https://thesuperfoodchain.com/
Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=oDDwjyh0kPM

ECONOMIA

Golpe Corporativo (Canadá/EUA, 2018, 90’)
Direção: Fred Peabody
“Donald Trump não é a doença, é o sintoma.” Este filme narra a história por trás do “golpe corporativo” que se deu muito antes das últimas eleições. Tal golpe seria a origem de muitos dos problemas na democracia atual, controlada por lobistas e pelo corporativismo. Acompanhamos as consequências desastrosas para os mais vulneráveis da sociedade, incluindo residentes das chamadas “zonas de sacrifício”, como o Cinturão da Ferrugem nos EUA, onde a indústria do aço já foi muito próspera, mas que hoje sofre com o fechamento de fábricas e a terceirização. O filme capta ainda histórias devastadoras dos moradores de Camden, na Nova Jersey, que vêm sofrendo os efeitos de ideologias e políticas neoliberais, globalistas e corporativistas.
* exibido nos festivais IDFA-Amsterdã e Hot Docs
* o diretor já venceu os Emmy Awards em 1989
site oficial: https://www.whitepinepictures.com/the-corporate-coup-dtat
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=bs64vTv1cy0

O Custo do Transporte Global (Espanha/França, 2016, 83′)
Direção: Denis Delestrac
Noventa por cento dos bens que consumimos são fabricados em terras distantes e trazidos até nós por navios. O filme é uma audaciosa investigação sobre o funcionamento e a regulamentação dessa indústria, assim como os impactos socioambientais ocultos.
* exibido nos festivais San Francisco Green Film Fest, DocsBarcelona, Sheffield Doc/Fest e FICMA
* o diretor já conquistou mais de 30 prêmios internacionais e se tornou membro da European Film Academy em 2017
site oficial: https://www.freightened.com/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=lFdBEwYvJEs

Os Despossuídos (Canadá/ Suíça, 2017, 81’)
Direção: Mathieu Roy
Uma jornada impressionista que nos revela a luta diária da classe camponesa faminta. Em nossa era de agricultura industrializada, os produtores de alimentos recebem menos do que em qualquer outra profissão. O filme – parte cinéma vérité, parte ensaio – examina os mecanismos pelos quais pequenos agricultores entram num ciclo de desespero, endividamento e desapropriação. Filmado na Índia, Congo, Malawi, Suíça, Brasil e Canadá, com cenas magníficas e entrevistas cativantes, a obra acompanha ainda o êxodo rural de camponeses que deixam suas terras para trabalhar em canteiros de obras em megalópoles distópicas.
* exibido nos festivais Visions du Réel, Solothurner Filmtage, RIDM Rencontres Internationales du Documentaire de Montréal e Jihlava International Documentary Film Festival
site oficial: http://www.goldeneggproduction.ch/portfolio-item/the-dispossessed/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ptunPyUeRBs

Os Senhores da Água (França, 2019, 88’)
Direção: Jérôme Fritel
A chamam de ‘ouro azul’. Em todo o mundo, a demanda por água está explodindo. Até 2050, pelo menos um em cada quatro viverá em um país que sofre com a escassez de água – criando condições ideais para um novo mercado… Bancos e fundos de investimento estão correndo para investir bilhões de euros em qualquer coisa relacionada a água. Um novo monopólio já se criou. A financeirização da água é uma batalha que ocorre em muitas frentes: ideológica, política, ambiental e, é claro, econômica.
* inédito no Brasil
* exibido no Seoul Eco Film Festival e no IDFA-Amsterdã
* vencedor do prêmio Coup de Cœur do no Festival du Film Vert (Suíça)
* o diretor conquistou o prêmio Les Lauriers de la Radio et de la Télévision em 2012
site oficial: https://javafilms.fr/film/lords-of-water/
Trailer: https://youtu.be/LNruPCL5KJY 

