O evento acontece durante o mês de agosto na capital e em Niterói
Triste Oceano, de Karina Holden
A itinerância nacional da 7ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental chega pela primeira vez ao Rio de Janeiro em agosto. Com sessões na capital e em Niterói, o evento inclui 45 filmes de 19 diferentes países, além de debates e bate-papos com diretores.
Na edição carioca, estarão representados os seguintes panoramas do festival: a Mostra Internacional Contemporânea, a Competição Latino-Americana, a Homenagem a Chico Mendes e o Concurso Curta Ecofalante. Todas as sessões e atividades serão gratuitas.
Entre os dias 1 e 13 de agosto as sessões acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil e, de 2 a 8 de agosto, no Cine Arte UFF, em Niterói. Haverá também exibições na UFRJ, no Campus Praia Vermelha (em parceria com o cineclube Pedagogias da Imagem), nos dias 7, 14 e 21 de agosto.
A questão das mudanças climáticas está entre os principais temas abordados. Haverá dois debates sobre esse tema em parceria com o Instituto Clima e Sociedade após filmes do panorama internacional: o primeiro acontece no dia 2, após a sessão do longa “Triste Oceano”, de Karina Holden, no Cine Arte UFF; o segundo acontece no dia 3 após a exibição de “Obrigado, Chuva”, de Julia Dahr, no CCBB.
Entre os destaques internacionais também se encontram “Cidadã Jane: A Luta pela Cidade”, longa de Matt Tyrnauer sobre a ativista norte-americana Jane Jacobs, que lutou contra o processo de gentrificação da cidade de Nova York, e “Sociedade do Almoço Grátis”, de Christian Tod, que trata sobre a possibilidade de uma renda básica para todos os cidadãos. Já “Dinheiro Amargo”, filme dirigido pelo documentarista chinês Wang Bing que foi duplamente premiado em Veneza, revela como os migrantes em busca de trabalho em gigantescas cidades da China acabam encontrando poucas oportunidades e péssimas condições de vida.
Entre os nacionais, destacam-se “Crianças da Amazônia”, longa de Denise Zmekhol que faz parte da sessão em homenagem ao seringueiro e ativista Chico Mendes, lembrando os 30 anos de seu assassinato, e os filmes do Concurso Curta Ecofalante, mostra competitiva de curtas universitários que serão exibidos aos domingos (5 e 12 de agosto) no CCBB.
Ser Tão Velho Cerrado, de André D’Elia
O CCBB Rio recebe também a Competição Latino-americana, em que serão exibidos 23 dos filmes que concorreram ao Prêmio de Melhor Filme Latino-americano da 7ª Mostra Ecofalante. Entre os exibidos, destacam-se os vencedores pelo júri das categorias Melhor Longa e Melhor Curta-metragem Latino-americanos, respectivamente: “Dedo na Ferida”, de Silvio Tendler, e “Abigail”, de Valentina Homem e Isabel Penoni. Será exibido também o vencedor da categoria Melhor Filme pelo público “Ser Tão Velho Cerrado”, de André D’Elia, que revela buscas alternativas empreendidas por moradores da Chapada dos Veadeiros para o desenvolvimento da região.
A programação inclui ainda dois bate-papos com diretores, que acontecerão no CCBB: no dia 4, o bate-papo é com Márcio Isensee e Sá, diretor do filme “Sob a Pata do Boi”, que foi premiado no festival FreDD em Toulouse e fala sobre a criação de gado na Amazônia; no dia 6, com o renomado documentarista Silvio Tendler, diretor dos sucessos “Jango” e “Os Anos JK” e do novo “Dedo na Ferida”, que trata do fim do estado de bem-estar social.
O evento é uma realização da Ecofalante em conjunto com o Centro Cultural Banco do Brasil, Cine Arte UFF e UFRJ. Ele conta com o apoio do ICS – Instituto Clima e Sociedade e White Martins.