Push: Ordem de Despejo (Suécia, 2019, 92’)
Direção: Fredrik Gertten
Os preços das casas estão disparando nas cidades ao redor do mundo. A renda do cidadão comum, não. Push: Ordem de Despejo lança luz sobre um novo tipo de proprietário sem rosto, sobre nossas cidades cada vez mais inabitáveis e uma crise crescente que afeta todos nós.  O filme acompanha Leilani Farha, relatora especial da ONU sobre o Direito à Moradia, enquanto viaja pelo mundo, tentando entender quem está sendo expulso das cidades e por quê. “Eu acredito que há uma enorme diferença entre a habitação como uma mercadoria e o ouro como uma mercadoria. O ouro não é um direito humano; a habitação, sim ”, diz Leilani.
* inédito no Brasil
* o filme conquistou premiações nos festivais CPH:DOX, DocsBarcelona, DocsMX e San Francisco Green Film Festival, entre outros
* exibido nos festivais Hot Docs, IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest e DOK.Fest
* o diretor conquistou o título de Honorary Doctor na Malmö University’s Faculty of Culture and Society por seu trabalho como documentarista.
site oficial: http://www.pushthefilm.com/
Trailer: https://youtu.be/_j0SCmivOGg

Tomates, Molho e Wagner (Grécia, 2019, 72’)
Direção: Marianna Economou
Selecionado para representar a Grécia no Oscar, Tomates, Molho e Wagner conta a história de dois primos gregos e de seu plano engenhoso: com a ajuda de cinco mulheres de um pequeno povoado rural, pretendem invadir o mercado mundial com seus tomates orgânicos para sobreviver à austeridade e revitalizar o comércio de seu pequeno vilarejo grego.
* inédito no Brasil
* indicado oficialmente pela Grécia ao Oscar de melhor filme estrangeiro
* vencedor do prêmio do público no Festival de Heartland 
* exibido nos festivais Visions du Réel e Sarajevo
site oficial: https://www.facebook.com/whentomatoesmetwagner/
Trailer: https://youtu.be/daiuEmvMPZ8 

EMERGÊNCIA CLIMÁTICA 

A Era das Consequências (EUA, 2017, 81’)
Direção: Jared P. Scott
Uma investigação sobre os impactos das mudanças climáticas em conflitos ao redor do mundo, pelas lentes da Segurança Nacional dos EUA. O filme revela como a escassez de água e alimentos, a seca, as condições climáticas extremas e a elevação do nível do mar funcionam como “catalisadores de conflitos”. Oficiais militares fazem análises para além das manchetes das crises de refugiados, da Primavera Árabe, dos conflitos na Síria e até mesmo do surgimento de grupos radicais como o Estado Islâmico, e revelam como os fenômenos decorrentes das mudanças climáticas interagem com as tensões sociais.
* o filme já foi indicado para o News & Documentary Emmy Awards e conquistou dois prêmios em 2017 no Waimea Ocean Film Festival 
* o diretor assina “A Grande Muralha Verde”, exibido no Especial Semana do Meio Ambiente da Mostra Ecofalante. Ele já foi premiado em diversos festivais, entre eles o Sundance
site oficial: http://theageofconsequences.com/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=L_MssN2AwOA

A Nova Era do Petróleo (EUA, 2018, 80’)
Direção: Zach Toombs
Jornalistas investigativos, cientistas e cidadãos traçam as conseqüências de um novo boom norte-americano de combustíveis fósseis. Desde os campos de petróleo do oeste do Texas até o tráfego de navios-tanque que rebentam o Canal do Panamá até uma revolução energética na Ásia, o filme mergulha nos impactos globais da energia norte-americana nos lucros, na saúde pública e nas mudanças climáticas.
* inédito do Brasil
* exibido no Environmental Film Festival in the Nation’s Capital (Washington) e Wild and Scenic Film Festival e foi finalista no Scripps Howard Awards por Investigative Reporting
* o diretor foi indicado ao Emmy Awards em 2016.
site oficial: https://www.newsy.com/series/blowout-inside-americas-energy-gamble/
Trailer: https://youtu.be/lRXwbSXlJDE 

Breakpoint: Uma Outra História do Progresso (França, 2018, 98’)
Direção: Jean-Robert Viallet
Ainda está sendo debatido se a humanidade mudou irreversivelmente o planeta. Hoje, o progresso é nossa razão de ser, proporcionando-nos a promessa de uma melhor qualidade de vida. Mas atrás da história impressionante do progresso, esconde-se outra história. Uma história escrita pelos poderosos: lideranças políticas, industrialistas, químicos, lobistas e financiadores que, ao longo de dois séculos, modelaram o nosso modo de vida, até o surgimento de uma nova era que traz consigo as mudanças climáticas: o antropoceno.
* inédito no Brasil
* vencedor do prêmio Special Mention Environment & Society no festival Cinemambiente 
* exibido nos festivais Naturvision Film Festival e Greenpeace Film Festival
Trailer: https://youtu.be/YXkwqKsS838

O Mês Mais Quente (EUA/Canadá, 2019, 95’)
Direção: Brett Story
Com um aceno a Crônica de Um Verão, documentário vérité seminal de Jean Rouch e Edgar Morin, a diretora canadense Brett Story aponta sua lente observacional para a cidade de Nova York e seus arredores durante o mês de agosto de 2017. Moradores refletem sobre o futuro à luz do governo Trump e demonstrações de supremacistas brancos enquanto incêndios e furacões se abatem nas duas costas do país.
* inédito no Brasil
* selecionado para os festivais SXSW, CPH:DOX, Sheffield DocFest e Hot Docs
site oficial: https://www.thehottestaugust.com/
Trailer: https://youtu.be/9gx1VCaJkXo 

POVOS E LUGARES

A Baleia de Lorino (Polônia, 2019, 59’)
Direção: Maciej Cuske
Segundo o mito originário do povo chukchi, o ser humano nasceu da união da mãe primordial com uma baleia. Homem e baleia viveram felizes por muito tempo, até que um homem matou seu irmão baleia. A partir de então, a fome e o sofrimento prevalecem na terra. Para os chukchis, descendentes da mais antiga tribo siberiana, a caça anual de baleia é não só uma tradição, mas uma necessidade para sobreviver ao longo inverno numa das regiões mais inóspitas, na localidade de Lorino, próximo ao Estreito de Bering. Enquanto esperam pela captura da besta, compram sua comida a crédito no supermercado mal abastecido da aldeia. Um busto de Lênin olha do alto da praça da vila, em memória de uma época que também marcou profundamente a vida aqui, embora talvez de maneiras menos visíveis.
* inédito no Brasil
* exibido no IDFA-Amsterdã
site: http://www.polishdocs.pl/en/films/2089/

Trailer: https://youtu.be/6FTAGc1CgJ4 

Exodus (Irã, 2019, 77’)
Direção: Bahman Kiarostami
Desde que o Irã abriu suas fronteiras para refugiados da Guerra Soviético-Afegã em 1979, tornou-se o lar de 2,5 milhões de afegãos, metade dos quais não estão documentados. Quando as sanções norte-americanas renovadas em 2018 causaram um colapso cambial no Irã, a população vulnerável de migrantes foi severamente afetada pela recessão. Agora, um grande número deles quer voltar para casa, mas para isso, precisam passar pelo Centro de Retorno, órgão responsável por processar os milhares de ilegais que saem do país regularmente. Sob o olhar humanista de Bahman Kiarostami (filho do falecido diretor Abbas Kiarostami), testemunhamos as trocas entre os funcionários do centro e os afegãos – cada um de um lado do vidro.
* inédito no Brasil
* o diretor é filho do falecido cineasta Abbas Kiarostami
* vencedor do prêmio de excelência (New Asian Currents) no Festival de Yamagata 
* exibido nos festivais Doc Leipzig, Hot Docs e Montreal International Documentary Festival
Trailer:
https://youtu.be/ATIUggWXUyY

Ma’Ohi Nui (Bélgica, 2018, 113’)
Direção: Annick Ghijzelings
Por trinta anos, no final do século XX, o povo do Taiti sobreviveu a dezenas de testes nucleares do governo francês em sua costa. Desde que o país foi colonizado, em 1880, as explosões deixaram o povo taitiano vasculhando os restos de suas ilhas e cultura, em um esforço para manter vivos seus conhecimentos tradicionais. O filme oferece um vislumbre poético do Taiti contemporâneo e das lutas coloniais que seu povo ainda enfrenta, enquanto resistem para sustentar seu modo de vida.
* exibido nos festivais de Berlim, Cracóvia, Barents (Rússia) e Taïwan International Documentary 
site oficial: https://annickghijzelings.wixsite.com/maohi-nui
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=voqMHlzrBN8

Memórias do Oriente (Finlândia, 2018, 86’)
Direção: Niklas Kullström e Marti Kaartinen
Um inesperado filme de viagem no Extremo Oriente da Mongólia e no Japão atuais. A história das viagens do linguista e diplomata finlandês G. J. Ramstedt ao velho mundo das crenças e tradições do final do século XIX, um mundo hoje substituído por ideologias e pela economia de mercado. Ele testemunhou os eventos dos últimos cem anos, e agora nos lembra de porque e como estamos aqui hoje. O filme entrelaça com perfeição o passado e o presente em uma jornada visualmente deslumbrante de exploração, aventura, amor e morte, conspirações e a queda das nações.
* vencedor do prêmio de melhor documentário internacional no Festival de Monterrey
* exibido nos festivais Doc Point Helsinki, CPH:DOX e DOK.fest Munich
site oficial: http://www.easternmemories.com/
Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=k3CiNWYR7pw

TECNOLOGIA

Bebês do Futuro (Áustria, 2016, 91’)
Direção: Maria Arlamovsky
O que começou como uma tentativa de ajudar casais inférteis a terem filhos é hoje um lucrativo negócio de ‘bebês industrializados’. As esperanças e desejos de futuros pais se misturam com pesquisas e uma tecnologia que aperfeiçoa embriões ao selecionar os genes mais desejáveis a dedo. O filme nos leva a pacientes, pesquisadores, doadores de óvulos, mães de aluguel, clínicas e laboratórios, e nos faz perguntar: quão longe queremos ir?
* vencedor de menção especial no Festival de Zurique
* exibido nos festivais Hot Docs e Dok Leipzig
site oficial: http://futurebaby.at/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Rq__WkFTH20

Jawline: Ascensão e Queda de Austyn Tester (EUA, 2019, 93’)
Direção: Liza Mandelup
O filme segue a ascensão nas redes sociais de Austyn Tester, um adolescente de 16 anos de uma pequena cidade rural de Tennessee, EUA. Suas lives cheias de otimismo ingênuo são seguidas por mais de 20 mil garotas ensandecidas. A diretora premiada Liza Mandelup, que começou a carreira na fotografia e como caçadora de talentos, faz um retrato complexo do universo impiedoso e explorador das mídias sociais, expondo os bastidores desta tecnologia ainda relativamente nova.
* inédito no Brasil
* vencedor do prêmio “U.S. Documentary Special Jury Award for Emerging Filmmaker” no Festival de Sundance e de menção honrosa no Festival de Documentários de Sheffield 
* exibido no festival IDFA-Amsterdã
* a diretora entrou na lista da revista Filmmaker Magazine como uma das “25 New Faces of Independent Film 2017”
site oficial: https://www.lizamandelup.com/Jawline-Feature-Film
Trailer: https://youtu.be/ATIUggWXUyY

O Futuro do Trabalho e da Morte (Reino Unido, 2016, 98’)
Direção: Sean Blacknell & Wayne Walsh 
O documentário explora os impactos que a tecnologia do futuro pode vir a ter sobre duas características intrínsecas à experiência humana: o trabalho e a morte. Com a automação avançada e a inteligência artificial, a utopia do fim do trabalho humano ou a distopia do desemprego generalizado podem não ser mais coisa de ficção científica. Cientistas, engenheiros e acadêmicos compartilham suas ideias sobre o futuro.
* exibido nos festivais Roterdã, Raindance e CPH:DOX.
site oficial: https://www.facebook.com/thefutureofworkanddeath/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=gsuwZ8tTtwc

Olá, IA (Alemanha, 2019, 85’/88’)
Direção: Isa Willinger
Mistura ao mesmo tempo reveladora e lacônica de ficção científica e documentário, Olá, IA explora o universo eticamente complexo da inteligência artificial. Alternando entre um cientista americano solitário e uma família japonesa em busca de um companheiro para a avó, este drama futurista cheio de humor retrata pessoas em busca de conexão humana com os robôs que entraram em suas vidas.
* inédito no Brasil
* vencedor do prêmio de melhor documentário no Max Ophüls Preis
* exibido nos festivais CPH:DOX, DocsBarcelona, Montréal Festival of New Cinema, Seoul Eco Film Festival, IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest, Visions du Réel e Hot Docs
site oficial: https://www.hiai-film.de/en/trailer-hiai/
Trailer: https://youtu.be/-Xgti-JD458 

TRABALHO

Botando pra Quebrar (França, 2019, 109’)
Direção: Lech Kowalski
“Uma mistura de Rock’n’roll e Blues é o segredo para uma rebelião bem-sucedida” diz o cineasta. Quando Lech Kowalski, conhecido por seus filmes sobre a era punk, levou sua câmera para a pequena cidade de La Souterraine, no interior da França, onde a fábrica GM&S ameaçava encerrar suas atividades para sempre, sentiu que algo de extraordinário estava por acontecer. E aconteceu. “A letra foi escrita por trabalhadores que não aguentavam mais! A melodia foi composta por pessoas sem medo de ir até contras as próprias regras da revolta! O volume era alto o bastante para atrair a mídia. O seu concerto operário se propagou por toda a França como um incêndio. Fiquei fora do quadro, câmera na mão, filmando como pescando peixe num barril”.
* inédito no Brasil
* exibido Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, no IDFA-Amsterdã e Festival de Sevilla
site oficial: http://www.lechkowalski.com/fr/video/item/53/on-va-tout-peter
Trailer: https://youtu.be/kFaFVQi24to

Indústria Russa (República Tcheca, 2017, 64’)
Direção: Petr Horky
A AvtoVAZ Car, antiga fábrica da Lada, não é só uma das maiores fábricas de automóveis do mundo; construída nos anos 70 na cidade russa de Tolyatti, às margens do rio Volga, chegou a representar o milagre da prosperidade soviética. Quase cinco décadas mais tarde, a fábrica perde bilhões de rublos todos os anos enquanto a produção vai decaindo. Quando Bo Andersson, gerente sueco especializado em salvar companhias em dificuldades é contratado, se depara com obstáculos muito maiores que simples má gestão.
* inédito no Brasil
* exibido no festival IDFA-Amsterdã
site oficial: http://therussianjob.krutart.cz/
Trailer: https://youtu.be/0ZRDEO6RdCo

Ladrões do Tempo (Espanha/França, 2018, 52’)
Direção: Cosima Dannoritzer
Deixe a água, o petróleo e os metais raros de lado por um momento. Há um novo recurso cobiçado por todos: o (nosso) tempo. Desde nos deixar imprimir o próprio cartão de embarque e despachar a bagagem, a lucrar com nossas visualizações de páginas e cliques, este filme revela como companhias e redes sociais monetizam o nosso tempo sem o nosso conhecimento, fazendo dele o seu modelo de negócio, destruindo milhões de empregos e controlando nosso comportamento. 
* inédito no Brasil
*vencedor do prêmio de melhor montagem no United Nations Association Film Festival e de menção especial no Festival Cine Verde
* exibido nos festivais Reel Work Labor e DocsBarcelona 
* a diretora assina também “A Tragédia do Lixo Eletrônico”, exibido na 5ª Mostra Ecofalante de Cinema, e “The Light Bulb Conspiracy”, vencedor de 12 prêmios internacionais
site oficial:
http://www.timethievesfilm.com/
Trailer: https://youtu.be/2XNFPmIlJzk

Ouro da Morte (África do Sul, 2019, 98’)
Direção: Catherine Meyburgh, Richard Pakleppa
Quando governos coloniais descobriram ouro na África do Sul, coagiram centenas de milhares de nativos a trabalharem nas minas. Parte de um projeto de remoção dos povos autóctones de suas terras, a entrada quase forçada na mineração significou, para a maioria dos operários, o contato com condições subumanas de trabalho e a exposição ao pó de sílica, o que levou a uma das maiores epidemias de silicose e tuberculose no mundo. Depoimentos devastadores de mineiros e suas famílias são intercalados com materiais de arquivo chocantes que expõem mais de 120 anos desta história de opressão.
* inédito no Brasil
* vencedor do prêmio de melhor documentário no Rapid Lion Film Festival
* exibido no festival Hot Docs e no Festival de Johannesburg
site oficial: http://www.dyingforgold.com/
Trailer: https://youtu.be/30n2_L1trKk